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Pronto, “os caras” estão de volta, com a mesma pegada de 1986, sem ser antiquados, mas sim, muito dispostos a detonar com o seu heavy metal tradicional ( com toques de thrash ) e letras ácidas, de revolta, com um forte apelo político e muito “cabeça”.
Recordações a parte, vou direto ao disco, que em pouco mais de 48 minutos distribuídos em nove faixas de arrombar quarteirões, mostra que o tempo fez bem para esses virtuosos músicos. A faixa de abertura, que dá nome ao registro inicia com uma breve intro ( que já é característica do grupo ) e em seguida começa a rifferama avassaladora, bem com a cara do Taurus, com o vocal característico de Otávio se encaixando perfeitamente bem com a música, e podemos constatar o porquê de terem mantido o Jeziel na banda, pois seu baixo potente dá uma marcação e peso incríveis. Em Dias de Cão a violência urbana é o tema principal, num som rápido e altamente energético, com Sérgio detonando nas baquetas.
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É em Fim da Linha que podemos conferir, com bastante propriedade, o baixo e bateria potentes o suficiente para que a música tenha o peso e a sonoridade sombria e pesada, como o próprio título já sugere. A sugestiva Desordem e Regresso, que versa sobre a politicagem corrupta tão em voga no nosso amado país, que parece não mudar com o passar do tempo, conforme podemos denotar claramente nos versos “No passado e no presente/Continua tudo igual/O futuro só depende/De um grito da nação”. A última música é a introspectiva e atormentadora Pesadelo.
Enfim, demorou, mas valeu esperar por um novo disco do Taurus com vocais em bom e audível português, numa produção esmerada do Cláudio Bezz, encarte com fotos muito boas e com um design gráfico de extremo bom gosto. Não deixe de conferir.
Nota: 9,5.
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