Cage - Science Of
Annihilation
13 faixas - Music Buy - Importado - 2009
Dois anos após o conceitual Hell Destroyer (
leia resenha ) o
quinteto Cage, baseado em San Diego - Califórnia ( EUA )
e
liderado pelo vocalista Sean Peck e em conjunto com
Dave Garcia e Anthony Wayne
McGinnis nas guitarras, Mike Giordano no baixo e Norm Leggio
na bateria trazem o álbum Science Of Annihilation
gravado, produzido, mixado e masterizado pelo
guitarrista Dave Garcia neste ano de 2009 ( exatamente em maio ) no Viper Studios em San Diego,
resultando em 13 excelentes doses do bom e velho heavy metal para
saciarem a sede dos seus exigentes fãs que já se habituaram
com a ótima, pesada e marcante sonoridade da banda.
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Aberto com
The Power Of That
Feeds que faz a sinistra introdução com vozes computadorizadas para
que a poderosa Planet Crusher já entre rasgando e destruindo com
tudo no melhor estilo consagrado pelo Judas Priest. Sim, a primeira
lembrança que vem a cabeça é o som dos ingleses, só que com um heavy
metal rápido e próprio, digno de se bater a cabeça, aliás, Sean Peck canta com
muita fúria, além disso, podemos notar o incansável baterista Norm Leggio
martelando com força seus bumbos, e também, a
aceleração da entrosada dupla de guitarristas Garcia/McGinnis.
Scarlet Witch não dá descanso, é mais agressiva ainda que
a anterior e prova que a linha de metal tradicional aliado com muito
peso, já vista em Hell Destroyer é mantida aqui e garante ao
Cage
o título de um dos expoentes do heavy metal norte americano. A
quarta de Science Of Annihilation é a rápida Spirit
Of Vengeance onde já vemos de cara os riffs de Dave Garcia e Anthony Wayne
McGinnis em parceira com os vocais pesados de Sean Peck - que aplica
muito feeling a cada verso cantado, especialmente no refrão
que facilitará muito ao vivo para os fãs cantarem juntos. Porém,
quando é chegada a hora dos solos, a vigorosa artilharia
sonora está ainda mais matadora que nos dois álbuns anteriores.
Black River Falls
tem uma
seqüência instrumental inicial avassaladora e desta vez é notada a
influência de King Diamond no som do Cage e como resultado temos
vocais agudos e pesados, solos rápidos e a bateria sendo espancada
sem perdão por Norm Leggio. Atenção para o trecho mais melódico: aí você sentirá que
Sean Peck aprendeu direitinho as lições deixadas
pelo senhor dinamarquês Kim Bendix Peternsen ( para quem
não sabe, nome do vocal King Diamond ). Operation Overlord
( nome código da grande operação de guerra que
deu início à retomada do continente Europeu pelos aliados, até então dominado
pela Alemanha Nazista durante a II Grande Guerra Mundial ) de
forma mais cadenciada, com
direito a um pequeno discurso sobre o Dia D - o mais longo dos dias.
Não tem como
ouvir Operation Overlord e não sentir o poder de fogo do Cage: seja nos
vocais de Sean Peck ( e seus longos e finos agudos ) ou na forma
eletrizante que
são tocadas as guitarras. Com a presença dos teclados temos Power Of
A God, a nona de Science Of Annihilation, que traz aromas bem
interessantes ao mesclar o ritmo das guitarras mas cadenciado com os
triggers realizados na bateria, mas o que chama a atenção mesmo são
os fortes gritos do vocalista e os solos de guitarras que são dignos
para praticar o headbanging.
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Em
Speed Kills temos o Cage em
uma das mais velozes faixas do cd, onde percebo um lado mais
para Judas Priest e a forma que são cantados seus os versos, não tem como
não curtir logo já na primeira audição, se não concorda, ouça e veja se
consegue ficar parado - especialmente no final monstruoso que a canção
possui. Stranger in Black abre com um vigoroso set instrumental e
uma grande fúria por parte do vocalista Sean que crava sua forma
agressiva de cantar em um heavy metal envolvente.
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Em seguida temos
Die Glocke, um quase thrash cadenciado cheio de muita pegada nos bumbos de
Norm e com vocais finos e sinistros a la King Diamond trazendo um
clima de caos total, com destaque para os solos de guitarra da dupla
Garcia/McGinnis.
E na trinca
final do cd, que é interligada e começa com Spectre Of War que
mais parece uma balada
cheia de agudos e com muita emoção, mas, quando a velocidade começa
a ser aumentada, seja nas atuações dos guitarristas ou do baterista, já chega-se, sem notarmos em Science Of Annihilation e aqui o Cage
nos conduz para uma pancadaria veloz e desenfreada que é praticamente
um thrash, para bangear sem parar, ainda mais sendo cantada com
muita ira por Sean Peck que manda seus agudos com a força total de seus
pulmões. At The Edge Of The Infinite com seus trechos falados, vem
como um epitáfio para encerrar de forma magnífica essa trilogia
final que deve ser alçada como o melhor momento do disco e deve ser
ouvida novamente, isso sim é heavy metal do século 21. Essa aliança de vocais agudos,
guitarras velozes, influências claras dos 80 proporciona aos fãs do Cage
exatamente o que eles esperam: heavy metal agressivo e rápido.
Site:
www.cageheavymetal.com
Por Fernando R. R. Júnior
Setembro/2009
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