Nesta sexta feira dia 28 de janeiro de 2005 finalmente teria a oportunidade de rever o Angra após o 3 anos ( a primeira vez que curti o Angra foi em Amparo, leia aqui ), e desta vez na Temple of Shadows Tour que promove o aclamado disco homônimo. Foi um dia de muita chuva, mas a noite o tempo sossegou e não choveu ( ótimo, seria um caos ficar na fila com chuva ). Próximo ao Campinas Hall, casa onde seria o show, se formavam longas filas e ficava a pergunta: será que o lugar é grande para um show do Angra? -  Infelizmente não era. O Campinas Hall é um lugar bonito, tem um bela acústica, mas não serve para acomodar o grande público que estava presente nesta apresentação do Angra, ficando muito apertado.    

    O show, marcado para começar as 21:00 hs foi atrasado em 40 minutos devido ás longas filas que falei acima, mas é interessante notar que vários lugares diziam que o show começaria mais tarde. 

    A música que abriria o show deveria ser o medley Gate XIII / Deus Le Volt  mas foi a segunda da noite,  a abertura foi realizada com Gigante Guerreiro Daielon ( tema do Jaspion - que coisa não?...), e muitos, assim como eu, ficaram de certa forma assustados - tipo estou mesmo no show do Angra? - A sorte era que estava e isso com certeza foi uma brincadeira.

    Então às 21:45 começamos a ouvir os acordes instrumentais de Gate XIII / Deus Le Volt para que ao término dessa bela seqüência instrumental, fossem finalmente abertas as cortinas que escondiam o minúsculo palco do Campinas Hall ( bem, eu disse que o lugar era pequeno para um show desses... ). 

    Então adrentam ao palco Edu Falaschi, Rafael Bittencourt, Kiko Loureiro, Felipe Andreoli, Aquiles Priester e Fábio Laguna tomando seus lugares para darem início a um show que ficará na memória do público por muito, muito tempo mesmo. Porque digo isso? - leia mais abaixo....

    Depois temos Millenium Sun, onde novamente temos uma forte participação do público cantando em uníssono. Então chega a hora de Aquiles Priester realizar seu solo de bateria e mostrar porque é um dos bateras com maior pegada no heavy metal; vale lembrar que durante o solo, Aquiles vestiu a máscara do polvo que também ornamentava sua bateria e ainda tocou trechos de Brasileirinho. 

    Em seguida, após este belo momento voltamos a mais uma canção de Temple of Shadows com Late Redemption com versos alternando em inglês e português onde os fãs presentes faziam a parte que no disco era comandada por Milton Nascimento. Então temos um momento quase acústico com Heroes of Sand onde vemos toda a presença de palco de Edu Falaschi comandando o coro que os fãs fazem juntos com a banda. Na seguinte então, Rebirth, o Campinas Hall praticamente se transformou num grande " karaokê " com todo mundo cantando junto verso por verso e nos versos iniciais somente os fãs cantaram, foi espetacular mesmo.

   Agora é a vez de Kiko Loureiro mostrar porque é um dos melhores guitarristas de heavy metal do mundo num solo estupendamente perfeito. Durante este solo tivemos alguns trechos da música Speed do álbum Fireworks ( que não teve nenhuma música incluída no set ) e vale lembrar também que Rafael Bittencourt aparece e tenta acompanhar o solo de Kiko e não consegue ( claro que era brincadeira ). Então a dupla de guitarristas do Angra começa a duelar de forma fantástica e fazem a introdução de Temple of Hate, canção onde o público canta como se já fosse uma das antigas da banda ( em tempo: é mais uma do Temple of Shadows ). 

   Agora o Angra já está em terras internacionais, este fabuloso show que tive a oportunidade de estar presente foi a última no Brasil ( agora só depois da parte internacional da turnê ). E durante as despedidas da banda, os fãs que já estavam pedindo a algum tempo a música tema dos Cavaleiros do Zodíaco, Saint Seya, foram atendidos pelo simpático Edu Falaschi cantou alguns versos da música para o delírio dos fãs que continuaram a cantar ( ficou bem legal essa versão diga-se de passagem ). E vale ainda lembrar que Fábio Laguna comandou durante todo o show, que teve mais de duas horas, os teclados com uma técnica impressionante.