Hellish War - Keep It Hellish
10 faixas - Voice Music - 2013

     O Hellish War iniciou suas atividades em 1995 e um ano depois lançou o demo The Sign. O primeiro cd, o clássico e histórico Defender Of Metal saiu em 2001 e teve uma excelente recepção tanto pelos fãs quanto pela crítica, aliás, foi nesta época que via a banda pela primeira vez ao vivo e até participei na realização de um dos seus shows em Santo Antônio do Jardim/SP ( mais isto é outra história que se você quiser saber mais clique aqui ). Com problemas por conta da gravadora, o ótimo Heroes Of Tomorrow só foi lançado em 2008 ( confira resenha ) e no ano seguinte, os europeus que gostavam do Heavy Metal do Hellish War viram a banda durante a European First Assault Tour, e isso rendeu à banda o álbum Live In Germany ( 2010 ).

    Nos últimos anos o quinteto enfrentou a saída de Roger Hammer dos vocais e a busca por um novo frontman, entretanto, após experimentar alguns nomes, foi com Bil Martins ( Dark Witch ), que o Hellish War está novamente consolidado e com o line up estabilizado ( a saber Vulcano e Daniel Job nas guitarras, JR no baixo e Daniel Person na bateria ). Com o novo vocalista aprovado, eles gravaram o novo cd, com o nome de Keep It Hellish em Campinas/SP no Piccoli Studio com Ricardo Piccoli, Raphael Gazal e Sílvio Scarpeline. A masterização e mixagem são assinadas por Ricardo Piccoli no seu Piccoli Studio em Biela/Itália e  a bela capa com a volta de Guillic é do mesmo autor da primeira, Eduardo Buratto.

    A faixa título Keep It Hellish abre o cd com uma bela pancada Heavy Metal com guitarras cavalgantes e uma potência fortíssima dos vocais de Bil Martins. A melodia junto a letra te conquistam facilmente e te fazem querer cantar o refrão desta primeira música logo de cara. Logo depois da explosiva abertura, The Challenge entra após uma distorção feita com primor por Vulcano e Daniel Job de forma mais cadenciada e sempre com a devida energia, isso sem contar o incrível feeling do novo vocalista, pois o cara solta a voz nesta letra animadora. Na hora dos solos, a entrosada dupla Job/Vulcano desfilam todas as linhas melodiosas de suas guitarras. A terceira é Reflects On The Blade e o baterista Daniel Person dispara um solo acompanhado pelos guitarristas com a devida pegada, que deixam o campo livre para Bil Martins nos empolgar com facilidade. E como o Hellish War gosta do melhor do Heavy Metal, tome solos de guitarras velozes e cheios de categoria.

    Com o ritmo pesadaço, que destaca as longas e excelentes evoluções de guitarras, Fire And Killing mantém o clima de Keep It Hellish sempre para cima e vai caminhando para um refrão que você cantará junto a Bil Martins seja nos shows ao vivo ou mesmo ouvindo o cd, pois eles acertaram mesmo, e depois é a hora de receber aquela rifflerama tradicional e sempre gostosa de ouvir, que nomes como o Hellish War nos proporcionam.

    Para a seguinte temos uma enxurrada de solos de guitarras, que entram demonstrando uma eletricidade muito grande e Master Of Wreckage entra com Bil Martins cantando de forma mais agressiva. Seu clima de batalha cheio de peso e melodias são um convite para se bangear. Em seguida temos a instrumental Battle At Sea, com riffs marcantes da afiada dupla de guitarristas Job/Vulcano em uma solidificada base de baixo e de bateria, cortesia de JR Daniel Person, respectivamente, e desta forma eles conduzem o Heavy Metal - dos bons - contido nesta sexta faixa e isso deixa claro a grandeza da evolução musical do Hellish War.

    Depois desta longa faixa instrumental cheia de magia, o Hellish War exibe uma que contém efeitos mais sombrios para que seja criada a atmosfera do título da canção, a épica Phantom Ship, que ganha em velocidade no seu decorrer e exibe vocalizações com muita vibração, que te levam a imaginar um barco pirata. E vale mais um comentário: como Vulcano e Daniel Job solam sem dó a cada música deste cd, isso cativa ainda mais o fã em todos os seus minutos.

        Em Scars ( Underneath Your Skin ), o quinteto começa com uma sequencia de solos de guitarras, que pavimentam os caminhos para Bil Martins cantar e envolver esta oitava canção a maneira que o andamento promovido pelos guitarristas sofra um aumento ou uma diminuição de sua velocidade, e como a dupla aplica com eficiência solos devidamente melodiosos, a canção fica ainda melhor. Na próxima, Darkness Ride, hora de uma música com dedilhados mais calmos que trazem uma aura medieval em seu começo, mas isso dura até as guitarras ditarem o ritmo, peso e velocidade do que teremos em seguida: Bil Martins cantando com firmeza e criar aquela vontade de acompanhar os versos com ele.

    Fechando este excelente disco, o quinteto tomou as linhas melodiosas de The Quest e nos mostram ares 'heroicos' com uma 'centena' de riffs bem executados, que ficam mais cadenciados quando o vocalista canta seus versos e nos traga ainda mais prazer ao ouvir esta canção. Atenção para o repique que Daniel Person realiza em sua bateria e também para o capricho dos solos de guitarras que vem em seguida. É notório como a banda se entregou mesmo para transformar esta música em um futuro clássico.

    Se você gosta de álbuns como Powerslave do Iron Maiden e Battle Hymm do Manowar saiba que irá apreciar de Keep It Hellish em sua primeira audição. O Hellish War se superou e colocou para a Voice Music mais um 'discão' do mais puro e tradicional Heavy Metal devidamente regido pela força das guitarras.
Nota: 10,0.

Site: www.hellishwar.com.br, www.facebook.com/hellishwar,
www.youtube.com/hellishwar e www.myspace.com/warhellishwar.

Por Fernando R. R. Júnior
Janeiro/2014

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