Grave Digger
Abertura: Harppia,
 DragonHeart e Avalanch

Local: Directv Music Hall - SP/SP 04 de Outubro de 2003

 

    Em sua segunda passagem pelo Brasil, o Grave Digger lotou o Directv Music Hall, que pela quantidade de bandas, acabou transformando-se em um mini-festival. Esta idéia foi muito boa, pois deu a oportunidade a bandas nacionais de tocarem para um público maior.

    Por volta das 21hs, entra no palco os veteranos do Harppia, que com seus vinte anos de existência fizeram o segundo melhor show da noite. “Metal para Sempre”, “Vampiro”, a clássica “Salém (A Cidade das Bruxas)” entre outras foram executadas em um set-list curto, porém muito eficiente. A pergunta que fica no ar: quem disse que metal não pode ser cantado em português?

    A segunda banda da noite foi a dos curitibanos do DragonHeart que ainda colhe os frutos do ótimo álbum “Throne of the Alliance”. Infelizmente foram prejudicados pelo som, já que todos da banda cantam e os vocais estavam muito altos em comparação com o resto dos instrumentos. Além disto, Caparelli ficou o tempo todo brigando/discutindo com um cara da platéia. Fecharam o set com um cover do Blind Guardian.


    Durante o intervalo, no saguão onde ficava o bar estava cheio, foi legal encontrar “metal brothers” de toda a região, como Jaguariúna, Engenheiro Coelho, Mogi Guaçú, além da galera da revista Valhalla e integrantes do Torture Squad e Dominus Praelli.

    A incógnita da noite estava entrando em cena, o Avalanch da Espanha. A banda toca heavy melódico cantado em espanhol. Foram muito vaiados em todo o seu set ( principalmente no solo de bateria, um dos mais toscos que já tive o “desprazer” de assistir ). Tocaram por mais de uma hora. Posteriormente ficamos sabendo que o principal motivo da banda estar abrindo para o Grave Digger era que o Chris Botelhald ( vocal do Grave Digger ) é o empresário dos “hermanos”. O Avalanch pareceu mais uma bolinha de neve do que uma avalanche.

    Depois de certo sofrimento causado pelo Avalanch, veio à banda que fez o melhor show do ano, o Grave Digger!!! Com um posicionamento de palco muito interessante, com o tecladista atrás do baterista ( isso além do fato do tecladista estar vestido como o mascote da banda, The Ripper ).

A introdução “The Ring”  tocada no P.A. do Directv Music Hall, rolando então “Rheingold”, faixa título de seu mais recente álbum. Em seguida veio a clássica “Dark of the Sun” emendada com “Son of Evil” presente no álbum “The Grave Digger”. A felicidade de tocar para o público paulista estava estampada no rosto dos integrantes, principalmente do vocalista Chris. A confirmação veio na frase na qual disse que o público de São Paulo gritava mais alto que o Wacken da Alemanha. Imagine, 2.500 pessoas gritando mais que 30.000!!!.

    O show seguiu com “Lion Heart”, “Circle of Witches” e “The Reaper”. A nova “Valhalla” ficou excelente ao vivo, seguida da balada clássica “Ballad of Many”, e outra nova chamada “Maidens of War”.

A empolgação banda/público era latente, e ficou melhor ainda quando executaram esta parte do set-list: “Scotland United”, “Excalibur”, “Witchhunter”, “Morgana Lefay” e “Knights of the Cross”. Foi de ficar atordoado!!! Mais atordoado ainda foi ver “Rebbelion” a clássica das clássicas para os brasileiros. “Twilight of the Gods” e “The Round Table” fecharam a primeira parte.

    O bis foi chamado e eles iniciaram com “The Grave Digger” e fecharam a brilhante noite com “Heavy Metal Breakdown”. Público e banda saúdam-se e fecham uma das brilhantes apresentações já vistas no Brasil.

    Não há muito que dizer neste final de resenha, a não ser se você não foi, quando o Grave Digger voltar não deixe de ir... Heavy Metal Breakdown!!!

 Texto: Leandro Sartori

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