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Iniciada com efeito de água caindo para rapidamente tornar-se um rockão setentista, Back To The Water traz os bons vocais de G. Fischer que lembram e bastante do clima sulista de bandas como Lynyrd Skynyrd. Destaco também os solos de guitarra e atuação do tecladista A. Stefanovitch que fazem uma sonzeira envolvente e tocada com muita categoria, que são finalizadas em um Blues caipira, muito bom. Seguindo com uma linha Hard Rock mais pesada e muito bem trabalhada Merchant Of Illusions traz solos de guitarras mais "sujos" somados a interpretação compenetrada do vocalista G. Fischer. Uma característica muito interessante do Kappa Crucis está na realização daquilo que bandas como Lynyrd Skynyrd, Alman Brothers e tantas outras ainda fazem, deixar a música nos levar para novas fronteiras nos solos de guitarra viajantes.
Parallel Lines é um 'rockão' rasgado que enfatiza a guitarra de G. Fischer e os repiques na bateria de F. Dória e com seus versos vocalizados com muita competência. Tenho que destacar também as passagens nos solos de teclados e guitarra que trazem o Rock´N´Roll sulista ao som do Kappa Crucis. A quarta é Faces e seus dedilhados mais suaves e viajantes seguem até que a guitarra e os teclados tragam a energia necessária para outra grande sonzeira do quarteto - mais uma vez exibindo a essência do mais puro Heavy Rock, com solos praticamente intermináveis que possuem um pé no Uriah Heep. Com efeitos que lembram o vento em um andamento mais calmo, Son Of The Moonlight concede um brinde aos fãs de uma balada com uma interpretação cheia de feeling na boa voz de G. Fischer ( que dá aquela vontade de acompanhar a letra ) e é amparado pelos toques de piano/teclados de A. Stefanovitch.
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Loadstar apresenta os teclados viajantes com solos distorcidos de guitarra em um ritmo de baixo e bateria tão bom, que quando os vocais entram em cena, já estamos tão envolvidos com a melodia desta nona canção do cd que se ela fosse instrumental não seria problema. A 'saideira' é A New Seed com a guitarra de G. Fischer exibindo os mais pesados riffs de Jewell Box e as boas alterações que o Kappa Crucis impõe no seu ritmo a levam para a fronteira entre o Heavy Rock e o Rock´N´Roll pesado.
Posso concluir seguramente que a caixa de joias do Kappa Crucis foi aberta e vale conferir o quanto antes, ainda mais se você caro leitor(a) for um apaixonado ( como eu sou ) na sonzeira Heavy Rock dos anos 70, fonte de inspiração deste criativo quarteto que tem tudo para despontar no cenário nacional. E finalizando uma curiosidade: tanto o título do cd quanto o da banda tem a ver com o espaço - o aglomerado NGC4755 conhecido como “Kappa Crucis”. Outro nome do aglomerado de estrelas é The Jewel Box Cluster - que está distante 6.500 anos-luz da Terra na constelação Crux ( Cruzeiro do Sul ) - e é composto de cerca de 12 estrelas principais com tonalidades de azul, amarelo, laranja e branco, que fazem parte de um total de aproximadamente 200 estrelas tênues, fazendo a ligação espaço e Rock, os paulistas fizeram o som para viajar na curtição mesmo.
Nota: 9,0.Site: www.kappacrucisband.com e www.myspace.com/kappacrucis
Por Fernando R. R. Júnior
Abril/2011