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Com a experiência acumulada nestes anos todos de batalha, em 2012, a banda recebeu uma proposta da gravadora paulista Heavy Metal Rock para o lançamento do seu primeiro full lenght, com músicas regravadas das demos anteriores e outras que não haviam sido gravadas. E obviamente, que o então trio - Luiz Fernando na guitarra e backing vocals, Marcelo nos vocais e Alex Kafer na bateria, baixo e backing vocals - aceitou imediatamente e desta forma o Forbidden Art nasceu. Atualmente são acrescidos por Gustavo Fernandes no baixo e Edu Lopez na guitarra. As gravações e mixagem de Forbidden Art aconteceram entre julho a outubro de 2013 no Rio de Janeiro/RJ no Hanoi Studio por Fernando Perazo e com a capa de Marcelo Vasco do O2 Desgin.
A instrumental Necormantia dá início ao trabalho com bons riffs de guitarras, que ganham velocidade e vão pouco a pouco, com uma expressiva técnica, sendo conduzidas pela banda a Necromancer, um Thrash Metal rápido, que denota uma pegada oitentista 'a la' Slayer e Exodus, sabe daqueles em que a bateria está no estilo 'arrasa-quarteirão' e a guitarra fornece junto ao baixo aquela base forte? Então, esta música foi criada nestes moldes e além de seus vocais agressivos, conta ainda com uma parte instrumental mais longa que é para se bater a cabeça durante as evoluções, que te conquistam instantaneamente.
Em seguida temos Deadly Symbiosis, que após seu riff inicial exibe uma linha cadenciada que vai crescendo junto a uma boa dosagem de raiva exprimida pelo vocalista Marcelo. Entretanto, as alternações de andamento, que são embasadas nos solos de guitarras dão uma cara mais oitentista à música de forma que os fãs do chamado Old School apreciarão em sua primeira audição. Sem diminuir a potência, Dark Church prossegue Forbidden Art com os vocais ferozes de Marcelo, com os solos de guitarras e bateria sendo executados à uma velocidade e intensidade que muitas bandas clássicas de Thrash Metal há tempos parecem terem se esquecido de colocar em seus discos ( viu Metallica!!! ) e quando ouvimos alguém que faz isso como se deve, vemos o quanto o Thrash Metal é bom de se ouvir.
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Com Plundered Society vemos a banda 'sentar a porrada sem dó e nem piedade' na classe política em um ritmo igualmente destruidor cantado com ódio por Marcelo, aliás, para confirmar basta apenas reparar na força dos seus riffs de guitarras e na atuação de Alex Kafer na sua bateria. The Rival, a seguinte, entra a todo vapor e aplica um andamento ainda mais aniquilador a Forbidden Art, entretanto, eles souberam encaixar trechos cadenciados com ótimos repiques de bateria durante os insanos vocais de Marcelo. A última do cd é uma composição gravada em setembro de 2011 e novamente, a eletricidade das guitarras se faz presente devidamente em sincronia com a bateria, que dita o ritmo e a aniquilação de Desert Moonlight, que é ora mais rápida e ora mais cadenciada, mas sempre agressiva todo o tempo, pois seus vocais passam aquela vontade de realizar um heabanging.
Tocar um Thrash Metal que é voltado para as linhas mais Old School em tempos que temos muitos sub-estilos e variações é uma tarefa que deve ser executada com habilidade e o Necromancer o fez com muita competência neste Forbidden Art. Temos aqui um excelente álbum firmado nas tradições e fundações do estilo e que deve ser conhecido por você caro leitor(a).
Nota: 9,5.Sites: https://www.facebook.com/necromancerbr.
Por Fernando R. R. Júnior
Fevereiro/2015