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O primeiro compacto que MVMT contém é o Akira de 2008 de duas faixas, que foi gravado por Pennynha Suzano no Estúdio Pinguim Rei e masterizado por Luiz Lopes no Estúdio Flapc4. É com as linhas sombrias e possuidoras de um tanto de distorção presentes em Gosto de Guarda Chuva, que o cd é aberto de forma mais calma em um ritmo mais introspectivo, que ganha energia no seu decorrer e é composto de linhas mais alternativas vocalizadas em português e tendem a destacar Uemerson no baixo, além de ser dotado de muitos riffs de guitarras mais intensos no final. Em Prematuro Parto Fórceps temos uma canção nonsense com momentos onde as guitarras conduzem a forma viajante proposta pelo Medulla, que vão entretendo o ouvinte pelo seu estilo Post-Hardcore.
Depois seguimos para o EP de 2009, o Talking Machine, que também é composto por duas faixas e gravadas no Estúdio Manga Rosa por Pennyha Suzano, Pepê Canongia, Zé Filipe e André Suzano com mixagem de Pedro Garcia e masterização de Luiz Lopes no Estúdio Flapc4. O Novo continua o clima 'largadão' do Medulla com adições de mais adrenalina, que foram criadas graças a participação bastante curiosa de Lincoln Otoni nos sintetizadores e de Anjella Grace fazendo vocais um tanto que Rap na divisão viajante que faz ante aos cantores gêmeos pernambucanos Keops e Raony. Com um andamento mais intenso, Gasolina, Gás e Prego exibe um trecho significativamente viajante com solo de piano feito pelo convidado Marion Lemonnier e ótimos solos de guitarras, ou seja, uma variação instrumental muito grande, que vão te intrigando pela maneira que a dupla de vocalistas a cantam a sua interessante letra, que passam por trechos que parecem que estão de trás para frente e uma verdadeira orgia de baixo, guitarra e bateria mais ao final.
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De dedilhados mais calmos, temos Eterno Retorno, uma balada que é cantada com muita emoção pela Keops e Raony, que em seu decorrer ganha repiques na bateria de Daniel Martins, que vão promovendo com tranquilidade um mergulho na introspecção de forma bastante gostosa de se ouvir. Com toda sua linha alternativa com um pouco de Hardcore, Movimento Barraco prossegue o cd com Keops e Raony cantando com um pouco mais de mais agressividade em linhas mais distorcidas de guitarras feitas com brilho por Allan Lopes e Dudu Valle, que levam a canção à um encerramento relativamente mais apocalíptico.
Continuando esta coletânea dos demais EP´s chegamos ao O Homem Bom de 2013, que teve sua masterização mais uma vez comandada por Luiz Lopes no seu Estúdio Flapc4. E de forma mais elétrica, devido ao seus riffs iniciais de guitarras e baixo, porém, alternativa na forma de cantar, Paralelo Ao Chão traz Wladimir Gasser no vocoder ( sintetizador de voz ) e Patrick Laplan no sintetizador, mas, o que chama a atenção são as elevações mais pesadas e cheias de distorção que o Medulla faz de uma forma bastante ímpar deixando esta nona canção de MVMT ainda mais nonsense.
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Para encerrar este MVMT temos a música bônus O Pé No Chão e a Mão No Sonho, que é um Rock gravado e mixado por Luiz Lopes no Estúdio Flapc4 e masterizado por Sergio Soffiati, e aqui, o Medulla apresenta uma dosagem mais frenética nas guitarras de Allan Lopes e Dudu Valle, que levam a um andamento mais acelerado com participação de Sain KTT ( Stephan Peixoto ) e Digo Strausz nos trechos com Rap, beat e programações eletrônicas junto à a dupla Keops e Raony, que de certa forma, mostram o caminho que a banda deve seguir no futuro, ou não, pois observando estas músicas mais atentamente, você perceberá que temos um disco que devemos digerir em várias audições, afinal, temos muitos elementos que ora são mais próximos ao Rock, ora ao Hardcore e outras vezes ao Post, mas que são bastante interessantes.
Nota: 8,5.Sites: http://medullarock.com.br, http://www.facebook.com/BandaMedulla,
https://www.youtube.com/user/medullarock e https://twitter.com/medullarock.
Por Fernando R. R. Júnior
Maio/2015