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Rock On Stage: Vocês divulgaram recentemente que já vão iniciar as gravações do novo disco do Broken Jazz Society no Rock Lab em Goiânia a partir de janeiro de 2017. Como está a expectativa para entrar em estúdio? O sucesso de crítica de "Gas Station" exerce alguma pressão?
João Fernandes: Estamos super ansiosos para entrar em estúdio, ainda por cima ao lado de um profissional tão respeitado e consagrado, como o Gustavo Vasquez, do Rock Lab. Acreditamos que o que mais exerce pressão em nosso trabalho somos nós mesmos. Para nós, melhorar a cada dia é um fator fundamental, além de uma obrigação para com todos que acompanham e apoiam nosso trabalho, independente das críticas positivas de Gas Station.
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Rock On Stage: Não quero soar inadequado e perguntar demais, mas, em termos de letras, é possível também adiantar sobre quais temas vocês estarão abordando no novo álbum? Algum assunto que dialogue com a contemporaneidade?
João Fernandes: Podemos adiantar que será um álbum com letras bem pessoais, que entram bem a fundo em assuntos delicados do cotidiano, que acreditamos que os ouvintes compartilharão e se identificarão.Rock On Stage: O 'BJS' se considera uma banda de Stoner Rock. Quando lembramos nos principais nomes desse estilo, como Kyuss, Fu Manchu, Nebula, Sleep e comparamos com o som do BJS, nada, ou quase nada, tem de semelhante. Mesmo se os compararmos aos grandes percussores dos anos 70 como Black Sabbath, Blue Cheer ou o Led Zeppelin, é difícil encontrar referencias que associem o Stoner convencionalmente conhecido desse feito pelo BJS. A que vocês atribuem a isso?
João Fernandes: Sempre buscamos algo novo. O Stoner Rock é um elemento gerador, uma "musa inspiradora". Procuramos não nos prender, para não nos limitarmos. São tantas influências e tantas referências, que fica difícil não experimentar. Estes fatores, somados ao amadurecimento da banda, fazem com que, cada vez mais, tomemos rumos diferentes, para sair do "mais do mesmo". Arriscar-se faz parte!
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Rock On Stage: Entre os lançamentos mais comentados do ano está o "Hardwired... To Self-Destruct", do Metallica. O que vocês acharam do disco, primeiramente? Segundo, se analisarmos os trabalhos de estúdio mais recentes de bandas como Metallica, Iron Maiden, Black Sabbath, AC/DC, Guns'n'Roses, etc., esses discos não são tão relevantes quanto seus trabalhos clássicos que os lançaram ao estrelato. Mesmo assim, lançando disco razoáveis ( ou não ), essas bandas clássicas continuam ocupando o topo do mercado. Isso quer dizer que a genialidade dos discos clássicos dessas bandas é imbatível ( até para elas próprias ) ou que as bandas novas não estão sendo tão relevantes? Se considerarmos que obras como "Kill Em All", "The Number Of The Beast" ou "Appetite For Destruction" são imbatíveis, isso quer dizer que uma banda nova que se lance ao mercado deve perpetuamente se contentar com um posto de coadjuvante do Rock 'n' Roll? E isso faz sentido, artisticamente?
Mateus Graffunder: Não acho que isso faça sentido artisticamente. O mercado musical mudou totalmente da época em que esses clássicos foram lançados, e, consequentemente, a forma de consumir música também. A chegada da Internet, das redes sociais, transformou o meio musical. Hoje em dia, as bandas estão muito mais próximas de seus fãs, e isso muda a forma de se tornar relevante, que não é mais medida pela quantidade de discos vendidos. Quanto ao disco novo do Metallica, ainda não ouvi ( risos ). Mas pretendo!
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Rock On Stage: Falando em relevância artística, de que forma vocês acham que a música do Broken Jazz Society é relevante? Quais seriam os seus principais argumentos para convencer alguém que ainda não os conheça a ouvir o som da banda?
Mateus Granffunder: Acho que o fato de não ser mais do mesmo é o principal argumento nessa questão, não ser apenas mais uma banda dissecando riffs de ( Tony ) Iommi, ou tentando criar apenas aquele clima de deserto... A nossa busca por novas sonoridades, e misturas sem preconceitos, faz do som do Broken Jazz Society algo novo e atrativo para os que não conhecem o som da banda
Rock On Stage: OK, vamos tornar a entrevista mais descontraída novamente. :)
A grande maioria das bandas tem produzido suas próprias cervejas. O consumo de cervejas especiais é bem alto entre fãs de Rock e tem tudo a ver com esse estilo de som, além de significar mais um item que a banda pode comercializar. Vocês pensam em produzir a cerveja do BJS? Que tipo seria? Aliás, vocês gostam de cerveja? Quais são seus tipos e estilos preferidos?
Mateus Granffunder: Com certeza é algo que nos faria muito felizes ( risos ). Eu, particularmente, sou apaixonado por cerveja, de todos os tipos, mas minhas favoritas são as escuras, Porter, Dunkel, Stout, Rauchbier. Se tivermos a oportunidade de desenvolver nossa cerveja, com certeza ela será diretamente ligada ao nosso som: escura, forte e com um pitada mineira de pimenta!
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Rock On Stage: A palavra agora é da banda. Ao invés de deixar uma mensagem dessas padrões, convidando as pessoas para acessar o site e mídias sociais da banda - vamos listar esses endereços ao fim da entrevista - gostaríamos que vocês deixassem uma mensagem que realmente pudesse acrescentar algo para quem estiver lendo. Sobre qualquer assunto. Política, existencialismo, uma receita de um rango bom, religião, esportes, viagem, cultura, arte. :)
Mateus Granffunder: Esse clima de fim de ano gera muitas filosofias e reflexões sobre o ano que passamos, e o que está por vir. É hora de arregaçar as mangas e executar mais o "do it yourself" e falar menos. Tem muita coisa boa surgindo desse jeito, bandas, produtores, festivais, empresas, movimentos, e isso é lindo. Vamos pra cima, que é tudo da lei, como já dizia Raulzito.Mais Informações: www.brokenjazzsociety.com; www.facebook.com/brokenjazzsociety; www.soundcloud.com/broken-jazz-society; www.instagram.com/brokenjazzsociety; www.youtube.com/user/brokenjazzsociety e www.twitter.com/official_bjs.
Por Rock On Stage e Som do Darma
Agradecimentos a Susi dos Santos - Som do Darma
Dezembro/2016