Creedence Clearwater Revisited
Domingo, dia 18 de março de 2012
no Citibank Hall no Rio de Janeiro/RJ

    Antes de ir a esse show, pesquisei em alguns sites sobre música como havia sido as ultimas passagens do Creedence Clearwater Revisited pelo país, e algumas delas chamavam a banda de “caça níqueis” ou “furada”. Confesso que nunca fui uma grande fã da banda, mas, após assistir esse show, posso dizer que este dito caça níqueis vale cada centavo! Um dos shows mais divertidos e animados que eu já vi.

    Em pleno domingo, aconteceria uma das maiores reuniões de gerações já vista. Muitos coroas e jovens empolgados e até famílias inteiras aguardavam ansiosamente pelo show do Creedence Clearwater Revisited que é atualmente formado por  Doug Clifford na bateria, percussão, voz, Stu Cook no baixo, voz, Steve Gunner na guitarra, teclados, Tal Morris - guitarra, voz e John Tristão nos vocais, guitarra e gaita. Inclusive me emocionei com um senhor de 60 e poucos anos, que fazia aniversário no dia e antes mesmo do show começar, já se debulhava em lágrimas dizendo que aquele seria o melhor aniversário de sua vida.

 

    Um pouco depois das 20 horas, eis que a banda surgiu no palco para abrir com Born On The Bayou, do álbum de 1969, Bayou Country.  Então Stu Cook explicou de maneira bem humorada para a plateia que nunca teve a intenção de fazer grandes turnês, mas como um amigo queria promover alguns shows, acabou acontecendo.

    A apresentação se seguiu com clássicos como “Green River”,” Lodi” e “Commotion”, essa última com acompanhamento de gaita do tecladista Steve Gunner e um público cantando e dançando animadamente. Em  “Who’ll Stop The Rain”, o vocalista John Tristão se mostrou um “fanfarrão”, fazendo caras e bocas, e várias dancinhas, definitivamente uma figuraça, que conquistou o público do Citibank Hall imediatamente. Susie Q, grande clássico da banda, tivemos um  solo sensacional do guitarrista Tal Morris.

    Em Hey Tonight houve a apresentação da banda cheia de piadinhas e gozações promovidas pelos integrantes,  então  Doug Clifford deixou sua bateria e veio até o microfone e falou um pouco sobre a carreira deles ao longo de todas essas décadas ( afinal, ele e Stu Cook já tocam juntos desde 1959 nos primórdios do Creedence Clearwater Revival ) já são e manifestar a satisfação com o momento atual do grupo. Enquanto isso, os fãs o escutavam atentamente se divertiam as tiradas do músico.

    Na sequencia, Long As I Can See Tthe Light, uma das músicas mais conhecidas da banda, é dedicada as meninas do Rio de Janeiro. Entre Down On The Corner  e Lookin´out My Back Door, tivemos os solos de bateria e baixo, e um solo gigantesco de guitarra, onde Tal Morris pode demonstrar toda a sua técnica. E para a alegria dos fãs, Steve Gunner jogou várias palhetas para o público.

    Em Heard It Through The Grapevine e Midnight Special, o Creedence Clearwater Revisited colocou todo mundo para dançar, até porque o sempre empolgado John Tristão divertiu a plateia mais uma vez com as suas dancinhas e caras e bocas, foi sensacional. Esse é o tipo de cara que você se tornaria amigo fácil, e anima qualquer festa. Um excelente frontman.

    Com a dobradinha Fortunate Son e o clássico dos clássicos  Have You Ever Seen The Rain, aconteceu a hora de maior empolgação do público e interação com a banda, onde as músicas eram cantadas a plenos pulmões. Um jovem da fila do gargarejo estava tão empolgado,  que chamou a atenção de Doug Clifford, que começou a interagir com o animado fã. Completando a dobradinha do primeiro bis, o Creedence Clearwater Revisited executou Travelin’ Band.

    Pausa como aquela cara de “acabou o show, mas é só charme e vamos voltar”, a banda retorna ao palco para a última parte do show, tocando os hits “Molina”, “Cottonfields” e “Up Around The Bend”.  Depois dessa avalanche de clássicos, o Creedence Clearwater Revisited se despede carinhosamente e com uma chuva de palhetas e baquetas e sai aclamada pelo público presente.

    E desse show eu saio sabendo uma coisa: o Creedence é o tipo de banda que você acha que conhece uma ou duas músicas, mas na realidade conhece a discografia inteira. Agradeça seus pais por isso.

Por Camila Marinho
Fotos Palmer Cardoso
Agradecimentos à Bianca Senna
da Astrolábio Comunicação e a T4F
Abril/2012

 

Galeria de Fotos do Creedence Clearwater Revisited no Citibank Hall no Rio de Janeiro/RJ

Galeria de Fotos do Creedence Clearwater Revisited no Citibank Hall no Rio de Janeiro/RJ

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