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Ao som de passos que trazem os toques feitos pelo baixista Renan Alonso e sombrias vozes desconexas que aparecem em meio à uma percussão, a destruidora Neka Tumba exibe o fortificado Thrash do quarteto em atormentadas linhas a la Slipknot com diversas modificações em seu andamento, sempre com vocais urrados e alguns lampejos mais limpos com alguns versos em português. É para 'banguear' fortemente bastante e logo no início do cd. Depois com 880 ouvimos um ritmo frenético, extremamente agressivo e que possui um andamento violento, onde percebe-se como os músicos desferem vários "socos na cara", somente diminuindo nos poucos instantes mais melodiosos, que atravessam os obscuros dedilhados antes de retomar sua atmosfera matadora e indicada para se abrir aquela roda insana.
Em Fame´s Virus, eles nos apresentam a sonoridades estranhas para depois quebrarem tudo em seu misto de Thrash Metal, com New Metal e Death Metal, que alterna momentos mais acelerados com outros cadenciados, porém, sempre furiosamente pesados e avassaladores transformando esta canção em uma devastadora criação, que apesar de seu peso, consegue-se ouvir tudo com clareza. Prosseguindo e sem praticamente modificar o seu estilo, Can You Hide parece um prolongamento da anterior com urros intensos orientados pelo andamento da bateria feito por Bruno Renato e pelo baixo tocado por Renan Alonso, que apenas são quebrados em breves dedilhados, que apresentam vocais ainda mais infernais.
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Depois temos um verdadeiro massacre na bateria, graças a aniquiladora Crop System, que entra cena com um poder de fogo instrumental descomunal, marcando a mais violenta faixa deste cd, que é vocalizada com guturais que a aproximam a um Death Metal, porém, daqueles que possuem muitas alterações técnicas em seu decorrer terminando em um solo distorcido do guitarrista Piu Loko. A faixa título do EP, This Is A New Kliav retorna neste cd com todo o peso, fúria e violência já conhecidos anteriormente, só que agora com uma produção que a deixou ainda mais incansável e brutal, te convocando para abrir uma roda monstruosa durante a percepção de seu andamento arrastado de muitos solos de guitarra dotados de muita distorção tocados por Piu Loko, além de consideráveis pancadas que foram dadas com habilidade pelo baterista Bruno Alonso e sem contar a sessão de urros assassinos do vocalista da banda.
Neste primeiro full lenght, o Kliav preenche uma lacuna importante, pois creio que não tenhamos no Brasil muitos nomes que produzam um som tão violento e ao mesmo tempo tão técnico a ponto de agradar os exigentes fãs de nomes como Slipknot, Lamb Of God e Pantera sem dever nada em qualidade para eles.
Nota: 9,5.Sites: http://www.kliav.com e http://www.facebook.com/KLIAV.
Por Fernando R. R. Júnior
Fevereiro/2016