Heaviest - Nowhere
 10 Faixas - MS Metal Records - 2015

    Formada em 2014 por músicos experientes e que já integraram as bandas Faceless, Ready Mades e Acid Storm, o Heaviest lançou em 2015 o seu primeiro cd com o título de Nowhere, que foi produzido e mixado por Guto Mantesso e Márcio Eidt entre dezembro de 2014 a junho de 2015 no Heaviest Studios em São Paulo/SP.

    O propósito de Renato Dias no baixo, Guto Mantesso e Márcio Eidt nas guitarras, Felipe Perini na bateria e Mário Pastore nos vocais é de executar um som com influências de Adrenaline Mob, Stone Sour, Korn e Disturbed do chamado Heavy Metal Moderno. Além do álbum de estreia a banda já disponibilizou os clipes para as músicas Nowhere e Decisions e no seu site oficial mais duas músicas bônus e uma versão acústica de Finding A Way. Nowhere teve sua capa surrealista desenhada por Guilherme Grolla.

    Em um ambiente pesado de solos de guitarras com linhas modernas, Nowhere é aberto entre algumas falas com Buried Alive, que no instante que Mário Pastore canta seus versos pode-se notar o poder de seus vocais, que estão mais graves nesta faixa. Outro destaque que posso apontar são os toques complexos do baterista Felipe Perini, que sempre são acompanhados de perto pelo baixista Renato Dias em um estilo pesado, com passagens que flertam com o Prog Metal. Ao breve som de buzinas e vozes, Decisions apresenta uma pesada evolução instrumental, que trazem o vocalista do Heaviest cantando de uma forma que denota uma certa quantidade de agressividade e pelo jeito que é conduzida... torna-se muito interessante de se ouvir, entretanto, além dos competentes riffs de guitarras, que quando eclodem chamam a atenção significativamente, claramente, nota-se que o timoneiro da composição é o baterista Felipe Perini. Com ares mais eletrônicos e respeitáveis quantidades de peso, a faixa título Nowhere exibe alterações nos vocais bastante interessantes, especialmente no refrão e o Heaviest promove uma breve viagem encorpada, que caminha para trechos raivosos.

    Em Betrayed, o quinteto aparentemente diminui sua intensidade, porém, isso dura apenas seus primeiros instantes, porque depois já sobe de novo para suas cativantes linhas fortificadas de baixo, guitarras e bateria, sempre com os vocais poderosos de Mário Pastore, que te inspiram a cantar com ele. Engana-se quem pensou que na seguinte o Heaviest poderia nos mostrar uma faixa mais calma... Crawling Back, a quinta de Nowhere se trata de outra incansável porrada sonora executada com aquele primor pela banda, onde o baixo e a bateria de Renato Dias e Felipe Perini  fazem uma sincronizada e variada artilharia, que seguem firmes até a chegada dos marcantes e constantes riffs de guitarras, que favorecem a forma mais enraivecida de cantar de Mário Pastore.

    E é bem curioso de se mencionar que na seguinte, a Torment, este formato prossegue, mas, agora mais cadenciado com um estilo, que me lembrou o Black Label Society misturado ao Pantera e sempre deixando claro a habilidade individual de cada um dos cinco rapazes, que ganham pela insistência do ritmo da música.   

    Exibindo ótimos e técnicos riffs de guitarras logo de cara que são unidos às 'baquetadas' sempre impactantes de Felipe Perini, Time não concede descanso, fato que acontece com as demais e nesta por conta de conter vários trechos arrastados e mais cadenciados, que te farão querer sair 'bangueando', entretanto, este andamento é quebrado na hora dos solos mais melodiosos da dupla Guto Mantesso e Márcio Eidt. Para Ressurrection, o ritmo denso continua com Mário Pastore nos mostrando a versatilidade de sua voz e cantando alguns versos onde eleva seus agudos durante a passagem do rolo compressor da parte instrumental do Heaviest, que nesta cravou evoluções praticamente indescritíveis. Ouça e confirme!!!

    Com a presença de Victor Montanaro do Rush Project na bateria ( já efetivado após a saída de Felipe Perini ), o Heaviest nos surpreende com a música mais calma e melodiosa do cd, a empolgante Finding A Way, cujo brilho também posso apontar aos ótimos solos de guitarras e à atuação do vocalista. Para terminar Nowhere, eles dispararam seus vigorosos canhões musicais em uma introdução instrumental que trazem os vocais de Mário Pastore com toda a raiva já sentida em outras do cd, só que desta vez em um andamento um pouco mais rápido, que mesmo com todo o enorme talento dos vocais, o que acaba te envolvendo mesmo é o intrínseco e constante peso da parte instrumental.

    Nowhere é um trabalho encorpado em todas as suas músicas, porém, mesmo com seus ares do que está sendo chamado de Heavy Metal Moderno, apresenta algumas melodias nas guitarras destacando o grau enraivecido em seus vocais, mas quem praticamente estraçalha o tempo todo é o ritmo contido na sólida aliança de baixo e bateria, que tornam este trabalho do Heaviest um álbum impossível de rotular por conta de suas linhas serem intensas e cortantes em todos os seus minutos e acredito que a cada audição você acabará o apreciando mais.
Nota: 9,5.

Sites:  http://heaviestband.com/, http://www.reverbnation.com/heaviest,
https://www.facebook.com/HeaviestBand e https://www.youtube.com/channel/UCB8FhCNohH9Z6vslfvJG2mQ.

Por Fernando R. R. Júnior
Março/2016

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