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A fundação do Jailor aconteceu em 1998 e nos seus primeiros anos de vida lançaram duas demo tapes com os nomes de Capital Punishment e Religious Unpurge antes do primeiro cd de 2005, que foi intitulado como Evil Corrputs. Demoraram 11 longos anos para o segundo álbum de estúdio do Jailor vir à tona, mas pelo que vamos ouvir nas nove faixas de Stats Of Tragedy - que foram gravadas e mixadas aos cuidados de Maiko Thomé Araujo sendo realizado no Avant Garde Studios em Curitiba/PR entre julho de 2014 a julho de 2015 - posso afirmar seguramente que valeu à pena a espera.
Entre falas de noticiários, chamas, sirene de ataque aéreo e uma poderosa explosão que caracterizam a proposta do Jailor neste cd temos G.O.D., que serve de introdução ao que seremos expostos a seguir: um Thrash Metal vigoroso vocalizado com muita fúria por Flávio Wyrwa e linhas instrumentais destruidoras, que fazem de Human Unbeing começar este álbum com um verdadeiro soco na cara, que é possuidor de um alto poder de inflamar o fã logo em sua primeira audição por conta dos seus vocais selvagens e riffs de guitarras feitos por Alessandro Guimana e Daniel Hartkopf devidamente matadores. Ainda com a ferocidade em alto patamar, o quinteto aniquila com a faixa Stats Of Tragedy, que empresta nome ao título do álbum e novamente, o Jailor promove um massacre com seu Thrash Metal versado em encorpados vocais ( e raivosos ) como também nas linhas instrumentais, que estão simplesmente animais, cativantes e tão consistentes que é impossível destacar apenas um dos cinco músicos do Jailor.
Na quarta canção, a Throne Of Devil, notamos de início os toques opacos do baixista Emerson Niederauder e depois com a atmosfera mortífera já criada, um acompanhamento impiedoso dos demais, cujos vocais estão ainda mais furiosos que as três anteriores em um ritmo para te conduzir a uma roda em suas execuções ao vivo. Sem pestanejar, na sequencia, eles nos enviam um princípio instrumental que chama a atenção pelo seu intenso peso exalado nas guitarras, na bateria e no baixo, todos em harmonia para que os vocais de Flávio Wyrwa possa disparar os coléricos versos de Merciless Punishment em outra esmagadora criação do Jailor, que está sempre dotada de muita técnica a cada um de seus trechos.
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Para Ephemoral Property, o Jailor apresenta um momento cadenciado que caminha para mais um Thrash Metal demolidor, que é vocalizado de forma alucinante por Flávio Wyrwa te chamando para berrar com ele. Quem aprecia deve também ficar de olho nos sucessivos e precisos toques feitos pelo baterista Jefferson Verdani que soam praticamente incansáveis. No encerramento de Stats Of Tragedy, o Jailor escolheu a faixa Sick Sick Sickness, que após uma frenética e envolvente sequencia instrumental percebe-se uma aceleração com a clara intenção de passar por cima de tudo sem piedade, seja pela potência de seus solos de guitarras, pelos seus insanos vocais ou mesmo pela eficaz linhagem contida no baixo e na bateria.
Com letras criticando as religiões, o mundo capitalista e a humanidade em geral - temas que não saem do nosso cotidiano, infelizmente - Stats Of Tragedy é um dos mais vorazes álbuns de Thrash Metal que ouvi neste ano de 2017 e que perpetua os quase 20 anos de existência de mais outro excelente nome brasileiro como é o caso do Jailor, que está na trilha correta dos mestres do estilo.
Nota: 9,5.Sites: https://www.facebook.com/jailorthrash, http://www.jailor.com.br/
e https://www.youtube.com/channel/UCpZm49mrQS2lnhBsj0sPJ_w.Por Fernando R. R. Júnior
Maio/2017