Peter Hook & The Light performing New Order's "Movement" and "Power, Corruptions & Lies"
Sexta-feira, dia 4 de outubro de 2013
no Cine Joia em São Paulo/SP

    Dois anos após seu último show no Brasil, Peter Hook volta mais uma vez com ao país com sua banda The Light e para uma turnê diferenciada, que nesse set list ele focou em dois álbuns antológicos do New Order, algo que gerou grande interesse nos fãs, que esgotaram os ingressos para o show na capital paulista.

    A turnê que Peter Hook vem correndo o mundo e com grande êxito apresenta na integra os dois primeiros álbuns do New Order, o Movement de 1981 e o Power Corruption & Lies da fase logo após o fim do Joy Division pelo suicídio de Ian Curtis.

 

    Como foi informado haveria um show de abertura, porém, na verdade seria a própria banda com Peter Hook com seu filho e também baixista Jack Bates, os companheiros de Monaco, Dave Potts ( guitarra ), Paul Kehoe ( bateria ) e o tecladista e produtor Andy Poole sobem ao palco, e de cara Transmission, o primeiro single do Joy Division lançado em 1979, com  A Means To An End, do segundo álbum da banda, o Closer, que manteve a empolgação do público, mostrando que a noite seria especial.

    Peter  Hook agradece aos fãs pelo show 'sold out' e oferece a próxima a todos os presentes que seria Insight do primeiro e clássico álbum Unknow Pleasures muito aplaudida pela plateia toda.

    A próxima Digital, sendo a faixa que foi a última música tocada pelo Joy Division antes do suicídio de Ian Curtis. Continuaram o show com "Twenty Four Hours", "Wilderness", "Shadowplay", mas foi ao final com a surpresa no set de  "In A Lonely Place", single de estreia do New Order, onde Peter Hook, antes de se retirar do palco, tirou sua camiseta e jogou para a galera, finalizando assim a primeira parte do show, que é dedicada a sua primeira banda, o clássico Joy Division, que seria a banda de abertura informada ou primeiro set, conforme vários releases divulgados.

    Quando voltaram ao palco, Peter Hook volta usando a camiseta da seleção brasileira com o seu nome atrás, e logo vai ao microfone para, mais uma vez, agradecer a presença de todos, e dizer: “É hora de começar!”,  então Peter Hook começa a executar um de seus riffs mais famosos, que como baixista, sempre marcou e muito bem o ritmo da banda New Order, e Ceremony música escrita pelo Joy Division, mas que foi gravada pelo New Order, inicia o primeiro dos dois álbuns da banda que foram tocados na integra.

    Movement é o álbum de estreia do New Order, após o trágico fim do Joy Division, mas a banda ainda não tinha muita ideia de como queria soar. É um disco com faixas instrumentais e poucas com vocais, porém, possui os clássicos como, Ian Curtis Buried e The Him, que emocionaram a maioria dos presentes, ambas as canções falam sobre o ex-vocalista Ian Curtis, além disso, provavelmente nós nunca mais veremos a maioria dessas faixas sendo executadas novamente, pois o próprio New Order só as tocou durante suas duas primeiras turnês.

     O álbum foi tocado na ordem, ou seja, muita emoção para uma sequencia com "Procession", "Dreams Never End", "Truth", "Senses", "Chosen Time", "ICB", "The Him", "Doubts Even Here" e ao final da última faixa, “Denial“, que contou com um improviso genial no baixo de Jack Bates, Peter Hook vai ao microfone e diz: “Mas olha só esse garoto, ele é brilhante! Igual ao pai!” e mais uma vez a banda deixa o palco.

    Na volta onde teríamos o segundo álbum de 1983 do New Order e o single Everything’s Gone Green, foi primeiro antes do Power, Corruption & Lies, sendo o álbum considerado como o que definiu a parte dançante da banda, misturando partes eletrônicas com o clima intenso do Post-Punk, o que a banda fez muito bem como nas músicas "Age Of Consent", "The Village", "5 8 6", "Ultraviolence", "Your Silent Face", mas foi logo após a Leave Me Alone que a banda se retira do palco e as luzes do Cine Joia se apagaram. Então, The Beach era a faixa que soava nos PA’s da casa, transformando a área da pista, em uma verdadeira pista de dança. Vale destacar também que durante os intervalos um DJ tratou de manter a energia com grandes hits dos anos 80 e 90.

    Ao final de The Beach a banda retorna ao palco, então Peter Hook vai mais uma vez ao microfone e diz: "Eu gostaria de chamar para participar da próxima música um grande amigo meu, que a muito tempo eu não vejo, hoje provavelmente será a primeira vez que dividiremos o mesmo como vocês, o meu grande amigo Wayne Hussey do The Mission".

    E mais uma vez o público vibra, e Wayne Hussey anuncia o clássico de 82 Temptation, que conta com uma grande performance vocal e de palco, apesar "da cola de letra", que estava em sua mão e que foi consultada frequentemente durante a execução da faixa, ao final ambos se abraçam e Wayne Hussey deixa o palco, claro sendo claro bem aplaudido por todos.

   Enquanto Wayne Hussey ainda deixava o palco, o inicio marcante de Blue Monday e conhecido por todos começou a soar nos PA’s. Jack Bates larga o baixo e vai para a bateria eletrônica localizada ao lado do baterista Paul Kehoe, mais uma vez o Cine Joia vira uma pista de dança, com o maior hit da banda, onde todos cantam os versos da música com ele enquanto dançam.

    Após o fim do maior clássico do New Order é então a vez do maior clássico de sua outra ex-banda, o Joy Division, era a vez de Love Will Tear Us Apart, que tem sua letra cantada pelo publico, na hora do refrão Peter Hook inclusive se afasta do microfone deixando a tarefa de cantá-la para o público. Ao final da música Peter  Hook ergue seu baixo Eccleshall sobre sua cabeça, e logo o bota no pedestal, agradece mais uma vez aos fãs e então deixa o palco.

    Ao final do show podíamos ver claramente no rosto dos que deixavam o Cine Joia um olhar de satisfação e um sorriso no rosto, já que a grande maioria era formada por fãs do New Order e apesar dos dois álbuns contarem com muitas faixas instrumentais, fator que muitas vezes esfria qualquer público, Peter Hook tentou a todo instante compensar com muita presença de palco.

 

Texto: Gabriel Souza e Marcos César de Almeida
Fotos: Marcos Cesar de Almeida
Agradecimentos a Bruno Bergamini da Ilha do Metal pela resenha, pois o repórter do Rock On Stage Renato Sirqueira não pode estar presente por conta de um acidente de carro ( ele está bem ) causado por um incompetente ao volante.
Novembro/2013

 

 

Set List:

Joy Division

1 - Transmission
2 - A Means To An End
3 - Insight
4 - Digital
5 - Twenty Four Hours
6 - Wilderness
7 - Shadowplay
8 - In A Lonely Place (New Order)

Movement

9 - Ceremony
10 - Procession
11 - Dreams Never End
12 - Truth
13 - Senses
14 - Chosen Time
15 - ICB
16 - The Him
17 - Doubts Even Here
18 - Denial

Power, Corruption & Lies
Cries and Whispers
19 - Everything’s Gone Green
20 - Age of Consent
21 - We All Stand
22 - The Village
23 - 5 8 6
24 - Your Silent Face
25 - Ultraviolence
26 - Ecstasy
27 - Leave Me Alone
28 - The Beach (Interlude)

Encore:
29 -
Temptation
30 - Blue Monday
31 - Love Will Tear Us Apart

 

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