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Passados 10 anos do final da banda, Kill Or Die foi relançado pelo selo Dies Irae e motivou o retorno das atividades do Agressor com a seguinte formação: Beco ( Guitarra ), Ivan ( Baixo ) e Paulo ( Bateria / Vocal ). Com a banda reestruturando-se durante os anos seguintes e sofrendo algumas mudanças na formação, o atual line up é o seguinte: Paulo, Beco, Cláudio Daflon ( substituindo Ivan no baixo ) e Alexandre Paulista na segunda guitarra.
Formação estabilizada é hora de entrar no estúdio, o escolhido para para gravar o álbum foi o DGQ na cidade de Cabo Frio/RJ. O responsável pelas gravações, mixagem e masterização do álbum foi Davi Baeta e este processo durou de setembro de 2005 a janeiro de 2006. Ouvindo Victim Of Yourself nota-se que ele fez um ótimo trabalho nas 10 músicas que estão no disco. A temática escolhida pelo vocalista/baterista Paulo é sobre a relação do homem no mundo, onde a muitos sofrem por causa de guerras, forme, intolerância, covardia, drogas, ou seja, vítimas de si mesmo. E a bela arte gráfica do disco, com um desenho ilustrando o tema de cada música é dele também.
O álbum abre com Toxicomaniac que possui um começo cadenciado que mostra uma bela pegada na bateria com vocais agressivos em rápidos solos de guitarra num thrashão oitentista, cuja letra é sobre os efeitos ruins causados pelo vício em drogas. Seguindo com Old Man, que é uma rápida e agressiva pancada com viradas no melhor estilo do Megadeth. A letra conta os problemas das pessoas mais velhas e tenho de destacar a ótima interação da dupla de guitarristas da banda que realizam solos marcantes.
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Indiscutivelmente um dos melhores momentos do disco é Manipulation Of Masses - um thrash pesado no melhor estilo da Bay Aera - que na primeira audição já ficamos com a música martelando na cabeça, principalmente pela forma dos solos das guitarras. A letra nos diz para não acreditarmos em tudo que é publicado nos jornais, rádios e tv´s e sempre procurarmos ter a nossa própria opinião. Sempre mandando muito bem nas funções de batera/vocal, Paulo mostra isto novamente na cadenciada e com solos distorcidos Eyes To The World, que é uma porrada de primeira onde temos críticas para que nós como cidadãos mudemos essa situação de fome, aids, violência, pressionando nossos governantes. Algo a se notar nesta música é o excelente solo de guitarra feito por Beco.
Outro ponto forte do álbum é com certeza Mercenary Politician, que começa com um discurso do Lula de 1987, quando era candidato. De início é cadenciada e vai ganhando peso e velocidade num ótimo um thrash que critica os políticos corruptos que assolam o país. Nos solos, tanto Alexandre quanto Beco demonstram alto potencial nas guitarras e promovem maravilhosas inversões no final. A música seguinte é Dr. Death, que conta a história do Dr. Wouter Basson, oficial do exército do regime do Apartheid, que fez atrocidades com o povo africano e acabou absolvido por falta de provas. Na parte sonora temos uma rápida e ótima canção para banguear bastante, para isso, veja o ótimo trabalho de bateria, os longos e rápidos solos de guitarra que conquistam o ouvinte logo de cara. Para encerrar Victim Of Yourself temos Puppets Of Society outra rápida e agressiva pancadaria do batera Paulo seja nos vocais ou nas batidas dilaceradas que ele promove em sua bateria, acompanhadas de perto pelas guitarras. E a letra é uma ferrenha crítica a sociedade moderna que pensa mais no dinheiro.
Em resumo, você acha que não aparece mais nada de interessante no thrash metal atual? Então trate de conhecer o Agressor o quanto antes e ouça o thrash metal de alta qualidade que é praticado por esses cariocas e martele sua cabeça, pois tenho certeza que eles tem tudo para firmar-se na cena.Site: www.agressor.com.br
E-mail: agressor@agressor.com.brPor Fernando R. R. Júnior