Ruínas de Sade
Com um atraso de
cerca de uma hora devido a problemas técnicos, os primeiros a subir ao palco
foram os catarinenses do Ruínas de Sade, banda que conta com um disco
de estúdio autointitulado lançado em 2016 e é formada por Hugo Grubert
( vocal ), Vitor "Bob" Zen ( guitarra ), Paulo
Machado ( baixo ) e Gustavo Gamba ( bateria ).
Com a casa bem
cheia, o Power Trio iniciou sua apresentação e logo superaram as
expectativas dos que assistiam, pois, a banda faz um Stoner Metal bem
cadenciado com riffs 'sabbáticos' e vocais que alternam entre melódicos, ora
dramáticos, que com certeza deixam as músicas mais intensas, como já percebi
na primeira, a Hammer Of Witches. Interessante também destacar que
são uma das poucas bandas dentro do gênero a cantar em português, caso da
segunda música do set, a Cadáver da Terra.
Ainda tivemos as músicas
Herbonaut e Herbula Rite, que marcaram presença na apresentação, que durou
cerca de quarenta minutos, foi intensa e serviu para mostrar que tem muita
banda boa surgindo pelo nosso país. No set do Ruínas de Sade foram apresentadas músicas do
primeiro disco e algumas inéditas, que entrarão no sucessor e ainda não
possui data de lançamento prevista. Enfim, o Ruínas de Sade começou bem a noite e aumentou a energia que sentíamos pelo que estava por vir.
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Saturndust
Em seguida, o
Saturndust, banda paulistana que já podemos considerar como veteranos em
eventos da Abraxas e que é formada por: Felipe Dalam (
guitarra, vocal e sintetizadores ), Guilherme Cabral (
baixo ) e Douglas Oliveira ( bateria ). O Saturndust
está promovendo seu segundo e novo disco de estúdio, o RLC ( de 2017
), que vem recebendo ótimos 'feedbacks' da mídia nacional e internacional.
Vale dizer, que comprovando isso, o Power Trio no mês de fará seu primeiro
show fora do país, no Psycho Las Vegas nos Estados Unidos, ao
lado de grandes nomes do Metal como por exemplo, King Diamond,
Carcass, Ace Frehley, Gojira e muitos outros. E em
dezembro tocarão ao lado dos americanos do Neurosis em mais um show
inédito, que será produzido também pela Abraxas.
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Belzebong
O Belzebong é uma banda fundada em 2008 na cidade de Kielce na
Polônia e atualmente conta com os seguintes integrantes: Sheeppy Dude (
baixo ), Cheesy Dude ( guitarra ), Alky Dude
( guitarra ) e Hexy Dude ( bateria ) e desembarcaram em nosso continente para sua primeira
turnê, onde tocaram no Chile, na Argentina e por três datas no Brasil, sendo elas
realizadas em Belo Horizonte/MG, em São Paulo/SP e Rio de Janeiro/RJ.
O Belzebong
é uma banda relativamente nova, com dois discos de estúdio e
um EP, o Sonic Scapes & Weedy Grooves lançado em 2011, o
Dungeon Vultures ( EP ) de 2013 e o mais recente
Greenferno disponibilizado em 2015. Com pouco mais de nove anos de
estrada, eles são considerados uma das grandes potências do Stoner Metal, já
rodaram o mundo e estão escalados em diversos festivais pela Europa e
finalmente neste sábado, o público presente no Feeling Music Bar
pode conferir porque eles alcançaram esta marca.
Exatamente às 21h55, o
Belzebong pisou no palco, sob o
calor e as fumaças verdes, ou seja, um verdadeiro Greenferno,
a apresentação teve início com Bong Thrower ( do Sonic
Scapes & Weedy Grooves ) e já deixou o público alucinado, mesmo com
o som das guitarras um pouco baixo dava para sentir o quão denso é uma
apresentação do Belzebong, a casa estava lotada, o local funcionava
como um estúdio com dois ambientes, a parte interna onde fica o palco e
externa onde há um bar.
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Infelizmente, houve
superlotação e muitos não conseguiram ver a apresentação de perto, o local
estava muito abafado e em certos momentos alguns optaram por assistir pelas
janelas. Na sequencia vieram a Diabolical Dopenosis do Greenferno,
a
Witch Rider, outra do Sonic Scapes & Weedy Grooves e a
Inhale In Hell, também do último registro de estúdio, sempre com a
pegada viajante repleta de solos de guitarras característica do Belzebong.
Na trinca final do show, o Belzebong exibiu as canções Names Of The Devil
e Acid
Funeral ( ambas do Sonic Scapes & Weedy Grooves
) e fechou sua primeira apresentação na capital paulista com a recente
Goat Smoking Blues, que também passou bastante adrenalina sonora em sua
execução.
O único ponto fraco
foi o fato que o Feeling Music Bar, que não atendeu a alta
demanda do público, pois, houveram muitos que deixaram para comprar ingresso na
porta, mesmo com os avisos de "cheguem cedo", que a produtora havia
divulgado nas redes sociais, além de também alguns imprevistos que geraram
atrasos. Entretanto, de qualquer forma, todas as bandas foram ótimas e valeu
esta noite do Doom Metal Fest para os fãs dos
estilos abordados, que
venha mais Belzebong na capital paulista futuramente, porém, dessa vez em um
local maior para que tenhamos a satisfação plena de seu contagiante show.
Texto: Fábio Braga
Fotos:
Lívia Sarno
Agradecimentos a Erick Tedesco e à Abraxas Produtora
pela atenção e credenciamento
Agosto/2017