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Graveyard -
Peace
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A produção é de Chips Kiesbye ( The Hellacopters e Michael Monroe ) enquanto que os processos de engenharia e mixagem são assinados por Stefan Bomane foram realizadas no Park Studio em Estocolmo na Suécia entre dezembro de 2017 a fevereiro de 2018. Algumas gravações adicionais aconteceram no Music-a-Matic Studios em Gotemburgo em janeiro de 2018 aos cuidados de Chips Kiesbye e Henrik Lipp. Já a masterização é assinada por Sören Von Malmborg e foi realizada no Cosmos Mastering também em Estocolmo. A capa que exibe a surrealidade e a fragilidade de uma fonte sustentando o logotipo do Graveyard é um desenho do artista Ulf Ludén.
Sobre as gravações e a forma que registrou o álbum, o produtor Chips Kiesbye disse: "Eu queria capturar o poder e a energia que a banda tem ao vivo. Então resolvemos gravar o álbum da maneira como todos os antigos clássicos foram gravados: sem metrônomo, bateria programada, playbacks ou truques de estúdio. O plano era mantê-lo simples e puro, apenas a banda e sua música. Tudo o que adicionamos a uma música tinha um motivo para estar lá e não apenas preencher um espaço". Então chegou a hora de descobrir se eles conseguiram.
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A lenta e até nostálgica See The Day é cantada com muita emoção pelo baixista Truls Mörck em meio a toques entristecidos na guitarra, que produzem um momento para uma reflexão e também para uma ótima viagem. A intensa Please Don't é a quarta de Peace e aparece com um ritmo denso e cadenciado, que é vocalizado com um tanto de agressividade por Joakim Nilsson capturando o ouvinte facilmente, pois, desperta o desejo de socar o ar em sua audição, especialmente nos seus faiscantes solos de guitarras. Outro ponto forte é como o Graveyard deixa a música elevar-se e aumentar o prazer de curti-la durante suas evoluções instrumentais. The Fox mistura um andamento excelente com vocais repletos de carisma em uma linha mais Rock de solos puramente eletrificados, que são puramente setentistas e que tornarão esta uma canção que deverá frequentar os shows da banda.
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Com um ritmo mais rápido e pesado, que é dotado de um estilo inflamável, A Sign Of Peace é a penúltima ( mas, já?!?!? sim ouça o disco e entenda como você também pensará assim ) de Peace e aqui Joakim Nilsson canta seus versos com uma quantidade grande de raiva, onde eles modificam o andamento da música mais ao final de um jeito único. Por fim, os suecos disparam a Low ( I Wouldn't Mind ), uma canção de variações contagiantes em seu Rock'n'Roll épico em que habilmente percebe-se como o quarteto libera a música para que ela caminhe por viagens só imagináveis por quem conhece do que se fazia nos anos 70. É ouvir e sair pulando pela turbulência executada por eles em que sentem-se as guitarras conversando entre si, além é claro dos vocais sempre acentuados até que em seu final eles expandam seu ritmo ao máximo para terminar em uma viagem surreal.
Como já era a minha expectativa desde quando recebi este álbum lançado pela Shinigami Records em parceria com a Nuclear Blast, o Graveyard não só conseguiu o que se propôs a fazer em Peace como se superou e nos colocou diante de dez grandiosas composições em pouco mais de quarenta minutos, que deixam claro porque o Rock Clássico nunca não irá morrer. Em suma, é tempo de se ligar nesta sonzeira.
Nota: 10,0.Por Fernando R. R. Júnior
Maio/2019
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