Linkin Park - Living Things Tour
Segunda, 08 de outubro de 2012
no Citibank Hall no Rio de Janeiro/RJ

    Bom, confesso que fui para esse show um tanto que desaminada. Por quê? Bom, eu estava no show que aconteceu no Morumbi, que foi espetacular. Mas, ao assistir o show que antecedia o Rio pela TV, em São Paulo, e fiquei extremamente preocupada com o que vi. Quem assistiu no Multishow sabe do que eu estou falando. Ainda bem que minhas preocupações foram sanadas depois que eles entraram no palco.

    Em sua terceira passagem pelo Brasil e pela primeira vez no Rio, apresentando a tour do último disco Living Things, tínhamos casa cheia, com ingressos esgotados em plena segunda feira. Muita confusão do lado de fora, pois, devido a um erro na organização da segurança do shopping, a fila foi mal colocada e quando pessoas que seguiam para entrar no shopping passavam no meio da fila, muitos espertos aproveitavam para furar fila na frente de pessoas que haviam chegado desde a noite anterior.

    Com 15 minutos de atraso, o show já começa pegando fogo com A Place For My Head, do disco Hybrid Theory, com muitos efeitos de palco, como o interessante telão que mostrava imagens como se fosse um sensor de calor, do corpo dos integrantes. Em seguida Given Up com aquela cara de rave, cheia de sintetizadores, e New Divide, que é trilha sonora do filme Transformers 2, cantada em coro pela galera presente.

    Mais musicas antigas, para a alegria de fãs mais antigos como eu, vinham em seguida. With You foi cantada em alto e bom som pelos fãs, o que deixou Mike Shinoda e Chester Bennington com um sorriso de orelha a orelha, o que continuou com o coro perfeito que o público fez em Somewhere I Belong deixando os fanáticos cantarem sem seu acompanhamento. No final, Mike Shinoda brincou com a plateia dizendo que " cantaram mais alto que ele". Chester Bennington fez questão de agradecer aos fãs por terem vindo e pela banda estar ali hoje. E Mike Shinoda perguntou se tinha ainda alguém vivo ali e se conheciam o material novo, a resposta foi obviamente positiva e cheia de energia.

    E lançaram em sequencia In My Remains e Victimized, que tem a pegada mais pesada de todas as musicas do novo álbum. Então alternam-se momentos antigos e novos com Points Of Authorithy tendo em seguida a polêmica Lies Greed Misery por sua pegada Pop, mas até que agradou a galera presente, que sabia de cor toda a letra da música assim como a de  Wating For The End, onde aparecia no tela agora imagens como se fossem raios X dos integrantes, além dos citados Mike e Chester ( nos vocais ), a banda é composta por Rob Bourdon ( bateria), Brad Delson ( guitarra ), Dave Farrell ( baixo ), Joe Hahn ( DJ, fonógrafo, sampler, programação ).

 

    Após a música Breaking The Habit, o Linkin Park tocou uma sequencia mais lenta para acalmar os ânimos com um medley de três músicas “Leave Out All The Rest” ( presente na trilha sonora do filme Crepúsculo ), ”Shadow Of The Day” e ”Irrisdecent” ( encontrada na trilha de Transformers 3 ), seguida por The Catalyst do álbum A Thousand Suns. Então nos presentearam com Lost In The Echo e atenderam o que os fãs estava pedindo a horas, todos gritavam incessantemente por Crawling ( inclusive o ator Paulo Zulu, que não paravam de gritar enlouquecido com os amigos pela música “ Crawling, Craaaaawling” ) até que finalmente Chester resolve me fazer um favor e cantar um pedacinho da música “a capela”, para que eu finalmente tivesse paz durante o show.

    Com os fãs satisfeitos com o pedido atendido e com os inúmeros agradecimentos a plateia, que fez bonito, eles engatam uma sequencia com In The End e Numb os dois maiores clássicos do Linkin Park, colocando a casa a baixo. Sinceramente achei que iríamos parar abaixo do subsolo ( o Citibank Hall fica no subsolo de um shopping, na Barra da Tijuca ), mas conseguimos sobreviver.

    Em seguida, temos outra música da trilogia dos Transformers com What I’ve Done e a última música do novo cd a ser tocada no show, Burn It Down. Efeitos pirotécnicos incríveis deixavam o show ainda mais empolgante.

     Agora para mim, a melhor parte do show além de In The End/Numb: um medley de Bleed It Out com Sabotage, dos Beastie Boys. Uma excelente homenagem a Adam Yauch, morto por um câncer em maio desse ano. Sem contar que essa versão ficou simplesmente incrível.

    Eles acertaram e muito mudando a ordem do set list apresentado em São Paulo na noite anterior, guardando o seu maior hit, a Numb, para a parte final da apresentação e Bleed It Out/Sabotage, que encerrou o show na capital paulista, fechou apenas a primeira parte do show no Rio.

    Uma pausa para o clássico bis, que é iniciado por Mr. Han, com a intro Tinfoill, dando passagem para o encerramento do show com ganho de causa com "Faint", "Papercut" e "One Step Closer". Tudo isso com muitos efeitos de palco como bolas e cascatas de fogo. Encerramento lindo, e com certeza deixou a banda surpreendida com a energia do Rio, que teve como recompensa muitas baquetas e palhetas atiradas ao público. É mais que certo que o Rio nunca mais sairá das “tour dates” do Linkin Park.

    E para quem ficou com gostinho de "quero mais", havia mais uma data no Rio de Janeiro no dia 10 de outubro de 2012, se não compareceu nesta oportunidade, então agora só quando o Linkin Park retornar no Brasil. Eu já aguardo ansiosa por isso.

Texto: Camila Marinho
Fotos: Néstor J. Beremblum
Agradecimentos à Sabrina Schemberg e Bianca Senna da
Astrolábio Comunicação pela atenção e credenciamento
Outubro/2012

Setlist:

1 - A Place For My Head
2 - Given Up
3 - New Divide
4 - With You
5 - Somewhere I Belong
6 - In My Remains
7 - Victimized
8 - Points Of Authority
9 - Lies Greed Misery
10 - Waiting For The End
11 - Breaking The Habit
12 - Leave Out All The Rest/ Shadow Of The Day/ Iridescent
13 - The Catalyst
14 - Lost In The Echo
15 - Crawling/ In The End
16 - Numb
17 - What I've Done
18 - Burn It Down
19 - Bleed It Out

Bis:
20 - Faint
21 - Lying From You
22 - Papercut
23 - One Step Closer

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