Apoteom - Alienation
 8 Faixas - MS Metal Records - 2013

    O Apoteom teve suas origens em Caçapava do Sul/RS em 2007, porém, consolidou-se como banda em Santa Maria/RS em novembro de 2010 e desde então investem com destreza em um Modern Metal influenciado por nomes como Trivium, Soulfly, Machine Head, Lamb Of God e Chimaira, e possui o line-up: Pedro Ferreira ( vocais e guitarra ), André Light ( guitarra ), Mauricio Dorneles ( baixo ) e Pablo de Castro ( bateria ).

    Isso rendeu em poucos anos o álbum Alienation, que foi lançado pela MS Metal Records, cuja mixagem e masterização é de Ricardo Gehlinh e o responsável pelas gravações é Maykel Rodrigues. A bela capa de Sandro Chaves da Art Direction mostra uma pessoa presa dentro de sua própria cabeça, fato que acontece com frequência no nosso mundo.

    Dead Alive exibe uma intricada marcação de bateria que junto a uma sequencia catastrófica de guitarras levam aos vocais irados de Pedro Ferreira. Ouvindo esta música sua imaginação te faz visualizar um cenário de um verdadeiro caos, até pela forma a toda velocidade que a música foi gravada, mas o fato de estar um tanto opaca tira um pouco do seu potencial, talvez se a produção estivesse mais limpa, seria melhor ( a não ser que tenha sido intencional ). Em Social Contract, as guitarras de Pedro Ferreira e André Light mantém o clima caótico e muito intenso do Apoteom, embora apresentem alguns trechos mais cadenciados nesta longa composição, cujo refrão é mais melodioso. Com uso de um bombo leguero tocado pelo produtor Maykel Rodrigues e um violão tocado por Johnatan Garcia chegamos à obscurecida canção título Alienation, que após a participação dos convidados recebe os vocais raivosos de Pedro Ferreira em uma base instrumental deveras pesada, onde baixo e guitarras foram gravados, como nas anteriores, intencionalmente de forma não cristalina.

    De um andamento esmagador Welcome To Insanity marca a quarta música do cd e é vocalizada a plena fúria, com intervenções de alguns versos urrados com a função de deixar bem clara a ideia de um som destruidor e incansável realizado pelo quarteto gaúcho, pena que ficou muito abafada.

    Rise prossegue continua com Alienation no mesmo ritmo apocalíptico das demais, ou seja, vocais fortes, guitarras cruas e tocadas com firmeza, baixo pesado e bateria estralhaçadora. Interessante quando eles mudam o andamento para os solos de guitarras, que estão um tanto mais claros e melodiosos, entretanto, no final voltam a quebrar tudo.

    Com um riff cadenciado que evolui em potência junto com a bateria e o baixo em uma sequencia instrumental muito pesada, Fake Preacher é a sexta faixa de Alienation, que é vocalizada de uma forma bem envolvente e sofre em seu decorrer ótimas alternações de andamento. Para Extinction, o Apoteom denota seu "caos sonoro reinante" logo nas primeiras notas que são ornamentadas com vocais guturais logo no começo, para depois seguir com a devida raiva mais acelerada. Fechando o cd temos a rápida Old School, que é tocada com toda a cólera que o quarteto pode enviar, seja nos vocais que alternam trechos normais com guturais ou na devastadora parte instrumental.

    Alienation é um álbum que deve ser digerido em várias seções de audição, pois como o Apoteom a produção não foi das melhores, parece que possui alguma espécie de filtro e isso não deixou claro seus instrumentos, apenas o cavernoso peso que fizeram, não tem como flagrar tudo logo de cara, mas vale ir se adaptando ao som dos gaúchos. Que eles mantenham essa pegada moderna e pesada, mas que possam gravar no futuro um álbum com uma produção mais cristalina para expor com precisão o talento da banda.
Nota 7,0.

Sites:  http://apoteom.com/, http://soundcloud.com/apoteom e https://www.facebook.com/pages/Apoteom/268455893272350.

Por Fernando R. R. Júnior
Junho/2014

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