Tribal Fest HC apresenta Confronto de volta à Baixada Santista
Abertura: Chance
, Clearview, Sociedade Armada e Worst
Sexta, 25 de abril de 2014 no
Tribal Club em Santos/SP

    Depois de uma semana inteira de muito trabalho, nada melhor para abrir o fim de semana do que bandas enérgicas, para esquecer todos os problemas e curtir muito entre amigos.

    Eu chego quase meia noite na Tribal Club e a banda Chance já havia tocado, como estava com tempo para passear pela casa até o próximo show - ela conta pelo menos três ambientes e está localizada bem no centro da cidade de Santos/SP, tem um hall, onde colocam os stands das bandas ( hoje com muitas camisetas legais e cds a vontade ); tem o local onde as bandas tocam é coberto e com ar condicionado ( o ambiente é levemente claustrofóbico no início, mas logo passa ).

    E por último um espaço maior e mais simpático, mas, também possui espaço para um palco menor e tem um telão que passam clipes durante toda a noite, mas por não ser coberta, os shows não ocorrem sempre aqui, é o meu o lugar favorito, e da maioria já que estamos todos por aqui: conversando, encontrando amigos, rindo ou apenas descansando perto das paredes.

Clearview

    Uns dez minutos depois da minha apreciação pela casa, sobe ao palco a banda paulista de HC Clearview ( a banda conta com apenas 12 aninhos de estrada, mas já tem no currículo vários shows dentro e fora do Brasil, além de turnês com Agnostic Front e o Madball ), vem com os músicos pulando muito no palco e Rick Pellario pedindo para tirar o 'reverb' do microfone, o som está um pouco embolado, mas nada que tire a animação dos fãs, ele anuncia a enérgica Payback ( do álbum Pure Mayhem de 2011) e mesmo com pouca gente, tem uma mini roda Punk, adoro a energia dos músicos, o jeito que interagem entre eles e entre os amigos aqui em baixo, também se movimentam bem pelo palco, e sim entre as poucas pessoas do recinto, um amigo pega o outro no colo e vai rodando ele na roda ( tipo peão do baú ). Ao lado do vocalista Rick Pellario estavam Caio Turim e Fábio Pereira nas guitarras, Thiago Dantas no baixo e Danilo Bamboo na bateria.

    A próxima é a tensa Wishing You Hell ( do split de 2012, o Rage Through Integrity junto com os veteranos do Paura ), o pessoal da frente 'bangeia' e pula junto, também tem os que cantam aqui por perto, Thiago Dantas, o baixista frenético, bate no baixo, pula e não tem jeito e a correia cai ( parece mais que esta correia quer é fugir ), muitas palmas ao final, Rick Pellario comenta que está mal, com febre e os caras da pista não perdoam e perguntam: "oun... Ta machucadinho tá?" Ele ignora e fala como comprar camisetas e cd's ajudam as bandas.

    Quem está comigo assistindo, está amando, mais uma do último álbum, o Rage Through Integrity): No Turning Back, Thiago Dantas faz sinal para o Danilo Bamboo parece que quer mais velocidade nessa batera! Fabio Pereira faz uma média de que está cansado senta por dois segundos e... já está de pé novamente aos pulos; junto Thiago Dantas, o baixista mais animado da noite ( pelo menos o que mais pula e gira ), num desses momentos seus cabos se enrolam feio com os de Caio Turim e enquanto eles se desenrolam, Rick Pellario comenta dos festivais e de como a galera aproveita para extravasar o estresse da vida moderna nos shows, e pela energia dos músicos, acredito que eles extravasem tudo nos shows também!

    Times Of Distress ( outra do Rage Through Integrity ), vem rápida e é muito boa, cada vez mais as pessoas vão chegando, Rick Pellario grita: "valeu!" E dá-lhe mais palmas, ele apresenta a banda, e oferece para nós a saideira: a BitchSlap ( do Love It Or Leave It de 2008 ). Boa também, impossível ficar indiferente ao 'tupa, tupa' da bateria, Rick Pellario ainda vai até a ponta para os fãs cantarem no microfone, eles pulam para cantar no refrão, os músicos se dependem às 00h30 o set foi curto, mas muito divertido, galera sai do recinto.

