Circa

Terça, dia 17 de Julho de 2012 no
Teatro Rival Petrobrás no Rio de Janeiro
/RJ

    Hoje prometia uma grande noite dedicada para os amantes do Rock Progressivo. Até porque, o Circa, formado em 2006 possui dois monstros do gênero e também ex-integrantes do supergrupo Yes: o tecladista Tony Kaye e o multi-instrumentista Billy Sherwood, e sua história está diretamente conectada com a do lendário grupo inglês, completam a banda os músicos Scott Connor na bateria e Ricky Tierney no baixo e esta passagem no Brasil, que teve um show em São Paulo/SP no Bourbon Street e outro gratuito em Votorantim/SP ( em pleno Dia Mundial do Rock ) serviu para divulgar o cd And Son On, lançado em 2011.

    Tony Kaye é o tecladista original do Yes. Ele gravou com o grupo os clássicos Yes ( 1969 ), Time And A Word (1970 ) e The Yes Album ( 1971 ) e o maior sucesso da banda, o álbum 90125 ( 1985, e que trouxe a luz do mundo o sucesso Owner Of A Lonely Heart ) do mesmo ano que o Yes se apresentou no histórico Rock In Rio I. Tony Kaye ainda gravou os álbuns Big Generator ( 1987 ) e Talk (1994 ), época que conheceu Billy Sherwood. A primeira participação de Billy Sherwood no Yes foi como músico de estúdio e compositor no disco Union de 1991. De 1994 a 1999, Billy Sherwood foi o segundo guitarrista do Yes.

    O show inicia-se por volta das 20 horas. A casa não estava cheia, mas os fãs presentes se mostravam ansiosos por boa música. E não poderia ser diferente. A incrível interação entre todos os integrantes, ajudado pelo sempre excelente som do Teatro Rival. O inicio com And So On, seria dada a sequencia com uma homenagem a Jon Lord, o lendário ex-tecladista do Deep Purple, falecido um dia antes do show em decorrência de uma embolia pulmonar ( infelizmente ele sofria de câncer no pâncreas ), onde em Ever Changing World, inserindo o riff da clássica Smoke On The Water no solo de teclado de Tony Kaye, além de passagens de Changes, outro sucesso do álbum 90125.

    Após a sequencia de Together We Are e True Progress, Billy Sherwood anuncia The More We Live, do álbum Union ( 1991 ) que é um dos frutos da sua parceira com o líder do Yes, o baixista Chris Squire. Apesar de não muito familiar ao público, a música proporcionou uma ótima dobradinha de guitarra e teclado, com Tony Kaye sempre empolgado em seus solos. Na hora de Remember Along The Way, Billy Sherwood se atrapalhou na ordem das músicas e precisou da ajuda de seus óculos para consultar o set list, após um toque de Tony Kaye, antes que ele pulasse a ordem das músicas. Ele se desculpou e foi super aplaudido pela plateia.

     Em Waiting / Time And Word, Billy Sherwood arrisca no português, sempre muito simpático e apresenta a banda. Então se inicia um super solo de bateria de Scott Connor seguido de um solo de teclado e Tony Kaye e depois Billy Sherwood e Tony Kaye solam juntos, levando todos ao delírio. Mas, na maioria do tempo é Billy Sherwood que conduz a banda. Billy Sherwood então anuncia mais uma música do primeiro álbum - de 2007 - e tocou a Brotherwood Of A Man, essa possui uma longa duração, com riffs complexos e as famosas quebradas do Rock Progressivo, arrancando palmas inflamadas dos presentes a abrindo caminho para Halfway Home, do novo álbum And Son On. E para completar, mais pegada progressiva e poderosa em If It’s Not Too Late.

     Agora a hora que todos esperavam! Após a ótima Castway, finalmente uma das melhores músicas do Yes, em minha opinião, Roundabout. E com essa ótima música, somos presenteados com um super solo coletivo, pela primeira vez no show, com maior participação do baterista Scott Connor e do baixista Ricky Tierney, que fecha a noite com chave de ouro, com a banda agradecendo muito a presença de todos, e saindo com aquela cara de que vai ter bis. E teve!

    Após os fãs presentes clamarem pela banda, esta joga ao som de pedidos do público ávidos por mais um pouquinho de Circa e também Yes, e pedem a Close To The Edge. Billy Sherwood brincou que não tinha como, pois eles só tinham tempo para mais uma ( e vamos combinar que cada música do Yes é equivalente a três, a Close To The Edge por exemplo tem quase vinte minutos de duração ) encerrando assim à noite com Cut The Lines, uma música de refrão fácil e velha conhecida do público, finalizando assim uma noite agradável para os fãs de ótima música proporcionada por duas lendas vivas que hoje giram o mundo com o Circa.

 

 

Texto: Camilla Marinho
Fotos: Palmer Cardoso
Agradecimentos à Miriam Hinds e Cesar Dechen pelo credenciamento e também a Eliton Tomasi
Agosto/2012

Clique aqui e confira mais 40 fotos do show do Circa no Teatro Rival Petrobrás no Rio de Janeiro/RJ

 

Clique aqui ou na foto ao lado e confira mais 40 fotos do show do Circa no Teatro Rival Petrobrás no Rio de Janeiro/RJ

Set list:
1 - And So On
2 - Ever Changing World
3 - Together We Are
4 - True Progress
5 - The More We Live
6 - Remember Along The Way
7 - Waiting/Time And A Word
8 - Brotherhood Of A Man
9 - Halfway Home
10 - If It’s Not Too Late
11 - Cast Away
12 - Roundabout
Bis
13 - Cut The Ties


Acima: Billy Sherwood e Camilla Marinho

Voltar para Shows