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A produção de Seven foi conduzida pelos integrantes Felipe Souza, Marcelo Gelbcke e Thiago Forbeci para a Wild Child Productions e suas gravações foram realizadas no mesmo MGC Estúdio em Curitiba/PR entre dezembro de 2013 e julho de 2014. Os processos de mixagem e masterização receberam os cuidados de Jefferson Dombrowski no Q10 Studio também em Curitiba/PR entre agosto e setembro de 2014. A capa e encartes foram criados por Carlos Fides do Artside Digital Studio. Seven, lançado em 2015 pela MS Metal Records é um álbum conceitual, que é mais progressivo e pesado, mas, sem descartar as influências de Hard Rock e Grunge do quarteto, vamos ao seus detalhes.
Com a sonoridade comum a um cais de porto, que em breves instantes depois recebem fortes riffs de guitarra, Never Let Yourself If Down abre Seven e exibe o Metalcore/Prog Metal do Wild Child com alternações de vocais e de ritmos que passam muita musicalidade e nos apresenta uma complexidade muito grande a cada nota tocada. Detalhe: logo após eles executarem os trechos pesados da música a terminam de uma forma surpreendentemente mais suave. Depois em Myself In Pieces, o quarteto apresenta linhas mais cadenciadas graças ao riffs de Marcelo Gelbcke, que se intensificam a medida que seus minutos passam junto aos acordes produzidos pelo baixo e pela bateria, que levam seus vocais a transitarem por momentos excelentes neste Heavy/Thrash arrebentador. Dotada de um envolvente toque feito com muita categoria pelo baixista Thiago Forbeci, All I Want I Need revela uma mistura de Heavy Metal com uma pegada eletrônica, que são vocalizadas por Erik Fillies com muita habilidade e chegam a um momento exuberante quando seu ritmo é acelerado ( confirme reparando no solo de guitarra ) e então, esta terceira canção mergulha em um momento Progressivo mais introspectivo, que novamente torna a crescer, ganhar velocidade e desta maneira, conquistar de vez o ouvinte.
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Dividida em três partes, a mais progressiva das músicas de Seven, a Church Balls entra em cena com I: Refflections criando um fascinante clima Heavy em suas primeiras notas mais progressivas com os holofotes direcionados ao baixista Thiago Forbeci até que o vocalista Erik Fillies mostre muita versatilidade e emoção em meio a alternações marcantes ocorridas na bateria de Felipe Souzza, que no decorrer de seus minutos enaltecem as participações de Abner Melo, Jessica Lunardelli, Thiago Alencar e Wanessa Siewert nos diálogos dos personagens. Na segunda parte desta épica canção temos a instrumental II: In The Heart Of The Night, onde o Wild Child se superou e revela um grandioso som de muita técnica, que adentra de vez ao Prog Metal, porém, com nuances de Jazz e que se ligam na terceira parte, a III: The Endless Cycle, que é mais suave, tal como se fosse uma balada deveras introspectiva até receber sua dosagem de peso, que eleva sua energia produzindo um andamento bastante animado e termina em uma considerável harmonia simples, enfim, ouça com atenção esta que é disparada a melhor do cd.
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Decerto, que as principais e mais expostas influências contidas em Seven sejam voltadas ao Prog Metal, porém, o Wild Child não se acomodou e colocou neste terceiro disco de sua carreira excelentes pitadas de Southern Rock, Thrash Metal e até um tanto de Metalcore e o melhor.... soube fazer isso com o devido capricho, não deixando em nenhum momento o trabalho cansativo. Em suma, estamos diante de mais um produtivo lançamento brasileiro da MS Metal Records.
Nota: 9,5.Sites: http://www.wildchild.com.br/, http://www.facebook.com/wildchildbr,
http://www.soundcloud.com/wildchildofficial e http://www.soundcloud.com/wildchildofficial.Por Fernando R. R. Júnior
Novembro/2015