Set List Clearview

1 - Payback
2 - Wishing You Hell
3 - No Turning Back
4 - Times Of Distress
5 - BitchSlap

Sociedade Armada

    São 00h55 e a terceira banda a se apresentar na Tribal Club é a caiçara Sociedade Armada, seus músicos Fernando no vocal, Rogério na guitarra, Medina no baixo e Marcão na bateria, e são mais velhos e a banda conta com vinte anos de estrada, letras em português voltadas para política ( não só a brasileira ), também contam com têm um som mais pesado e mais concentrado que a banda anterior, começam questionando com a Pra que votar? ( do cd Tocar e Protestar de 2000 ). Gostei dessa banda, os músicos não pulam tanto, mas toda energia HC está presente nos arranjos.

    O uma parte do público engrenou numa roda ( mais para empurra-empurra) que não para! Os outros acompanham as músicas no lugar mesmo, eles já emendam a Treta ( do primeiro álbum 400% Hard Core - 1995 ) é só porrada na orelha, galera faz uma roda intermitente na frente do palco. Miséria Total ( também do 400% Hard Core ) é a próxima, Fernando brinca de girar o microfone ( e não é pouco não minha impressão é que vai desplugar e sair voando este mic. ).

     Nesse momento, vejo alguns desistindo da roda intermitente... é a pauleira não é para todos! Os músicos não param nem para respirar... agora é a vez de Otimismo Nacional ( mais uma do 400% Hard Core), uma micro pausa e Fernando fala as coisas tão rápido, que nem consegui entender o que falou, mas ao fim... nos cumprimenta e manda mais uma Democracia Popular ( do Tocar e Protestar ) essa o pessoal na frente comemora, os músicos continuam serenos no palco, para se ter uma ideia da situação, nem dá tempo de bater palmas para eles.

   A seguinte começa nervosa, pois era a Tocar e Protestar ( título do cd Tocar e Protestar ) e a galera canta junto, pula e continua na roda, e quem está mais para atrás da pista tira fotos e rola até uns 'Air Drums', o som está um pouco menos embolado que na primeira banda, agora sim uma pequena pausa! Dá até para bater palmas para os caras, Fernando avisa: "calma já estamos acabando!" ( Não se engane, essa pausa foi apenas para os músicos arrumarem instrumentos ) e a roda intermitente? Continua lá, mesmo sem música? Sim! Tem poucas pessoas assistindo ao show, só metade da pista está ocupada, mas bagunça que fazem vale por uma casa lotada.

    Aproveitamos esse respiro para bater palmas, assoviar e dar aquela conferida na gatinha do lado, Fernando lembra que o show está acabando e que eles só vão tocar mais duas músicas, enquanto ele vai falando, sua voz é engolida pela música Quatro Dias No Inferno ( mais uma do Tocar e Protestar ), essa até a galera de trás canta junto, pouca gente aqui no fundo comigo, mas todos sem exceção batem palmas.

    A rápida Juventude Transviada ( do 400% Hard Core) é a próxima, mandando o recado que dinheiro não é tudo. E os fãs pulam e agitam pelos músicos. No fim, os caras da frente pedem uma música e o Fernando tenta argumentar que essa eles não iam tocar, mas não teve acordo, ele dá um dos microfones para um cara da plateia e lá de baixo mesmo eles cantam juntos a divertida Rotina do 400% Hard Core, quando quem vence a discussão sobre as músicas são os fãs, bem isso é no mínimo surreal.

    E eles justificam a música com um entusiasmo de primeira, agora sim o pessoal está satisfeito e Fernando se despede de nós, lembrando que logo mais tem Confronto, os músicos saem do palco às 01h35.

