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Future Into Dust foi produzido, mixado e masterizado por Pedro Esteves do Liar Symphony, sendo a bateria, baixo, guitarras e violões gravadas no Estúdio Masterpierce em Guarulhos/SP. Os vocais foram registrados com o importante 'coaching' de Leandro Caçoilo ( ex-Eterna, atual Seventh Seal entre outros projetos ). A capa é de Ed Anderson, que mostra uma casa e uma cadeira de rodas, sendo que olhando a paisagem de dentro para fora evidenciado a ideia contida no título do álbum.
E é com belos dedilhados, que dão lugar ao ótimo Heavy Metal de Coliseum, que Future Into Dust é aberto, sendo que no instante que o vocalista Michel de Lima começa a cantar somos expostos a um ritmo encorpado, que é dotado de muita melodia nos solos de guitarras, que juntas aos demais instrumentos traçam as evoluções bastante cativantes nesta primeira música, que termina aos dedilhados. Na canção título, a Future Into Dust, o quarteto eleva sua energia com vocais em coro, muitos riffs de guitarras tocados com categoria em um andamento vibrante, que nos impactam positivamente e conta ainda com os potentes vocais de Michel de Lima, que se alternam com brilhantismo. Para Revolving Melody notamos que a faixa será guiada nos solos de guitarras, que um pouco depois exibem envolventes linhas de vocais realizando um convite para se cantar a letra junto a Michel de Lima. Entretanto, para a parte mais acelerada destaco a participação efetiva do baixista André Fernandez e do baterista Anderson Alarça ( aliás, com muitos repiques ) causando um destaque maior nesta terceira faixa, que acredito que seja a melhor da trinca inicial e uma das melhores de Future Into Dust.
Em Ghost temos um instigante ritmo de vocais e uma linda melodia em seu início, que te contagiam antes de ser adicionado mais peso, que também tornam esta canção um ponto forte do cd, conforme sentimos nos solos de Yuri Simões e Felipe Mozini em suas guitarras, que trazem um andamento que apresenta alterações vibrantes e vocalizações com muita categoria. Um pouco mais cadenciada e dotada de ótimos riffs, The Commandments é a quinta de Future Into Dust e notamos Michel de Lima cantar seus versos depositando muita emoção e conquistando pelo seu estilo mais 'ganchudo' de reluzentes solos.
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Bastante fortificada em seu andamento e vocalizada com perícia In Gold We Trust marca a nona e a penúltima de Future Into Dust, que te surpreende pela mudança de ritmo ao alternar trechos mais calmos cheios de sensibilidade ao cantar com outros mais velozes, pesados e lotados de uma infectante eletricidade musical, onde percebeu-se claramente que a banda se superou. Com uma aura Hard'n'Heavy e vocalizações de muito 'feeling' In The Detphs Of Me também deverá capturar o ouvinte com facilidade, graças às suas variações de andamento, que aumentam o prazer de ouvir esta música, cuja orientação está contida nos solos de guitarras, que refletem um brilho próprio.
O Aeon Prime provou com este Future Into Dust, que além de estar muito bem produzido soube fundir a essência do Heavy Metal com muitos solos de guitarras a melodias atraentes nos vocais devidamente aliadas à uma sempre produtiva 'cozinha', que sustenta criativamente as canções com adições de Hard Rock aqui ou ali, ou seja, estrearam com uma destreza enorme nos brindando com uma verdadeira sonzeira, que recomendo conhecer e o quanto antes.
Nota: 9,5.Sites: http://www.aeonprime.net/ e https://www.facebook.com/AeonPrime/.
Por Fernando R. R. Júnior
Abril/2017