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Com um resultado, diremos exótico de mais, posso dizer que pelo que foi demonstrado pela plateia, muitos ficaram decepcionados com o repertório com viagens musicais demais e Led Zeppelin de menos. A plateia da área Vip agia como se estivesse em uma reunião de amigos, muitos conversaram ou ia ao bar comprar mais uma cerveja. Ouvi muitas reclamações dos fãs Zeppelianos de longa data, insatisfeitos com as modificações feitas pelo Sr. Plant nas músicas do Zeppelin. Mas, temos que levar em consideração que em momento nenhum se anunciou um “Led Zeppelin Cover”.
Porém, há muita autenticidade na música de Robert Plant, com uma grande mistura de Blues, musica celta, africana e indiana, sendo complementada por uma das vozes mais importantes da história soava bem interessante. Um excelente show de World Music. Com certeza ele vem se reinventando ao longo dos anos.
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As primeiras faixas do repertório da turnê brasileira foram as solo Fixing To Die de Bukka White e Tin Pan Valley do Mighty ReArranger de 2005, além de 44 de Howlin´Wolf, lembrando o bom e velho Robert Plant. que muitos não conheciam, mas o público se mostrava atento para as novas sonoridades que eram mostradas ali. Antes de Friends, primeira música do Led Zeppelin tocada, Robert Plant perguntou a todos como estavam, e diremos que ele foi um homem de poucas palavras durante o show.
Mas os fãs 'Led Zeppelianos' não voltariam para a casa de mãos vazias. Músicas como Ramble On ( do Led Zeppelin II ) e Friends ( do Led Zeppelin III ) e com uma releitura voltada mais para o acústico e mega clássicos como Rock'n´Roll e Black Dog, ambas do enigmático Led Zeppelin IV soaram quase irreconhecíveis, com sua nova roupagem cheia de percussão e instrumentos exóticos.
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Em certo momento também tivemos uma caída para uma pegada mais Blues. Com clássicos como Spoonfull gravada pelo bluesman Howlin´ Wolf, o show continuou para depois Robert Plant apresentar Somebody Knocking outra do Mighty ReArranger e a citada versão diferenciada de Black Dog. A próxima foi uma da carreira solo do inglês com Down To The Sea do excelente álbum Fate Of Nations de 1993 e Road To The Sun presente no Sixty Six to Timbuktu de 2003.
E sem contar que ele está muito bem acompanhado por músicos incríveis e que nos proporcionam ótimos momentos com improvisos incríveis como visto em Another Tribe, a faixa de abertura do álbum Mighty ReArranger. Após isso chegou a vez da já comentada releitura de Ramble On do Led Zeppelin II e mais um dos Blues que influenciaram o inglês na versão feita de I´m Your Witchdoctor, do John Mayall & The Bluesbrakers. Fechando a primeira parte do set, Robert Plant deu mais uma vez aos fãs de Led Zeppelin mais um gostinho da sua ex-histórica banda, com o incrível medley que teve “Who Do You Love” / “Whole Lotta Love” / “Steal Away” / “Bury My Body".
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Um breve intervalo e a banda retorna ao palco agora só com músicas do Led Zeppelin para alegria dos presentes. A sequencia com "Going To California", “Gallows Pole” e “Rock'n'Roll”, também em novas versões cheias de novidades e sonoridades exóticas, encerrou o show de maneira competente dando uma animada a mais no público presente.
Que a voz de Robert Plant não é mais a mesma é fato, até porque ele já é um senhor de 64 anos, mais ainda assim ele dá conta muito bem do recado após quase duas horas de show. Tanto que a carreia solo dele é tão bem sucedida, que ele é o único integrante que ainda se nega em fazer a milionária reunião do Led Zeppelin para uma turnê mundial. E apesar de tantas surpresas musicais para uma só noite, com certeza, os fãs voltam para a casa satisfeitos e torcendo para que ele não demore mais dezesseis anos para voltar.
Por Camila Marinho
Fotos: Patrick Rocha
Agradecimentos à Denise Catto Joia da Midiorama Entertainment Media
pela atenção e credenciamento
Outubro/2012
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