Set List do Sociedade Armada

1 - Pra Que votar
2 - Treta
3 - Miséria Total
4 - Otimismo Nacional
5 - Democracia Popular
6 - Tocar e Protestar
7 - Quatro Dias No Inferno
8 - Juventude Transviada
9 - Rotina

 

Worst

    A próxima banda a se apresentar às 02h25, denomina o seu som como Hardcore 'ogro sem dó de porra nenhuma!' E não existe descrição melhor para as composições e letras das músicas da banda Worst, a banda é nova, de 2011, porém, conta com músicos experientes como o baterista Fernando Schaefer ( Paura, Pavilhão 9, Treta, The Silence, ex-Korzus ) além de Ricardo Brigas no baixo, Tiago Hospede na guitarra e Thiago Monstrinho nos vocais.

    Sem mais delongas, eles já começam na pressão com a Transbordando Ódio ( do álbum Cada Vez Pior de fevereiro deste ano, leia sua resenha ) no meio da música o vocalista Thiago Monstrinho aponta: "E você ai no fundo? Levanta a mão!" - Sim ele estava falando comigo... Porque quem mais estava morgada na parede com um bloquinho na mão? Sim estava cansadinha, mas, levantei a mão rapidinho!!! Ele gosta de ver a galera agitando e manda Enterrado ( Te Desejo Todo O Mal Do Mundo, primeiro trabalho dos caras de 2012, confira sua resenha também ) e o povo acorda, pula e canta junto com os músicos, para o final da música o guitarrista Tiago Hospede dá uma pausa ( acho que tem algum probleminha na guitarra ), enquanto isso, o Fernando Schaefer vem e oferecer uma cerveja para o público.

    Thiago Monstrinho quer saber: "quem tem ódio nessa porra?" E Sem Dó ( outra do Cada Vez Pior ), com eles tocando de boa causou uma confusão na pista, e Thiago Monstrinho avisou: "que ódio ok, mas vão atrapalhar outro show... Avisa galera sem briga e mano sem violência!". Acho que se eles não tivessem parado logo, o próprio Thiago Monstrinho ia tirar os baderneiros de lá com as próprias mãos!

    Uma garota sobe no palco mais democrático de todos e se joga lá de cima, e depois que acaba a música Thiago Mostrinho pergunta: "Apaziguou? Político bom é político morto" ( todos curtem!!! ). E continua: "Agora vamos de Pesadelo" ( do cd Cada Vez Pior ), acho que essa banda ganha o recorde de mais palavrões em música por minuto. Agora ele quer uma roda e ai de quem não obedeça! Os músicos agitam bem lá em cima e o vocalista Thiago Monstrinho nos fala: "Obrigado Santos e foi mal os problemas técnicos aí!" E o guitarrista Tiago Hospede vai jogando palhetas para a galera.

    A galera curte demais e canta junto a Acreditar ( outra do Cada Vez Pior ) e outra garota sobe no palco, canta no mic., empurra de leve o Thiago Monstrinho para poder passar e se jogar nos braços da galera, e o vocalista chama o povo para cantar no microfone também, mais para trás, pois, estamos nas palmas também. A próxima é a Vícios ( do Te Desejo Todo O Mal Do Mundo ) e tudo acontece ao mesmo tempo, Thiago Monstrinho quer mais um refrão animado: "Em São Paulo a vida é agonia/Em São Paulo, balada e cocaína", e então, mais uma menina sobe no palco, os músicos dão uma paradinha e o Fernando Schaefer  pergunta se em Santos a vida é agonia ou só cadeira de praia com wifi? ( aqui é agonia também rapá! ).

  

 

    Bem, o vocalista Thiago  Monstrinho faz um beatbox de bateria e Fernando Schaefer reproduz o que ele cantou na bateria, isso que é 'timming' minha gente! E continuamos só, que agora o refrão é "Em Santos a vida é agonia!" Thiago Monstrinho agradece o Fabio, os irmãos do surf, ao Sociedade Armada e também ao Confronto.

