|
Trail Of Blood abre o cd com uma melodia intricada que denota influências de Prog Metal com vocais mais voltados para o Thrash Metal agressivos e limpos. Jed Simon do Strapping Young Lad, participa na hora dos solos de guitarras. São muito interessantes as variações do Prog Metal em viagens próximas a um Thrash/Death. Depois temos Pressure, que é mais crua especialmente pela forma que a bateria de Renato Carvalho aparece e como os vocais de Mateus Araújo são urrados. O curioso é um fundo que os teclados de Pedro Gabriel fazem tornando-a mais viajante contrastando com a ira presente nesta canção. Nos primeiros instantes da sombria Moment Of Nothing parecem que teremos uma viagem grande, mas o Optical Faze incluiu uma pesada sequencia de toques de bateria e linhas cadenciadas de guitarras. Os vocais agressivos de Mateus Araújo mergulham esta terceira música em seu lado mais Metal, mas sem esquecer claro dos trechos mais calmos e progressivos ( aliás, que viagem pesada temos em seu final ). Só por estas três faixas já posso dizer que The Pendulum Burns é um álbum que deve ser ouvido com atenção, pois o Optical Faze funde com perfeição a fúria do Thrash/Death com as viagens do Prog Metal.
E falando viajar a seguinte exibe uma linha mais introspectiva, que é vocalizada competentemente por Mateus Araújo nos passando uma mescla de caos e cadência enfatizando o baixo de Vicente Júnior e óbvio, sempre os teclados de Pedro Gabriel ao fundo exibindo variações muito interessantes. Em Lie To Protect percebemos um crescente que ganha em peso e agressividade instrumental até que na chegada dos vocais a composição sofra uma inversão, nos levando assim para um final viajante em alguns momentos e apocalíptico em outros. Com um andamento mais sinistro Mind Cage entra em cena com Pedro Gabriel extraindo notas mais calmas e muito harmoniosas de seu teclado, porém este clima dura até que as guitarras de Mateus Araújo e Jorge Rabelo surjam com firmeza. Ainda assim, esta é a mais progressiva das músicas de The Pendulum Burns, que possui sua dosagem grande também de vocais coléricos e de um ritmo Thrash dos mais mortíferos ( vide a bateria que você irá entender do que estou falando ).
|
Destacando a participação de Leah Randi, que já gravou com Paradise Lost e Conjure One temos o cover de Never Let Me Down Again do Depeche Mode com uma linha eletrônica que o Optical Faze deixou bem mais Metal e agressiva. Para o encerramento de The Pendulum Burns temos Tired com a bateria de Renato Carvalho com uma considerável rapidez compartilhada com os solos de guitarras culminando em toda a fúria dos vocais certeiros de Mateus Araújo em um fundo progressivo.
The Pendulum Burns, que está embalado em um 'digipack' de luxo com a arte de Michal Karcz e conta com um ótimo encarte é o resultado de uma galera que tem a ousadia de criar um álbum com muita categoria aliando estilos díspares como o Prog Metal e o Thrash/Death Metal de uma forma que enfeitiça o ouvinte, ou seja, é mais um disco que te recomendo conhecer caro leitor(a).
Nota: 9,5.Site: www.opticalfaze.com.br, https://www.facebook.com/OpticalFazeOfficial e
http://msmetalpress.com/ptbr/artista-optical-faze/.
Por Fernando R. R. Júnior
Setembro/2013