quarta 09 de junho de 2004
Abertura: Thalion e Masmorra
- Local: Tênis Clube -  Catanduva/SP
 

    Véspera de feriado, uma quarta-feira, a melhor coisa pegar estrada até Catanduva, na região central do estado de São Paulo para curtir a primeira apresentação do Primal Fear no Brasil na tour do Devil’s Ground. Pra completar a noite, abriram as bandas Thalion e Masmorra. O local escolhido pela organização é ótimo, pois é pequeno e eficiente, além disso, o evento possuiu um som excelente.

Thalion começando a noite

    Quem abriu a noite foi o Thalion, e particularmente estava querendo ver esta banda que está em toda mídia metálica brasileira. Fizeram um show curto ( apenas 5 músicas ) e mediano, entre seus sons, rolaram Long Farewell, Follow the Way, mas a melhor música de seu set foi um cover: Sacrament of Wildness do Nightwish. A banda ainda peca pela inexperiência, porque seu posicionamento no palco deixa a desejar ( todos ficavam paralisados no palco!!! ), mas vamos dar tempo ao tempo e ver como o Thalion fica após alguns shows, já que este era o primeiro após o lançamento do seu primeiro álbum Another Sun.

    A segunda banda de abertura foi o Masmorra de Monte Azul Paulista/SP, que tem no currículo outro grande show de abertura, o do Helloween em 2001, também em Catanduva. A banda estava lançando a ótima demo Remains From A Land, mas o show não me agradou. Eles agitavam, pulavam, tocam heavy metal tradicional com pitadas de thrash metal, mas nesta noite não conseguiram empolgar. Infelizmente, novamente a melhor música do set foi um cover: Symphony of Destruction do Megadeth.

Primal Fear em Ação

    É bom que seja dito que as duas bandas de abertura não sofreram em nada com a qualidade de som, coisa rara nos show de abertura. E estava chegando o grande momento da noite, o primeiro show desta terceira passagem do Primal Fear pelo Brasil...      

   Começa a ecoar no palco a introdução Devil’s Ground, surgindo então Randy Black ( baterista ), Stefan Leibing e Tom Naumann ( guitarristas ), Mat Sinner ( baixista ) e Ralf Scheepers ( vocalista ) que abriram a noite com Angel in Black, seguida da fabulosa Chainbreaker. O público respondeu a altura cantando em uníssono as músicas, e principalmente a próxima: Suicide and Mania, uma das melhores da noite e também de seu último disco. A banda estava bem disposta, com um comunicativo Ralf Scheepers em noite inspiradíssima e, diga-se de passagem: que voz!

    O show segue com Running in the Dust, Visions of Fate e Nuclear Fire, três porradas fenomenais do Primal Fear, e você percebe que além de Ralf, outro integrante do Primal Fear estava em noite inspirada, trata-se de Randy Black ( ex-Annihilator), com uma pegada instigante. Só um detalhe, isto não quer dizer que Sinner, Leibing ou Naumann decepcionaram, muito pelo contrário, cumpriram seus papéis com muita disposição, mas Black e Scheepers estavam demais. 

  Continuando o set, na seqüência veio a balada The Healer que foi acompanhada em coro pela galera, e depois Battalions of Hate, acompanhada de um solo descomunal de Randy Black ( e digo: não gosto de solos de bateria em show, mas este não teve como não gostar! ) e voltando com Silver and Gold e Under Your Spell.

    A principal música do novo disco foi rolada na seqüência: Metal is Forever, com ótimos dubs na voz de Ralf, fazendo a música não perder sua essência; o final da primeira parte ficou por conta da clássica Final Embrace, saem do palco aplaudidos e ovacionados pelo público.

Mat Sinner 

   A banda se posiciona novamente no palco, começando o bis com Tears of Rage, seguida de Heart of a Brave, onde Scheepers se emocionou com o coro da galera, conduzindo-a por alguns minutos o longo Ooohhh, ooohhh, e pra fechar este bis veio Colony 13. Quando muitos já pensavam que o set havia terminado, a banda retorna ao palco pra mandar Fear, aí sim, fechando a noite com grande estilo.     

    Não tem como não comentar duas coisas: primeiro, o Primal Fear mostrou que tem muito mais humildade que muita bandinha que começou ontem, além de um profissionalismo espetacular e demonstrarem que tocam por prazer, pelo METAL. Segundo: o pequeno público presente ( por volta de 500 pessoas ) não deixou de agitar, cantar e apoiar a banda nem um minuto sequer. Por fim, agradeço a Apache Records por mais este evento, e esperamos que venham outros...

    Texto e Fotos: Leandro Sartori

Despedida

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