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E é dedilhados no violão e uma beleza toda própria inerente a sonoridade do projeto que somos expostos ao começo da história de Anunnaki destacando os vocais de Fabrício Barreto em A Abdução de Endubsar, que sofre alterações durante o diálogo deste personagem com o poderoso Enkil dos Anunnaki destacando também os solos de guitarras feitos por Tássio Bacelar junto a Júlio Caldas. Eles mergulham mais na história dos problemas dos visitantes em seu planeta natal em Crônicas de Nibiru, que te conquista na beleza dos vocais de Fabrício Barreto e também nas excelentes melodias alcançadas pelos demais membros da banda. Após o final mais robusto da anterior, Notícias de um Mundo Distante conta com efeitos especiais com a narrativa feita pelo vocalista referente ao Rei Alalu descrevendo a Terra e em seguida já estamos em Eridu, que de forma calma nos dedilhados de violão relata sobre os primeiros Anunnaki que aportaram em nosso planeta e o mais bacana é que seus versos ficam na mente, onde saliento também o acordeão tocado por Luciano Campos.
No outro informe Notícias de um Mundo Distante II, o Rei Anu avisa entre vários efeitos que a expedição vai continuar e assim chegamos na sexta faixa do primeiro cd com As Minas de Abzu, cuja letra é sobre uma disputa entre Ea e Enlil em mais outro refrão marcante conduzido pelo Mensageiros do Vento. Para Rosto em Marte, o quarteto nos mostra uma discussão entre Alalu, Enlil e o Rei Anu com destaque aos toques de bateria feitos por Thiago Andrade e aos vocais do sempre eficiente Fabrício Barreto. Em Estação Lahmu, Enlil, Marduk e Enki, os Anunnaki decidem quem controlará a importante base intermediária entre a Terra e Nibiru ressaltando em sua letra com muita melodia os sonhos de conquista de Marduk.
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O segundo cd é aberto com a Progressiva Viagem A Lua e traz uma conversa entre Enki e Marduk vocalizada com muita emoção por Fabrício Barreto. Em um comunicado dos Annunaki para Enki sobre a falta de alimentos na Terra temos Humana Experiência, que mescla trechos calmos com ótimos solos de guitarras em que um dos Anunnaki se miscigenam aos humanos com a intenção de resolver o novo problema, e de certa forma, acaba por melhorar a evolução de nossa espécie.
Para a história de Ka-in e Abael, os filhos de Adapa, o Mensageiros do Vento narra como nasceu a civilização humana através de linhas bastante Progressivas e longos solos de guitarras devidamente construídos sobre eficazes harmonias que resultam - de acordo com sua letra - em uma rivalidade entre os dois irmãos, com um grade peso nos vocais e inclusive em suas linhas instrumentais, até que tenhamos a notícia do primeiro assassinato entre os humanos dramatizada nos toques de piano.
E solos encorpados é o que temos em Era de Gigantes, que versa sobre o casamento de Marduk e Sarpanit, um Anunnaki e uma Ki ( terráquea ), cujo andamento Progressivo exibe a preocupação contida em sua letra, que recomendo acompanhar em cada uma das músicas desta obra. Com os problemas gerados por conta desta primeira união entre as diferentes raças e das outras que aconteceram em seguida chegamos com vocais tristes à Algo Terrível Está Por Vir, a quinta do segundo cd onde é ordenada uma evacuação dos Anunnaki da Terra para que o dilúvio seja lançado com a intenção de banir os humanos. Entretanto, Galzu, o mensageiro do criador, avisa para Enki como devem ajudar os humanos, que seriam varridos em sua imensa maioria da face do planeta, e assim com bastante peso e vocalizações instigantes temos a canção O Mensageiro do Criador, que se encerra com excelentes e reluzentes solos de guitarras.
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Conforme foi escrito em sua letra, As Quatro Regiões foi a tentativa feita pelo Rei Anu para diminuir os conflitos entre os Anunnaki e o quarteto Mensageiros do Vento não se furtou em exibir bastante força em suas notas. As vaidades e as rivalidades dos Anunnaki, que já estavam bastante evidentes e são expostas de vez em Babel, que possui uma deliciosa parte mais tranquila e outra mais fortificada com vocais rápidos e longos solos até que sintamos o caos presente em A Ira de Marduk com a fala do personagem em meio a um alerta de guerra.
A guerra entre os Anunnaki fica evidente em É o Fim, canção que é possuidora de um estilo bastante cativante que é fornecido pelo Mensageiros do Vento ao nos contar como Enlil decide usar as armas nucleares para deter Marduk, isso é enfatizado em uma novo aviso de Galzu, que pede para enviar alguns humanos para o local mais longe possível deste conflito. Na penúltima, que foi nomeada como O Vento Maligno, Enlil reflete sobre a destruição que causou - inclusive em seu território - durante as vocalizações impactantes de Fabrício Barreto e também nos toques entristecidos feitos pelos demais em que vale uma reflexão para nós ouvindo e acompanhando sua letra, além de momentos viajantes ao se encerrar na fala de Enki a história dos Anunnaki com a instrumental e devidamente marcante Enuma Elish: O Princípio Celestial.
Este cd duplo complementa e concede mais sentido ainda ao que assistimos no DVD, pois, com a imersão facilitada que temos ao ouvir suas músicas interagimos ainda mais com sua história em nossa mente, e isso, além despertar uma maior vontade de ver seus eventos no DVD novamente ( ou mesmo o vídeo que está disponível no Youtube ), fato que inclusive eu me instiguei naturalmente ao escrever esta resenha. Só posso terminar parabenizando cada um dos membros do Mensageiros do Vento por esta complexa, excelente e emblemática Opera Rock chamada Anunnaki.
Nota: 10,0.Por Fernando R. R. Júnior
Outubro/2020
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