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Exodus -
Persona Non Grata
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Aliás, como temos 'Personas Non Grata' em nossa sociedade no momento, algumas até ocupando cargos importantes e que jamais poderiam estarem lá, mas, enfim... Bem a capa do disco é o artista sueco Par Olofsson, que pela terceira vez exibiu seu talento em um álbum do Exodus e desta vez com um ser alado de três cabeças sentado em uma pilha de mortos e moribundos em um mundo repleto de sangue enquanto que os policiais mortos-vivos espancam sem motivo nenhum os poucos sobreviventes doentes e apodrecidos tentando a piedade da horrenda criatura, que na visão de Gary Holt simboliza o seguinte: "É um anjo, é um demônio? Você realmente não sabe se o mundo está sendo criado ou destruído". Detalhe... na parte interna do cd essa criatura sumiu... deixando no ar a pergunta para onde ela foi?
Por conta da famigerada pandemia, Persona Non Grata foi gravado nos estúdios caseiros de Steve "Zetro" Souza ( vocais ), Lee Altus e Gary Holt ( guitarras ), Jack Gibson ( baixo ) e Tom Hunting ( bateria ) com a ajuda do experiente Andy Sneap ( Judas Priest, Megadeth, Testament, Accept, entre tantos outros ), sendo que ele também cuidou da mixagem e da masterização, que foi realizada no Backstage Studios em Derbyshire na Inglaterra. Vale dizer também que Steve Lagudi foi o engenheiro de som e fez o seu trabalho no Tom's Garage em Lake Almanor na Califórnia nos Estados Unidos. E informados destes detalhes, vamos aprofundar nas doze pedradas deste Persona Non Grata.
E é justamente com a sua faixa título, a Persona Non Grata, que este petardo do Exodus é aberto e nos expõe ao seu Thrash Metal incendiário e de solos de guitarras vibrantes, que além da sua bateria pulsante, tudo está devidamente sincronizado para que Steve "Zetro" Souza vocifere com muita fúria cada um de seus versos desta veloz e impactante composição, que apresenta com habilidade os seus momentos cadenciados. E não tenho como deixar de evidenciar o brilho contido nos solos de guitarras feitos por Gary Holt e Lee Altus, que acertam em cheio o fã de Heavy Metal ( tente ouvir e conseguir ficar sem banguear ). Depois desta marcante avalanche, o quinteto dispara R.E.M.F. ( cujo significado é 'Rear Echelon Motherfuckers' ), que possui um andamento carregado e completamente contagiante com uma linhagem instrumental do mais puro Thrash Metal com o baixo de Jack Gibson e com a bateria de Tom Hunting fazendo a diferença para que os solos da dupla de guitarristas e os vocais possam juntos despertar o desejo de ir para a roda imediatamente pela incansável intensidade aplicada por eles.
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A sétima é a cadenciada The Years Of Death And Dying, que no refrão ganha em melodia e conta com uma atuação impecável de Steve "Zetro" Souza destilando muito ódio a cada instante, que mantém Persona Non Grata com a pulsação sempre no alto com referências à grandes nomes que nos deixaram ( confira e descubra quais são ), onde eu te conclamo caro leitor(a).... confira a maestria de seus solos de guitarras na crueza maravilhosa de seu Thrash Metal.
Tom Hunting e Jack Gibson entregam um padrão aniquilador para a seguinte, que é a Clickbait e que chega como um raio estourando em nossos ouvidos de forma que Steve "Zetro" Souza conte em sua letra das armadilhas sensacionalistas tendenciosas com a intenção de garantir mais "views'" para os sites ou mesmo manipular as massas, uma 'maldição' que realmente existem aos montes na Internet. Sobre a parte rítmica da música tenho que dizer que... além de ser arrasadora, ela conta com solos fulminantes de Gary Holt e de Lee Altus fazendo que você ou soque o ar ou vá direto para a roda querendo trucidar com tudo.
Em seguida temos os excelentes dedilhados acústicos de Cosa Del Pantano, que fazem uma quebra da aniquilação das anteriores e nos preparam para o próximo massacre, que está presente em Lunatic-Liar-Lord, pois, o Exodus novamente envia outro Thrash Metal acelerado de vocais raivosos e de ritmo intenso e avassalador. Entretanto, não é só isso, pois, após os momentos relativamente calmos da música, os caras se manifestaram ainda mais implacáveis na parte final desta faixa, que conta com Rick Hunolt ( ex-Exodus e atual Die Humane ) e e Kragen Lum do Heathen nos solos caóticos de guitarras juntos à dupla do Exodus antes do refrão reaparecer para um término simplesmente épico me levando a berrar: "Que Sonzeira explosiva!!!!"
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Terminando esta resenha quero que você leia esta reflexão de Gary Holt: "Como banda, estou super grato. Eu vi muitas coisas ao redor do mundo e ainda somos uma banda que se ama, apoiamos um ao outro e realmente gostamos de sair um com o outro. Pense o que quiser, mas eu sou o maior fã desta banda. Nós escrevemos músicas que são projetadas para nos fazer sentir animados e é por isso que ainda é pesado". E eu aqui posso afirmar que Gary Holt está certo e junto aos demais colegas do Exodus cravou um dos melhores discos de 2021 ( confira a minha lista ) e - indiscutivelmente - o melhor de Thrash Metal com este Persona Non Grata, que no Brasil foi lançado graças à parceria da Shinigami Records com a Nuclear Blast.
Aliás, das doze canções presentes neste álbum não existem favoritas, todas de Persona Non Grata são igualmente trituradoras. E se você, caro leitor(a) do Rock On Stage acompanha a banda e não ouviu ou mesmo não adquiriu este fabuloso disco... saiba que você poderá ser considerado(a) como uma Persona Non Grata também.
Nota: 10,0.Por Fernando R. R. Júnior
Maio/2022
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