Oficina de Vivência de Vocal com Edu Falaschi
Sábado, 27 de junho de 2015
no Sesc Santo André em Santo André/SP

    Sempre criando projetos inovadores, o Sesc Santo André nos mostrou mais um neste final de junho: o Setecidades, que contou com Edu Falaschi realizando uma oficina de Vivência de Vocal, onde ele abordou de forma didática vários temas relacionados à um vocalista, como por exemplo como manter a potência de voz e sua afinação com direito a algumas demonstrações práticas. Assim, o músico, produtor, professor de canto Edu Falaschi com mais de 25 anos de carreira, vem para o Sesc Santo André em Santo André/SP, demonstrar suas técnicas vocais, dar dicas, bater um papo, falar de música e interagir muito com o público.

    A pessoas entram no teatro já preparado para o show do Almah que vem logo após a oficina de Vivencia de Vocal. O Sesc Santo André possui um ambiente muito confortável e tínhamos um público muito ansioso, que aguardava a entrada do Edu Falaschi, que assim que entrou no palco, cumprimenta a todos e começa a oficina de Vivência de Vocal de forma muito simpática como de costume e perguntando sobre a formação da plateia na questão musical, a qual é composta desde vocalistas a pessoas que apreciam e acompanham o trabalho do músico.

    A oficina sobre Vivência de Vocal começa com Edu Falaschi em um clima muito descontraído, cantando Two Minutes To Midnigth do Iron Maiden e demonstrando toda sua técnica vocal, que conta bastante com as escolas italianas e alemãs que Edu Falaschi teve grande influencias. A oficina segue com o músico explicando a importância do alongamento do corpo e em sua interferência na voz, a importância do uso e alongamento do diafragma, músculo que é de fundamental importância para os vocalistas atingirem notas altas frases longas sem perder o ar.

    Edu Falaschi exibe alguns tipos de exercícios para fortalecer o diafragma, mostrando que a respiração feita por ele, o ar não acaba e o vocalista consegue cantar desde frases curtas a longas sem perder a voz. Exemplifica que cantores como Bruce Dickinson, Freddie Mercury conseguem atingir notas agudas através dessa técnica.

    Edu Falaschi tem uma didática excelente, pois, nos deu dicas práticas e de fácil entendimento fazendo a plateia acompanhar atentamente e também conseguindo fazer todos aprenderem muito. Terminando as dicas, o vocalista abre espaço para uma sessão de perguntas e respostas sobre qualquer assunto.

  

    A primeira pergunta é sobre a diferença dos álbuns Temple Of Shadows ( de 2004 ) e Rebirth ( de 2001 ). Edu Falaschi responde dizendo que no Rebirth como ele era recém chegado no Angra, por exigência do produtor ele tinha que cantar entre o agudo e nem muito agressivo como o Symbols. Já no Temple Of Shadows, como já estava há tempos na banda, ele já podia cantar mais livremente e nesse álbum já atingia o grave médio e o agudo.

    A segunda pergunta foi sobre a expectativa e os preparativos para o álbum que comemorará os seus 25 anos de carreira. Edu Falaschi explica que é uma fase muito importante na carreira dele, começa falando do período que passou quando estava enfrentando problemas na sua voz, como teve dificuldade de encontrar o que realmente estava se passando, que na verdade era um refluxo e que foi descoberto por médicos do exterior, que estão mais acostumados a trabalhar com a questão vocal dos músicos.

    Também relatou que depois desse episódio, várias pessoas com o mesmo problema, músicos, professores, etc, entraram em contato com ele e através de sua experiência e superação pode ajuda-los, algo que vi que foi muito positivo. A todo momento Edu Falaschi enfatiza a importância dos fãs, do apoio e de como eles ( os fãs ) o ajudaram e acompanharam durante esta etapa.

    Continuando a falar sobre a comemoração, ele fala sobre seu retorno em 2013 na apresentação do Almah no Rock In Rio e depois na turnê na Europa onde tudo se normalizou efetivamente. Ele explica que esse novo disco comemorativo terá musicas do Angra, onde passou 12 anos com a banda e também trabalho de sua banda própria Almah. Edu Falaschi abre em primeira mão sobre o trabalho de sua biografia, que está em fase de finalização e diz que tem muitos trabalhos para 2015 e 2016 e que podemos esperar muitas coisas boas.

    A terceira pergunta é sobre o mercado Europeu e nacional, e como é a cena musical para o vocalista, que foi complementada se ele faz o que realmente quer e acredita. O músico fala que faz o que acredita e que cada álbum é uma surpresa, que os novos vem com a junção de várias experiências, que cada álbum conta uma história e que gosta ele gosta do fato de surpreender o público.

    Diz que podemos esperar um álbum com uma cara própria, uma mistura com uma linguagem moderna. Novamente ele comenta sobre a importância do fã em sua carreira como se preocupa com eles.

    A quarta pergunta questiona se nesses 25 anos de carreira, Edu Falaschi já conquistou tudo o que queria ou tem algo a almejar ainda. Edu Falaschi diz que cantar 25 anos Metal, em inglês em um país tropical e ser reconhecido é algo muito importante. Fala também sobre a importância da música na vida das pessoas, ele conta que na Itália um fã foi falar com ele, disse que a estava em depressão e que graças a música Nova Era ( do Rebirth do Angra ) teve forças para seguir em frente.

     Conta também sobre o projeto Cavaleiros in Concert e também de sua participação em geral no Cavaleiros do Zodíaco, onde através dessa musica abriu-se um espaço novo, um público diferente que através das músicas dos cavaleiros também veio a conhecer o Edu, o Almah e o Metal.

    A última pergunta foi de um vocalista falando sobre como é a presença de palco dos cantores de Metal e da casa estar cheia ou vazia para o show e sobre como o vocalista compõe suas músicas. Edu Falaschi fala que desde pequeno já participava de festas de família, sempre ligado a música e prossegue dizendo que não teve estudo especifico para compor e que suas composições saem naturalmente, como se escutasse a música basicamente pronta em sua cabeça e que nesse momento ele grava em seu celular a melodia, bateria e depois repassa em seu estúdio até a musica ficar quase pronta, entretanto, a parte instrumental é criada junto com a banda.

    Em relação aos shows, comenta da importância da expectativa, que o mais importante é se sentir bem porque o publico, curtindo ou cantando, deixa um show bom, que ele mesmo já passou por situação de casa cheia e não estar se sentindo confortável e ao contrário, com uma casa com pouca gente e estava se sentindo muito bem, enfim, na realidade não existe uma regra para isso.

    Na postura de palco Edu Falaschi fala que não treina, que sai naturalmente com a emoção da música e do show. Edu Falaschi termina a vivencia agradecendo ao Sesc Santo André e ao público pela oportunidade e vai para o camarim se preparar para o show do Almah, que aconteceria instantes depois. O público sai feliz do teatro do Sesc Santo André e sabendo que aprendeu muita coisa com o excelente profissional e pessoa maravilhosa que o músico Edu Falaschi é.

Texto: Kátia Tanasovichi
Fotos: Reginaldo Coelho Brito
Agradecimentos Vânia Saunitti Porto do Sesc Santo André
pela atenção e credenciamento
Julho/2015

   

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