Formado em 1990 em São
Paulo, o Torture Squad é um dos maiores
representantes do Death/Thrash metal brasileiros. Em 2007
participam do festival Wacken Open Air na
Alemanha e em 2008 fazem uma extensa turnê no velho
continente e também lançam o álbum Hellbound (
leia resenha ) que na minha modesta opinião é o melhor
da carreira da banda. No papo abaixo realizado em dezembro
de 2008, o vocalista Vítor Rodrigues fala
sobre o novo álbum, as participações, os shows lá fora e
aqui no Brasil, sobre a entrada de Augusto Lopes (
ex-Eternal Malediction ) e muito mais
confiram!!!.
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Rock On
Stage: Para começar vamos falar do novo álbum: Hellbound teve a
inclusão de teclados em algumas músicas e as deixaram ainda
melhores, em que ponto durante a composição vocês sentiram que a
presença dos teclados seria importante para o disco ou foi algo que
aconteceu naturalmente?
Vítor Rodrigues: Na verdade, o teclado serve para dar um clima
nas músicas, mas não foram muito utilizados no álbum. Apenas
utilizamos na introdução MMXII, aliás tocada por Fábio
Laguna do Hangar.
Rock On
Stage: A palavra Chaos está em todas as músicas do disco, isso foi
coincidência ou intencional?
Vítor Rodrigues: A maioria das letras naturalmente estava
culminando para isso, creio que nada foi por acaso. Isso também
reflete a situação que passa o planeta, um verdadeiro caos e por
isso a idéia de todas as letras terem essa ligação com a palavra
Chaos, como se cada letra mostrando um determinado tipo de caos.
Rock On
Stage: O álbum Hellbound foi
gravado por Maurício Nogueira, mas ele saiu da banda, bem o que
aconteceu?
Vítor Rodrigues: Maurício iria viver uma nova realidade, ser
pai. E como é uma tarefa que necessita 100% de dedicação, então não
haveria como continuar a ter compromissos com a banda. O mais
importante de tudo é que continuamos amigos e torcendo para o
sucesso de cada um.
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Rock On Stage:
Como está a integração do Augusto que assumiu as guitarras?
E quais os motivos que levaram para ele ser o escolhido para
a posição deixada pelo Maurício?
Vítor Rodrigues: Augusto se adaptou muito bem ao
estilo do Torture Squad, e está trazendo muitas
idéias para a banda. Além de ser um músico talentoso,
Augusto prima pela humildade, e isso só ajudou na
escolha para o posto de novo guitarrista.
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Rock On
Stage: Vou te pedir para comentar as participações do álbum.
Vítor Rodrigues: Tínhamos algumas idéias para a introdução do
álbum. Entramos em contato com o Fábio Laguna - tecladista
do Hangar - e começamos a compor. Além de ser um grande
amigo, ele é um músico com um talento ímpar. A faixa MMXII,
um título que faz alusão ao apocalíptico calendário maia, saiu
melhor do que imaginávamos. Tivemos também a ilustre presença de
Fábio Golfetti tocando cítara no começo da Hellbound e a
outra participação foi do Heros Trench, guitarrista do
Korzus na mesma faixa fazendo dueto com o Maurício.
Rock On
Stage: E como tem sido a recepção de Hellbound pelo público e pela
crítica?
Vítor Rodrigues: Estamos satisfeitos com a ótima recepção que o
álbum está tendo. Muitas críticas positivas e a resposta do público
em nossos shows nos deixam felizes e realizados com o
Hellbound.
Rock On
Stage: Pandemonium foi um disco excelente, mas ouvindo as músicas de
Hellbound vejo que vocês se superaram, concorda?
Vítor Rodrigues: Sim. As músicas do Pandemonium
são excelentes, mas não tinham a acuidade musical que hoje reside no
Hellbound. Na verdade são momentos diferentes, e
gravações diferentes. Hoje percebemos que demos um salto qualitativo
em matéria de produção no disco novo, e as músicas apenas refletem
todo um trabalho minucioso por trás de tudo.
Rock
On Stage: Neste ano de 2008, durante a tour do Hellbound,
vocês se apresentaram por várias cidades da Europa, dá para
apontar algumas diferenças entre os headbangers do velho
continente com os brasileiros? E o apoio e estrutura dos
shows são melhores que aqui?
Vítor Rodrigues: Na verdade não há nenhuma diferença
dos headbangers do Brasil em relação aos da Europa. A
estrutura sim. Como possui uma economia mais estável, a
Europa tem mais facilidade em realizar eventos e as bandas
podem comprar instrumentos e aparelhagem de primeira. O que
não ocorre aqui no Brasil.
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Rock On
Stage: Vou te pedir para falar um pouco sobre como foi o contrato
com a gravadora Wacken Records e quais portas estão sendo abertas
para vocês com um contrato deste porte.
Vítor Rodrigues: Como vocês já sabem, o Torture Squad
ganhou o Metal Battle de 2007 e como prêmio ganhamos
um contrato com a Wacken Records (ex-Armageddon Music).
O contrato vale para um álbum apenas, mas com a receptividade do
Hellbound, quem sabe eles não mudem de idéia ( risos
).
Rock On
Stage: Comente um pouco sobre o show no Wacken Open Air de 2008 e o
que isso representou para a carreira do Torture Squad.
Vítor Rodrigues: É
emocionante. São centenas de headbangers, dos quatro cantos do mundo
reunidos em um só lugar, e participar de um festival como esse nos
deixam felizes e honrados. O show foi muito energético e a galera
curtiu e nós curtimos muito também.
Rock On
Stage: Atualmente vocês estão tocando em vários festivais no
Brasil, do período da Europa para esta parte brasileira, quais são
as principais diferenças que vocês estão sentido? Vocês chegam a
sentir saudades dos bangers brasileiros?
Vítor Rodrigues: Para falar a verdade, não existem diferenças
gritantes. Como falei em uma pergunta anterior, os headbangers são
iguais em qualquer parte do planeta, e a diferença é mais econômica.
Temos ótimos promotores que fazem do mínimo, o máximo. São pessoas
assim que nós damos o devido valor, porque sabem respeitar as
necessidades do músico. A saudade só é suplantada pela enorme
vontade de tocar.
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Rock On Stage:
Em fevereiro e março de 2009 vocês irão excursionar com o
Overkill pela Europa, gostaria de saber quais são as
expectativas da banda com essa vindoura excursão.
Vítor Rodrigues: As expectativas são as melhores
possíveis, não só pelo fato de excursionar com uma das
bandas principais do metal mundial, mas pela experiência que
teremos no decorrer da turnê. Vão ser momentos especiais em
nossas vidas.
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Rock On
Stage: E em meio a tanta coisa que
tem acontecido com a banda neste ano de 2008, já sobrou tempo para
planejar alguma coisa para o futuro do Tortue Squad?
Vítor Rodrigues: Na verdade, estamos sempre planejando algo (risos).
O futuro para nós é o presente, ou seja, tocar. Essa é a nossa vida.
Cair na estrada e levar nossa música aonde puder. No fim, é isso que
mais importa!
Rock On
Stage: Agradeço a oportunidade e
deixo o espaço livre para a sua mensagem final.
Vítor Rodrigues: Quero agradecer a
você Fernando pelo espaço dado ao Torture Squad, e
agradecer imensamente a força que os internautas do site Rock On
Stage estão sempre nos dando. E lembrem-se que a tortura...
nunca pára!
Por Fernando R.
R. Júnior
Agradecimentos à Natascha Perín - Hellion Records -
www.hellion.com.br
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