 Fernando Schaefer fala que os estilos são diferentes, mas que a família é Hardcore. Thiago Monstrinho assume os mics mais uma vez pra avisar: "A última é sobre quem não paga pensão e quem foi embora... vá se fuder!", e então a Te Desejo Todo Mal Do Mundo, título do cd homônimo foi tocada e ele quer uma roda... e tanto eles como nós pulamos e agitamos muito. Mas, adivinha quem quer pular mais uma vez? As minas que pularam o show todo atacam novamente.

    Thiago Monstrinho nos agradece, comenta sobre a banda Confronto, Fernando Schaefer deixa a batera, cumprimenta a galera e tira foto, os outros músicos também conversam com o público. Termina as 03h15, antes de eu sair, ainda acham uma chave e aliança e depois entregaram para os donos ( imagina o cara ia dormir fora de casa! ). Depois que acabam as bandas todos vão pra área externa, conversar, ver os 'merchan' e esperar pela cereja do bolo.

Set List do Worst

1 - Transbordando Ódio
2 – Enterrado
3 - Sem Dó
4 - Pesadelo
5 - Acreditar
6 - Vícios
7 - Te Desejo Todo Mal Do Mundo

Confronto

    Finalmente, sim eu já estava morrendo de sono, eis que sobe ao palco às 03h45, ao som de uma sirene antibomba, direto do Rio de Janeiro/RJ, a banda Metal/Hardcore Confronto, que com apenas 15 anos de existência, já coleciona mais de 200 shows na gringa e 5 turnês europeias! A maioria das pessoas já foi embora, mas, os músicos estão bem animados e saúdam os insones. Felipe Chehuan grita: "Rio de Janeiro!" e traz a primeira música do set, a Abolição ( do álbum Sanctuarium de 2008 ), somos poucos... nem 30 pessoas acho, mas, ninguém fica indiferente ao som dos caras. No palco. tem uma bandeira gigante com o nome da banda.

    Felipe Chehuan agradece e já anuncia a próxima: "Essa é a Imortal", do último álbum dos caras, o Imortal de 2013, Eduardo Moratori não para de bangeiar, o pessoal acompanha com a cabeça esses riffs pesados. Felipe Chehuan quer ver a cara do povo e pede: "Vem pra frente Santos!". E com sua empolgação faz a galera pular com ele. Todos têm na ponta da língua esse refrão, muitas palmas ao final das músicas e sem tempo para delongas emendam a Flores da Guerra ( no álbum Imortal essa música conta com a participação de Carlos “Vândalo” Lopes da banda Dorsal Atlântica ) a dupla de cordas Maxmiliano e Eduardo Moratori  tocam sincronizados, com direito até a pezinho no P.A. e vale complementar dizendo que o trabalho de Felipe Ribeiro na bateria é excelente.

    Felipe Chechuan fala: "Eae Santos? São 4h da manhã quero ver a energia!" E eles começam a viciante Eu Sou a Revolução ( mais uma do Imortal ), junto meus restos de forças da semana pra bangear junto com os músicos, Felipe Chechuan traz seus vocais rasgados nessa música e anima os fãs na frente do palco. Durante a intro para a próxima música, Felipe Chechuan agradece quem ficou até agora e pede para fazermos muito barulho para todos os músicos que tocaram aqui essa noite. "Essa é velha é de 2005" ( N.R.: a Causa Mortis )," Vale da Morte... Quebra tudo Santos!". O povo não se faz de rogado e pula bastante, agora são duas garotas para pular do palco e o cavalheiro Felipe Chechuan dá uma força, e pede para galera se juntar para pegar as garotas: Pow gente... as meninas querem pular! E lá vão as duas para galera.

    E homenageando quem acorda cedo: 1 Hora ( essa conta com a participação do vocalista João Gordo, Ratos de Porão, no álbum Imortal ) e como todos acordam cedo, os homenageados fazem roda, Felipe Chechuan canta essa mais concentrado, se movimenta bem pelo palco e cada vez mais, o pessoal que estava mais distante chega perto do palco.

