Patrulha do Espaço Show de 30 Anos
Hammer Rock Bar em Campinas/SP, sábado 29 de setembro de 2007Campinas, dia 29 de Setembro de 2007, noite fria de sábado, o que esperar de uma noite como essas? Rock and Roll , a única coisa para esquentar aquela noite com prazer e bom som, ainda mais se esse tal Rock and Roll for proveniente de uma banda de 30 anos que foi formada por um ex-Mutantes e que hoje conta com um time de peso e excelência musical ímpar, a Patrulha do Espaço que segue na turnê de 30 Anos completos este ano e que ainda é capitaneada por Rolando Castello Junior, exímio baterista que já tocou por bandas maravilhosas por toda América do Sul, como Pappo e Aeroblus ( da Argentina ) e Made In Brazil e Inox ( Brasil é claro! ) e ainda foi escalado por Arnaldo Baptista ( ex-Mutantes ) em 1977 para montar uma banda de Rock que culminou nesta que aqui descrevo e que além de Junior conta hoje com René Seabra no baixo ( que já tocou na banda nos idos de 1993 ), o guitarrista, vocalista, flautista e tecladista Marcello Schevano ( ex-Golpe de Estado e na banda desde 1999, além de integrar o Carro Bomba desde sua fundação em 2004 ) e o vocalista e performer Percy Weiss ( ex-Made In Brazil e que passou várias temporadas pela Patrulha como na época do primeiro disco de 1980 e em 93 no melhor álbum da banda em matéria de peso, o Primusinterpares ).
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E a banda começou a tocar como um trio com Schevanno nos vocais principais e guitarra ao som de Homem Carbono do EP .comPacto de 2003 emendada à maravilhosa Ser do primeiro álbum da volta da banda em 2000, o psicodélico Chronophagia ( nesta época a banda tinha na outra guitarra e vocais Rodrigo Hid e o experiente baixista Luiz Domingues ex-A Chave do Sol, ambos hoje no Pedra ). Logo nos primeiros sons a bateria de Júnior começou a 'andar' devido ao peso das 'marteladas' de Júnior o que de forma alguma prejudicou o andamento das músicas nas quais rolaram muitos improvisos da parte de Schevanno e do próprio Júnior.
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A terceira da noite nos remeteu ao EP de 1985 intitulado Patrulha 85 por meio de Deus Devorador, uma bela surpresa no set que seguiu noite adentro com São Paulo City mostrando o peso brutal que a banda expressou a noite toda, resultado esse que atribuo à volta do baixista René Seabra à banda, o cara literalmente 'cavuca' o baixo com a palhetada pesada que auxilia Schevanno a desenvolver solos inspiradíssimos e duelos mortais com Júnior e não deixar 'buracos' nas músicas, Dá-lhe René!. No final desta, eis que adentra ao palco a personna rocker de Percy Weiss, apresentado por Júnior e que vem cantando Vou Rolar do disco de 2004 Missão na Área 13, disco esse de um primor insuperável e que ainda contava com Rodrigo Hid e Schevanno nos vocais. Seguinte à sua intro vem Festa de Rock, uma baita ode à farra gravada em 1982 no 3º disco da banda. Mais ou menos por aí rolou Não Tenha Medo do 4º play de 83 ( dedicada ao roadie Samuca, que acompanha a banda à uns 8 anos ) mesclada à Heartbreak do Led Zeppelin, uma enorme jam que seguiu com Cão Vadio, música essa do 3º disco, também conhecido como ´Álbum Branco da Patrulha' que ocasionou a participação da Patrulha do Espaço no show do Van Halen por aqui em 1983 e, provando que este disco foi mesmo importante para a trajetória da banda, eles mandam outra dele, seria Bomba, coincidentemente as 2 últimas também foram gravadas na voz do Percy em 93 no Primusinterpares, então, tava tudo certo!
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Depois das 11 com aquele clima arrastado e bem blues-rock fez o delírio dos velhos fãs como também a versão da Patrulha para o hino do Joelho de Porco com Meus 26 Anos que sempre é dedicado ao Walter Baillot ( falecido guitarrista do Joelho ). Olho Animal, mostrou toda potência da garganta de Percy que no refrão desta arrepia e Arrepiado, baladona do primeiro disco da banda que foi originalmente gravada na voz de Percy nos fez delirar e delirando mais ainda ficamos na próxima música, Robot ( escrita e dedicada ao falecido baixista da banda Sérgio Santana ) que contou com a participação mais do que especial do guitarrista Vulcano ( que toca na banda solo de Percy, a Percy´s Band e também na lenda metálica de Campinas, o Hellish War ) em solos frenéticos ao lado do baixista Ricardo que também toca na Percy´s Band, mas o final mesmo foi com a sempre apoteótica Colúmbia, hino maior gravado em 1982 no terceiro disco da Patrulha do Espaço do qual já falamos aqui. E foi uma versão maravilhosa, com todos cantando e a banda 'viajando' em solos intermináveis, incrível mesmo é ver como Júnior e Schevanno se completam mutuamente como músicos em jams quilométricas, frenéticas e hiper-pesadas durante todo o desenrolar do show, não desmerecendo as marcantes presenças de René Seabra, cujo qual aproveitou a noite para divulgar seu disco solo As Cores de Maria que conta com um time de músicos paulistanos de dar inveja, mas este é papo pras resenhas, e Percy Weiss que não há nada o que falar desse cara, palavras não dizem nada, você precisa ver e ouvir essa grande figura do Rock Brazuca, que além de tudo é gourmet e um grande gentleman com os fãs e admiradores.
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Pois é, uma longa noite de Rock And Roll que ficará em nossas memórias pra sempre e que a Patrulha do Espaço continue por aí por mais 30 anos e em palcos ainda maiores, com audiências cada vez maiores também. Agradecimentos especiais à Lana Fernandes e familiares por ter nos acolhido de maneira tão hospitaleira e nos permitir fazer a cobertura do evento com tanto conforto e prazer e ao nosso bom e velho Luiz 'Barata' Cichetto por ter sido o mediador deste contato. E como diria Rolando Castello Júnior ( the drummer and the dreamer ): "That's all not, folks!".
Texto: Alexandre WildShark
Fotos: Alexandre WildShark e Michele Chianca.
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