Dying Fetus
Abertura: Vomepotro e Gestos Grosseiros
Sábado, dia 14 de janeiro 2012 no Manifesto Rock Bar, em São Paulo/SP

   Atrasado para o show mais uma vez, acabei chegando logo depois que o Gestos Grosseiros tinha terminado seu setlist e queria ver a banda tanto para curtir quanto para resenhar com justiça a sua performance e também, avaliar o show como um todo e a atenção que os fãs dariam a eles, mas não foi desta vez. O que ouvi de algumas pessoas ali que comentam de música ou escrevem para alguma publicação foi que a banda contagiou e foi muito boa.

    Esbarrei com o baterista Andy e vi ele mostrando o novo cd dos Gestos Grosseiros para algumas pessoas, mas não sei se estavam vendendo cd's por lá. Alguns minutos se passaram e o pessoal do Vomepotro entra no palco para preparar seus instrumentos e mandar o seu som agressivo e forte. Eu conhecia a banda de nome e lembro de ter ouvido algumas músicas deles em seu Myspace ou em outro site qualquer, mas não prestei muita atenção quando ouvi e deixei para ouvir depois para eu ter uma ideia melhor. Eu deveria ter ouvido o som deles uma dia antes ou horas antes do show para ver o que poderia acontecer lá no show e que aconteceu!

Vomepotro

    O que me impressionou foi o vozeirão de Cristiano Martinez, um dos vocalistas, que também é guitarrista. Os dois guitarristas da banda cantam ( o outro é o David Ferreira ) e dividem os vocais com vozes guturais graves e agudos bem rasgados. O vocalista é magro, bem magro e deve ter cerca de 1,70 metros de altura e pesar cerca de 60 quilos, mas se você não soubesse que era um cara quase franzino cantando, iria achar que era o Corpsgrinder do Cannibal Corpse com aquele pescoço grande ou outro brutamontes soltando a voz, mas não, era alguém que deixou algumas pessoas surpresas. E o vocalista conduziu muito bem o show, sem ficar vermelho, ou fazendo caretas indicando que estava tirando o máximo de sua voz. Nada disso mesmo e ele sabe muito bem como tirar proveito de sua voz.

    O Vomepotro toca um Death brutal seguindo a linha dos primeiros álbuns do Carcass e Cannibal Corpse. A condução dos show deles e a postura de palco fizeram muita gente agitar no circle pit como se ali fosse o show principal. Boa parte do público conhecia o trabalho do Vomepotro e isso ajudou a aumentar o calor humano ali dentro. O baixista Cristiano Nery ( e o único cabeludo ) e o baterista André Martuchi completam a banda e não ficam atrás na hora da agitação. O Vomepotro divulgava o seu ultimo trabalho intitulado Liturgy Of Dissection e sua nova formação que remota ao final de 2011.

Dying Fetus

    Uma breve pausa e uma pequena curtição dos sons escolhidos pelo DJ e eis que surge no palco os integrantes do Dying Fetus que são aclamados pelos gritos do público. Como eles não tem roadies, são eles mesmos que vão arrumar tudo no palco. O primeiro a surgir no pequeno palco do Manifesto Rock Bar é o baterista Trey Williams seguido por John Gallagher ( vocal e guitarra ) e logo depois Sean Beasley ( vocal e baixo ). Acaba sendo interessante hoje em dia bandas dividindo vocais como o Nile faz também, mas se tratando de um trio a coisa parece mais interessante pois é só uma guitarra e que certamente irá fazer solos em todas as músicas sendo acompanhada apenas por um baixo e não uma guitarra solo. E fica fácil de ver quem está cantando, pois se um fecha a boca automaticamente só podemos olhar para o outro, já que o baterista não cantava.

    Quando Trey Williams começou a afinar e ajustar sua bateria fazendo blastbeats rapidíssimos, os olhares e ouvidos começaram a ficar mais atentos para o que estava por vir e de fato a banda mandou bem no seu repertório começando com Justifiable Homicide do álbum Destroy the Opposition, que já fez a galera agitar na porradaria e mostrar aos gringos que o negócio aqui é sério em se tratando de agitar. Logo em seguida, eles emendam Intentional Manslaughter, que é a última música o álbum Killing On Adrenaline. Em duas músicas os circle pits estavam formados e muita gente ali comentava que parecia que o pessoal estava num show do Slayer de tanto que agitavam.