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Mindcrafter - Signs Revealed
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Faixas - MS Metal Records - 2015
O projeto Mindcrafter teve sua origem no Rio de Janeiro/RJ no
ano de 2008, quando o vocalista, guitarrista e violinista Phelipe
Henriques recrutou alguns músicos com os quais já havia tocado, para
trabalharem nas primeiras músicas de seu futuro álbum conceitual
Signs Revealed, que percorre muito bem as trilhas do Prog
Metal. A temática é sobre os personagens The Night Wizard,
Avatar e Black Crowned Heart, que interagem nas dez
músicas do cd em uma história que mistura a relação sobrenatural dos
seres humanos e seus personagens e também a saga Avatar em
uma viagem ao desconhecido.
Signs Revealed foi gravado entre maio de 2012 e
dezembro de 2014 por Flávio Pascarillo,
Daniel
Escobar, Júlio Martins e Bruno Taborda no HR Estúdio
e os processos
de mixagem e masterização foram assumidos por Daniel Escobar.
O único músico além do líder Phelipe Henriques é o baixista Thiago Velásquez
( ex-Statik Majik )
e a capa, que mostra várias faces do conceito da obra é de Rodolfo Ferreira da Obsidian Desgin.
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Com dedilhados mais tranquilos e um ritmo percussivo, que é mais
viajante, The Nigth Wizard inicia Signs Revealed
e em seu decorrer, a expressão Prog Metal da banda é exibida em um crescente com diversas,
fascinantes e competentes
variações comandadas por Phellipe Henriques, que diga-se de passagem
é dono de uma bela voz. Depois temos riffs mais fortes em meio à
toques de muita técnica, que são um tanto que voltados ao Jazz nos primeiros momentos
de A Warrior´s Blaze, que vai recebendo suas doses cadenciadas de
Heavy Metal passo-a-passo e que destaca também as vocalizações cheias de dedicação
de Phellipe Henriques. Isso acaba por culminar em um momento com
dedilhados acústicos e como solos de guitarras mais introspectivos,
onde percebe-se influência da Música Brasileira, que se intensificam
e tornam-se mais pesadas para retomar o fluxo inicial com se
estivesse fechando o círculo. Para Against The Raven In The Sky, o
Mindcrafter preparou um excelente número instrumental, que é dotado
de múltiplas alterações feitas com muita perícia e notadamente
influenciadas por Dream Theater, especificamente pelo guitarrista
John Petrucci.
Para
Paths
To Redemption somos expostos à efeitos, que junto aos dedilhados vão
dando o formato para que Phellipe Henriques cante interpretando os
diversos personagens deste álbum conceitual numa atmosfera
animada. Embora não seja creditado no encarte, o baterista
das gravações deste Signs Revealed
realizou um trabalho
marcante como pode-se reparar nesta faixa. Novamente imergindo em um
ambiente mais intimista, The Grasping Hand ganha a sua energia e
peso, assim que Phellipe Henriques começa a cantar seus complexos
versos, que ao contarem sua história apresenta uma rica
transformação
rítmica, que é deliciosa de se ouvir, especialmente de olhos
fechados. O andamento sentido aqui produz elevações nos vocais, que
estão alicerçadas em riffs impactantes na sua guitarra em um
verdadeiro deleite aos fãs de Prog Metal.
Ao som de passos
em uma chuva, os dedilhados de During The Storm trazem uma
melancólica composição neste Signs Revealed, onde os vocais parecem
lamentos até que suas linhas mudem e fiquem encorpadas com a
eclosão de seus virtuosos solos de guitarra para então terminarem em
um peso intenso, que é puramente Prog Metal com evoluções marcantes,
cheias de crescentes e intricadas notas de guitarra, baixo e bateria, que retomam em seus
instantes finais sua parte viajante inicial.
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Na sétima, que é
Secret Worlds, Phellipe Henriques ataca com um vigoroso riff de
guitarra e vocalizações mais normais narrando mais um trecho da história, que aí é necessário estar com o encarte nas mãos para
captar suas mensagens. Mas, o 'appeal' da canção está mesmo nas
viradas calmas e nos seus dedilhados, que dividem este som,
evidenciando desta maneira, a categoria do músico. Em Challenge Of
The Gods, Phellipe Henriques dispara sua mais pesada composição de
Signs Revealed, cujo andamento está mais acelerado e
intrínseco ao ritmo ditado por sua guitarra, de onde ele tirou
reluzentes solos. Mas, não pense que só o criador assume o destaque,
pois, ele e o 'baterista misterioso' cravaram uma atuação de gala
nesta faixa que encerra-se nos calmos dedilhados.
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Alternative
Fields aparece com um solo de guitarra que vai ganhando força em seu
decorrer e traçando a linha que seria seguida a música, que está
mais fortificada em seu ritmo, entretanto, como se trata de um Prog Metal,
encontramos significativas modificações mais intrigantes, que nos
deixam curiosos(as) aonde vão chegar enquanto Phellipe Henriques canta seus versos.
Ahhh... e chegam em solos exuberantes de guitarra.
Os primeiros acordes de Endless Hope já denunciam seu aspecto mais reflexivo na combinação
de dedilhados na guitarra e leves toques na bateria, porém, pouco
depois de quando Phellipe Henriques começa a cantar, a música ganha
seu vigor para mostrar a atmosfera conflitante de seus
personagens neste epílogo de Signs Revealed e lógico,
sempre produzindo ótimas viagens.
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Como todo álbum
de qualidade que é centrado no Prog Metal, este Signs Revealed
não é
absorvido em sua totalidade logo na sua primeira audição, sendo
necessárias muitas outras, pois, a mente por trás do Mindcrafter
soube como criar partes introspectivas, melodiosas, melancólicas,
pesadas, complexas, sendo que todas estão aliadas a linhas de vocais
diversas e atraentes nas interações de seus personagens, e óbvio... tudo muito bem gravado.
Em suma, Signs Revealed deixa claro o potencial de mais outro nome
do Prog Metal Brasileiro que devemos prestar bastante atenção, ainda
mais caro leitor(a), se você curtir nomes com Symphony X,
Dream Theater e Rush.
Nota: 9,0.
Sites:
http://www.mindcrafter.com.br/,
http://www.facebook.com/mindcrafterband,
http://www.reverbnation.com/mindcrafter e
http://www.youtube.com/user/mindcrafterband?feature=watch.
Por Fernando R. R. Júnior
Junho/2016
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