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Com uma pegada Hard Rock cheia de eletricidade e deveras contagiante a la Mötley Crüe Sticks And Stones abre Mind The Grap em uma base de guitarras e vocais inspirados nos anos 80, com um ótimo refrão e solos caprichosos no estilo que crescemos ouvindo. De começo encorpado e andamento mais devagar, a empolgante Failing The Test é um Hard híbrido de influências de Def Leppard e Aerosmith, que é guiado pelas linhas de guitarras e pelos vocais, que em seus trechos nos quais temos um coro, só posso dizer uma coisa: são simplesmente sensacionais. Ah... note os momentos onde o Dirty Glory parece te convocar para gritar o "hey" com eles e também a vibrante acelerada no final. Com a adrenalina de seu Hard Rock em alta, através de contundentes riffs de guitarras de Dee Machado e Reichhardt, a festiva 20 Years Of Moving On marca a terceira de Mind The Grap. O vocalista Jimmi DG canta seus versos criando aquela vontade de se pegar o encarte e acompanhar a sua letra, porém, ele incendeia mesmo quando toca sua gaita.
Para Beyond Time temos linhas mais elaboradas destacando em seu princípio, o baixo de Vikki Sparkz e os vocais de Jimmi DG, que junto aos demais produzem envolventes melodias, que você irá gostar logo em sua primeira audição e coroando esta canção, o Dirty Glory incluiu um solo 'Slashiano' e típicos vocais em coro, que fazem a alegria dos fãs do estilo. Em Black Lightning, os paulistanos deixam a música fluir graças à força de suas guitarras, que traçam o caminho para que Jimmi DG comande a festa em sua eficaz atuação nos vocais muito bem amparados pelas linhas de baixo de Vikki Sparkz e pela bateria de Sas. Mas, não pense que esta quinta canção fique sem seus solos de guitarras... eles estão aqui também e são muito cativantes. Depois desta que pode ser apontada com uma das melhores do cd, o Dirty Glory nos envia a rápida e puramente Hard Rock "chiclete" Fire, cuja capacidade de ficar na memória é imensa, seja em seus vocais posivitos ou em suas sagazes melodias.
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O hit Mr. Jack, que é daquelas canções que são indicadas para abrir o show dado aos seus potentes solos de guitarras e a sua grande ligação que tece com o fã logo de cara é a décima de Mind The Grap. E não tem jeito... Mr. Jack é sonzeira que te inspira a cantar, socar o ar e fazer o "air guitar" nos seus caprichados solos. Enfim, se o cd acabasse aqui eu já me consideraria plenamente satisfeito, entretanto, ainda temos outra divertida criação do Dirty Glory com Modern Gods, versada no melhor do Hard Rock oitentista, ou seja, vocais contagiantes, riffs constantes e em alguns momentos mais sujos de solos mais rápidos, que conduzem o ouvinte ao delírio e um final futurista, que retoma a alegria de seu refrão. Para fechar este que poderia e deveria figurar na lista dos melhores álbuns de 2015 e é um dos melhores que ouvi em 2016, temos com o vocalista Jimmi DG no piano, a emocionante e bela balada The Sentence, onde percebe-se a sua entrega a cada verso.
Se o Dirty Glory tivesse surgido em Los Angeles, Boston, Miami ou em alguma cidade da Suécia, certamente com o apoio que a mídia por lá concede ao Hard Rock, eles seriam apontados como a sensação internacional do estilo, mas como são 'brazukas', os caminhos serão mais difíceis, porém, faço votos para que eles sejam sim a sensação do Hard Rock nacional, pois, talento, capacidade de fazer belas músicas eles já possuem. Enfim, Mind The Grap é a garantia de prazer e satisfação aos seus ouvidos. E detalhe importante, embora a versão física seja muito mais prazerosa ao ritual de audição do cd, Mind The Gap é encontrado em todas as plataformas digitais de streaming e downloads gratuitos.
Nota: 10,0.Sites: www.dirtyglory.com; www.facebook.com/dirtyglory;
www.instagram.com/dirtyglory_official e www.youtube.com/dirtygloryband.Por Fernando R. R. Júnior
Maio/2016