Violeta de Outono
- Volume 7
8 músicas - Voice Print - Rock
Symphony - 2007
O Rock
Progressivo foi profetizado como um movimento que seria passageiro,
uma moda, até mesmo um estilo de época e muitas outras baboseiras
sem tamanho, mas a verdade é que além de atravessar fronteiras, o
estilo prova-se mais forte do que nunca no Brasil, e bandas como Cartoon,
Apocalypse, A Banda Do Sol, dentre outras, não
me deixam mentir, e no caso específico desta
resenha, deste álbum Volume 7 do Violeta de Outono, a força do rock
progressivo mostra-se revigorada e cada vez mais poderosa com doses
"na medida" de rock psicodélico.
Fábio Golfetti
- vocais e guitarra, Gabriel Costa - baixo,
Cláudio Souza
- bateria e
Fernando Cardoso - teclados e piano, formam um line up
muito
afiado e gravam este Volume 7 entre abril e maio de 2007 no renomado
Mosh Studios. O álbum é aberto com Além do
Sol onde o órgão Hammond de Fernando Cardoso vai
tomando conta do pedaço em conjunto a uma linda e suave melodia cantada em
português por Fábio Golfetti que consegue extrair muitos ótimos riffs progressivos
de sua guitarra.
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Em seguida em ritmo bem nonsense
temos Caravana, outra cantada em português e a lembrança que é trazida à
tona é do Pink Floyd ( na fase inicial, época de Syd
Barret ), especialmente no começo onde o andamento mais
progressivo se funde ao psicodelismo. Depois temos uma longa viagem
calma e cheia de técnica por parte de cada um dos quatro membros do Violeta
de Outono que seria uma injustiça destacar um em especial. Broken Legs é a primeira faixa deste disco em inglês e mantém
o clima progressivo no ar, porém, exibe fragrâncias mais
suaves.
A elaborada
Eyes Like Butterflies é a seguinte de Volume 7 e seu virtuoso andamento calmo nos
traz aromas de paz ao ouvir. Nesta, caro leitor(a), nós podemos soltar nossa mente e
viajar longamente, especialmente pelo som do ímpar do Hammond de Fernando
Cardoso. Em Cada Instante já saliento novamente a atuação do tecladista
Fernando até o momento da entrada do guitarrista Fábio Golfetti que
canta levemente e nos leva para muito longe. Atente seus ouvidos para os solos que mudam o compasso da
música, aí você perceberá a junção do baixo, guitarra, teclados e
bateria combinados para um som único.
Pequenos Seres
Errantes já nos leva para uma jornada espacial com o comando de
Fábio utilizando o ‘glissando’ ( técnica que utiliza um
objeto metálico nas cordas da guitarra para obter sons diferentes
); e para aumentar ainda mais o grau, isto está associado aos teclados de Fernando da mesma forma que Steve Howe
e Rick Wakeman faziam juntos no Yes. Quando Gabriel vem nos resgatar com
os graves de seu baixo,
vamos sentindo que estamos diante da melhor música deste disco. Também
chamo a atenção para o trabalho do batera Cláudio Souza em ótimas
evoluções cheias de repiques.
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Depois é a vez de calma Ponto de Transição
que nos resgata da longa viagem da
anterior, mas ainda assim, são guardados alguns momentos mais viajantes promovidos pela
guitarra de Fábio que exala, junto com os demais integrantes do
Violeta
de Outono muita harmonia em cada nota desta canção.
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Encerrando o álbum
Volume 7 temos
a longa Fronteira, momento que registro a habilidade de Gabriel no baixo e
também a sonoridade do tecladista Fernando preparando a atmosfera
singular desta música. Após essa primeira seqüência de versos Fronteira
ganha em peso e temos então a hora de novamente liberar a mente para
sermos transportados para horizontes que somente bandas como o Violeta de Outono
são capazes de nos proporcionar. Volume 7 tem ainda fotos
da banda e um clip para Let Children Play do Santana,
também gravado no Mosh Studios, onde podemos saborear como foi
o ambiente de gravações do disco e é onde
percebemos o grau de entrosamento que a formação desfruta.
Se você é
um apreciador de bandas como
Pink Floyd, Yes, Genesis, vá correndo atrás deste
Volume 7 o quanto antes e
sinta a pureza do rock progressivo/psicodélico do Violeta de Outono
nos
seus ouvidos. Só tome cuidado para não conseguir regressar desta viagem
repleta com a melhor sonzeira progressiva já criada na nossa
'santa terrinha'.
Site:
www.violetadeoutono.com
Por Fernando R. R. Júnior
Agosto/2009
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