Oligarquia - Distilling Hatred
12 Faixas - Independente - 2011

    Completando 20 anos de serviços prestados ao Death Metal brasileiro,  que renderam dois demos ( Conviction To Death de 1995 e Really To Be Dead de 1999 ), o seu debut ( Necrhropolis de 2001 ) e muitos shows pelo universo do underground. Em 2011, o Oligarquia lançou seu novo trabalho intitulado Distilling Hatred, que foi gravado com a tecnologia SMD e produzido por Carlos A. e Marcelo no Top Noise Studios em São Paulo/SP entre 2008 e 2009. A mixagem e masterização ficaram por conta de Ciero no Da Tribo Studio entre fevereiro e abril de 2010 e a formação atual do Oligarquia é a seguinte: Max Hideo nos vocais ( com a dura missão de substituir o membro fundador Alex Chiovitti ), Guilherme Sorbello Lopes na guitarra e backing vocals, Ártour Queiroz no baixo e Panda Reis na bateria.

    Como já era de se esperar, o cd 'coloca o dedo na ferida' do inconformismo e exibe uma grande violência sonora a cada nota que os músicos realizam nas doze composições de Distilling Hatred com levadas fortíssimas de guitarra e guturais sombrios.

    Com vozes extraídas do filme Apocalíptico, MMXII é o ato de abertura de Distilling Hatred, que tem sua força devidamente liberada quando o quarteto começa com o peso de When The Hate Dominate e aí deixa os urros de Max Hideo serem somados ao caos oriundo da guitarra, bateria e baixo, que tomam de assalto a música e te farão bater a cabeça com a velocidade brutal que a banda aplica no som. Em Bloody Ideals, o Oligarquia procurou uma linha inicial de guitarra levemente distorcida para depois 'sentar a bota sem dó', com urros insanos em um ritmo veloz e totalmente furioso. E sem tirar o pé do acelerador, Ignorance Prevails, mantém o ambiente destruidor com algumas 'paradinhas', que servem para o quarteto tocar o mais selvagem possível.

    Consumed By Greed começa apenas no andamento dos 'triggers' da bateria de Panda Reis e nos guturais de Max Hideo para depois tornar-se muito feroz, com a entrada dos esquartejantes solos de Guilherme Sorbello Lopes em sua guitarra. A instrumental L.O.V.E. exibe outra dose do veloz Death Metal do Oligarquia em um andamento muito bem conduzido com evoluções pesadas bastante envolventes.

    Em World Of Convusion temos os coléricos urros de Max Hideo, após uma ótima base instrumental, que enfatiza o poderio da guitarra junto a bateria. Com vocais bastante raivosos, Until The Next Day é mais cadenciada no andamento da guitarra e exibe um verdadeiro massacre na bateria de Panda Reis.

    Em Heres Comes The Pain, o ritmo é fornecido pela guitarra e pela bateria, e notamos que a banda elevou sua velocidade à um nível tão alto, que não tem como ficar com a cabeça parada, é para bangear e sem parar - especialmente na hora que os vocais urrados aparecem. O clima destruidor é mantido, e porque não dizer... ampliado com Cerebral Atrophy, com direito à uma vigorosa atuação do baixista Ártour Queiroz, que em meio a uma música tão pesada quanto esta, foi capaz de encontrar um espaço para mostrar sua capacidade e técnica nas quatro cordas. Para a seguinte, Owner Of The World, o Oligarquia optou por uma alternação entre uma linha pesada e cadenciada para uma veloz e muito agressiva sessão de pancadaria dotada de muitos urros. Fechando o cd Distiling Hatred, a saidera é Abyss Of Hatred, exibe mais uma vigorosa atuação do baterista Panda Reis em um ambiente que parece trilha sonora do 'final dos tempos', pois temos guturais extremamente raivosos e solos avassaladores de guitarra por todos os lados.

    Vale lembrar que o Oligarquia conta Pancho, o segundo guitarrista que entrou na banda após o lançamento do cd. Quem é acostumado com bandas que investem no mais cru e furioso Death Metal Old School vai gostar bastante de Distilling Hatred. Se for o seu caso caro leitor(a), procure conhecer este artefato dos paulistas do Oligarquia o quanto antes.
Nota: 8,0.

Site: www.oligarquiadeath.com.br, www.myspace.com/oligarquiadeath

Por Fernando R. R. Júnior
Janeiro/2012

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