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Antes de comentar as músicas do disco, tenho que ressaltar duas coisas: primeiro - a excelente qualidade gráfica do disco ( passando pelo encarte, que possui todas as letras traduzidas e a capa, que realmente mostram um grande trabalho de Shask ) e segundo - a ousadia, pois nos dias de hoje com todos os recursos técnicos possíveis, o Bloody preferiu gravar seu disco completamente de forma analógica para que soasse conforme os grandes lançamentos das bandas thrash dos anos 80, como Kreator, Sodom, Sepultura, Metallica ( dos antigos ), e para a surpresa de todos, o resultado alcançado pelo Bloody foi um "thrashão" cru, visceral, que leva o ouvinte realmente para os anos 80.
A música que abre Slow Death é a Againist The Storm com vigorosos solos de guitarra e uma cadência na bateria, além dos vocais com pitadas de death metal - um thrash nos moldes do Sepultura dos anos 80. Seguindo com Seeking For Blood que mostra de início palhetadas rápidas e a bateria com um peso matador num "thrashão" de primeira com solos cadenciados. Inquisition, a terceira faixa, que é a melhor até aqui, mostra uma ótima introdução na bateria de Luis Coser e riffs de guitarras cadenciados que ditam como a música vai seguir: um thrash para ser bangueado com a letra criticando padres que vendem lugares no céu entre outros pecados.
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Slow Death, que intitula o primeiro full lenght do Bloody é a seguinte, abrindo com um solo sombrio e cadenciado que explode num riff matador de Fábio Bloody, sendo com certeza o momento ideal para " rodas de empolgação " ( que tendem a ser insanas ) durantes os shows do Bloody. Endless Game conta com a importante participação de Frank Godzik ( ex-Sodom e Kreator, atual Mystic ) fazendo aquele " thrashão oitentista " calcado no estilo alemão, ou seja, bem mais cru, rápido e com solos impecáveis.
Em God Of Disgrace temos solos cadenciados de guitarra e um excelente trabalho na bateria com uma ótima letra sobre os homens no poder que somente fazem guerras ( como insistem em fazer alguns líderes mundiais ), outro destaque desta faixa é a bela performance dos vocais Paulo Tuckumantel. Para encerrar este primeiro cd do Bloody temos a música Real Vision que conta com outra participação, desta vez de Ciero ( guitarrista do Broken Heads ) numa música onde o destaque são novamente o peso das guitarras e do baixo de André Tabaja, que juntamente com a bateria de Luis Coser promovem um verdadeiro massacre sonoro.
Com certeza muitos " ouvidos novos " podem " torcer o nariz " pelo fato do cd ter sido gravado de forma 100% analógica, mas o que temos neste álbum Slow Death é o mais puro thrash metal oitentista sem frescuras. Faço votos para que as gravadoras vejam logo a qualidade destes rapazes do Bloody e os contratem para vôos maiores, afinal, potencial para isso, eles mostraram neste álbum que tem.
Site: www.bloody.com.br
E-mail: bloody@bloody.com.brPor Fernando R. R. Júnior