The Shrine - South American Tour 2016
Abertura: Bandanos e Monstro Amigo
Sábado, 30 de julho de 2016 no Inferno Club em São Paul/SPO Inferno Club foi palco para mais um evento da Abraxas, que dessa vez trouxe ao Brasil pela primeira vez a banda californiana The Shrine. Formada em 2008 em Venice, na Califórnia, com quatro discos de estúdio lançados, o The Shrine faz um som que passeia pelo Punk, Metal e Stoner, essa mistura é a trilha perfeita para Jams radicais de skate. Os caras já foram responsáveis por abrir shows do Kyuss Lives! e fizeram uma turnê com o Fu Manchu, outra banda bem conhecida na cena Skater.
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Monstro Amigo
Como é de praxe, ficou a cargo de duas bandas nacionais abrirem o evento, a primeira foi a Monstro Amigo, Power Trio de São Paulo/SP fundado em 2013 e formado por Lukas Pessoa ( teclado e vocal ), Leonardo Jabba ( baixo ) e Danilo Frizza ( bateria ), que atualmente estão divulgando seu primeiro disco de estúdio auto intitulado lançado em 2016 de forma independente.
Os caras subiram ao palco e trouxeram um som e performance um tanto exóticos, durante cerca de quarenta minutos de apresentação ouvimos uma sonoridade totalmente influenciada por Jazz e Rock Progressivo dos anos 70, com abuso de teclados e linhas precisas de baixo, que conseguiram suprir bem a falta de guitarras, acompanhada de uma bateria cheia de técnica como deve ser, de improvisos poéticos à pulos frenéticos e até direito a cueca na cabeça, talvez tenham recebido alguns olhares tortos de quem os assistia, afinal o som não casava bem com a atração principal, de qualquer forma é sempre válido e interessante conhecer bandas e estilos novos, e também a proposta é bem interessante, mesmo assim o público que ainda era pequeno e entrava no local foi receptivo e ficou curioso pela apresentação.
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Bandanos
A segunda atração da noite foi o Bandanos, banda de Hardcore/Thrash Metal formada por Crisplatterhead ( vocais ), Marcelo Cyco Papa ( guitarra ), Hell-der ( bateria ) e Lauro Metal Hammer ( baixo ), também de São Paulo, com 16 anos de carreira, dois discos de estúdio lançados, quatro turnês fora do país e já veterana na casa.
A apresentação foi rápida, como o próprio vocalista Crissplatterhead disse "esse vai ser o show mais rápido da vida de vocês" e foi mesmo, durou cerca de trinta minutos, mas não demorou muito para que o público formasse Circle Pits furiosos em frente ao palco, a banda é competente ao vivo e realmente não dava para ficar parado a cada "pedrada" atrás da outra, mesmo com a sonoridade também distinta da atração principal eles conseguiram agitar o público durante todo o set, uma performance impecável de uma banda que é boa naquilo que faz.
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The Shrine
Exatamente às 22h10, o Power Trio californiano, The Shrine formado por Josh Landau ( vocal e guitarra), Court Murphy ( baixo ) e Jeff Murray ( bateria ) subiu ao palco, essa é a primeira turnê deles na América do Sul e não poderia ser melhor, além de Argentina e Uruguai, foram agendados cinco shows só no Brasil, tudo isso para divulgar o mais recente disco Rare Bread lançado em 2015 via Century Media.
Sem delongas, a banda fez os últimos ajustes nos instrumentos, organizaram o palco e logo em seguida iniciaram a apresentação com a canção Tripping Corpse do recente disco lançado em 2015, o Rare Bread. O público, que estava divido entre skatistas e a galera que gosta de Stoner e Psicodelia foi à loucura, em seguida emendaram com duas, Destroyers, do segundo disco Bless Off ( de 2014 ) e a música título do mais recente Rare Bread. A banda não é muito de falar e sim de agir, mas isso explica suas apresentações explosivas, uma pequena pausa e o vocalista e guitarrista Josh Landau apresentou a próxima, Worship também do segundo disco, Bless Off, que foi cantada por todos os fãs enquanto a pista fervia nos Circle Pits.
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Algumas músicas dos discos mais antigos também não poderiam faltar, Whistlings Of Death do primeiro álbum Primitive Blast ( de 2011 ) também foi bem ovacionado pelos fãs, as duas próximas The Vulture e Death To Invaders do recente Rare Bread também foram cantadas por todos, acho que esse foi um dos públicos mais malucos que já vi em shows de Rock/Metal, sempre agitando, cantando, alguns arriscaram até Stage Divings. Outra música bem conhecida e que seguiu com a apresentação calorosa dos californianos foi Louise do primeiro disco Primitive Blast, de volta ao disco recente, que foi o foco da turnê, tocaram What's Left For Me, era visível o quanto a banda estava feliz em tocar para o público brasileiro, tanto que o vocalista e guitarrista Josh Landau resolveu fazer um Stage Diving enquanto tocavam On The Grind, gravada no disco Bless Off.
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Uma pequena pausa e retomaram o set com uma trinca do último disco Rare Bread, dessa vez tivemos Dusted and Busted para acalmar com aquele refrão bem pegajoso, Coming Down Quick e Savage Skulls and Nomads, que trouxe a fúria de volta para a pista. O The Shrine agradeceu o público, saiu do palco para o bis e foram muito ovacionados pelos gritos dos fãs e em poucos minutos voltaram, dessa vez com um som mais antigo, canção título do primeiro disco Primitive Blast, nessa hora o público invadiu o palco insanamente para cantar e fazer mais Stage Divings, a banda estava se divertindo enquanto isso. Para fechar a noite, mais duas do último disco Rare Bread com a Acid Drop e a Nothing Forever, e mais uma vez a banda se divertiu ao se jogar no público enquanto tocava. Uma banda e um público insano só poderiam dar nisso, um show memorável e caloroso que com certeza ficará marcado para os fãs.
Texto: Fábio Braga
Fotos: Camila Licciardi
Agradecimentos Erick Tedesco e a Abraxas Produtora
pela atenção e credenciamento
Agosto/2016
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