The Cult
- A Return To Wild
Credicard Hall - São Paulo, sexta dia 08 de dezembro de 2006
O rock’n’roll, mais pop e não é tão underground como o Heavy Metal, se
mostrou em sua popularidade mais uma vez em São Paulo, no show do The
Cult no Credicard Hall; a casa estava completamente lotada como
poucos shows de 2006.
O The Cult fez um show de muita qualidade, souberam cativar a galera
do início ao fim do show, iniciando com a Lil’ Devil - Ian Astbury
( vocal ), Billy Duffy ( guitarra ), Chris Wyse
( baixo ) e John Tempesta ( bateria ), apoiados
pelo guitarrista
Mike Dimkitch;
tocaram essa música com puro estilo rock’n’roll
empolgante, com visual Glitter, e ótimo o solo do Billy Duffy, com
muita moral e habilidade.
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Tocaram Sweet Soul Sister, em que Ian Astbury, com exceção
do refrão, cantou a música mostrando o seu belo timbre de voz,
insubstituível, que combina perfeitamente com o Rock’n’Roll do The Cult.
Depois foi a Electric Ocean, em que o Billy Duffy, mais uma
vez mostrou que é um excelente guitarrista, solou em sua Les Paul,
desta vez dourada, fazendo um solo simplesmente animal, em que ele
apavorou nos “bends” pentatônicos, apoiado pelo ritmo forte e
marcante do baixo de Chris Wyse, e a bateria de John Tempesta,
o show começava a tomar forma num evento inesquecível.
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E continuaram a evolução do show com a The Witch, com o
Chris Wyse fazendo um solo de baixo perfeito no início da música,
como poucos baixistas fizeram nos últimos anos em São Paulo, mostrando
que talvez é o músico mais virtuose do The Cult, e logo após
com mesma empolgação tocaram Spirit Walker.
A Revolution, clássico do Cult, uma das músicas mais
esperadas do show, foi tocada muito bem, seguida pela Rain, com
o som característico puro e nostálgico das bandas de rock dos anos 80,
e mais uma vez Chris Wyse mostrava o seu talento fazendo um
solo arrasador no baixo, e fecharam essa excelente trinca, com a
Phoenix, com excelentes efeitos de harmônicos, tirados pelo
Billy Duffy em sua Gibson.
Após uma pausa, o The Cult fez um número acústico, muito
conveniente no show, e tocaram a Star e a Edie, com a
ajuda do público, e eles fizeram um clima ainda mais legal, essa parte
do show me fez lembrar muito o som do magnífico Led Zeppelin III.
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Logo após a excelente parte acústica,
eles voltaram incendiando a galera, com muito rock’n’roll na veia, lançando
a Fire Woman para nós, e tocaram o rock’n’roll com perfeito
entrosamento, sendo uma das melhores partes do show, nesta parte o show já
estava ganho, eles estavam com muita moral. Continuaram com Nirvana,
depois tocaram a Peace Dog com peso e estilo, a excelente Rise,
e finalizaram o show com a Love Removal Machine, e finalmente o
Billy Duffy, para e conversa com a plateia falando: “Hi Ladies”,
apresentando a banda.
Na volta, eles iniciaram o bis com a Wild Flower, empolgando mais uma
vez a galera e finalizaram com a soberba She Sells Sanctuary, tocando
com muita moral e categoria divina, fizeram um Rock’n’Roll alucinante de
pura nostalgia dos anos 80, talvez sendo a melhor parte do show.
O show do The Cult surpreendeu, o som com o visual ( a moral )
é impressionante, como se eles fossem cavaleiros, eles mostraram, que não é
necessário solos complexos e arranjos de Jazz e de música clássica, para que
ocorra a pura arte na música, e que o simples Rock’n’Roll, pode demonstrar o
quanto esse estilo de música é distinto e nobre.
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Set List:
1- Lil' Devil
2- Sweet Soul Sister
3- Electric Ocean
4- The Witch
5- Spirit Walker
6- Revolution
7- Rain
8- Phoenix
9- Star |
10- Edie
11- Fire Woman
12- Nirvana
13- Peace Dog
14- Rise
15- Love Removal Machine
16- Wild Flower (bis)
17- She sells Sanctuary (bis) |
Por André Torres Fotos: Ricardo Zupa -
www.ricardozupa.com.br
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