    Agora vem a perturbadora Infanto ( presente no primeiro álbum, A Insurreição de 2001 ) com o povo recebendo bem essa, agita bem na frente, o batera Felipe Ribeiro dá uma paradinha para nos ver e ouvir, animado... o nosso vocal pede para gente pular com ele. Mais uma música, essa também é de 2001: a Guerra, Queda e Morte ( do A Insurreição ), que ele dedica para todos os amigos e o povo dá mais um passo à frente, Eduardo Moratori agita e toca muito. Nós acompanhamos com punhos ao ar, pulando e alguns até rodando, Felipe vai até a ponta para um fã completar o refrão no seu mic.

    E antes da última distorção acabar, só há tempo para um "Valeu Santos! A próxima é Emissarium", outra do novo Imortal, é mais uma música que mostra o potencial do baterista Felipe Ribeiro e é a minha favorita dos caras. Pelo horário, cada vez mais pessoas deixam a casa, mas os que ficam, músicos e fãs, tem uma energia enorme. Bem, penso: eu já estou escorada pela parede, daqui não saio, daqui ninguém me tira... e como o palco é alto, consigo ver bem mesmo no final da pista. E o vocalista nos conclama "Comigo no refrão: Para todo ese trabajo. La vida en una hora! Santos quebra tudo porra! ” .

    Na pausa entre as músicas Felipe Chechuan conversa: "Santos faz tempo que a gente tocou aqui e estamos felizes de voltar, mais barulho por todos que tocaram aqui, Baixada Fluminense é Imortal, nos guetos e favelas!" Eu tenho a impressão que cada vez que esvazia, mais alto o som fica, agora é a vez de Meu Inferno ( também do Imortal ) mais uma com uma ótima letra: “Eu sei... Esse é meu lugar...Eu sei... O inferno é meu! ” Essa letra retrata bem meu bairro... ( estou morando na periferia faz um tempo ). Bem o trampo de riffs é muito bom, banges em cima e em baixo do palco, cantamos a plenos pulmões essa.

    Felipe Chechuan nos conta que vão tocar o último som e diz: "Hoje faz 5 anos que gravamos essa, quero ver todos cantando! Essa vocês conhecem? É a Santuário das Almas...Santos é com vocês!", e a música gravada no Sanctuarium de 2008, veio para fechar o set com chave de ouro, pois veio furiosa e com uma letra contundente: “Rastejamos entre o descaso estatal e as correntes do capital”. Os poucos presentes continuam agitando como se fosse meia noite ainda... ( ok... estou sentindo uma invejinha deles, quero ver quando tiver a minha idade! ).

    Tem até um empurra-empurra entre os presentes e Felipe Chechuan continua falando durante a música: "Aqui é periferia, temos amor pela favela..." e no refrão alguém ainda vem cantar no microfone dele. Ao final da música eles agradecem, por ficarmos até o final, nos elogiam e se unem para tirar foto com a gente, ainda batem palmas para nós os “Guerreiros Insones”, jogam palhetas e cumprimentam alguns, acaba as 4h40.

    Apesar de pouquíssimas pessoas ficarem até o final, os músicos tocaram como se fôssemos milhares, com garra e qualidade. Então fica a dica: quer uma banda que toca em qualquer dia da semana e qualquer horário sem tempo? Assista um show do Confronto e comprove!

Texto: Erika Alves de Almeida
Fotos: Tribal Eventos
Agradecimentos à Costábile Salzano Júnior
 pela atenção e credenciamento
Julho/2014

Set List do Confronto

1 - Abolição
2 - Imortal
3 - Flores da Guerra
4 - Eu Sou A Revolução
5 - Causa Mortis
6 - 1 Hora
7 - Infanto
8 - Guerra, Queda E Morte
9 - Emissarium
10 - Meu Inferno
11 - Santuário Das Almas

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