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Kataklysm -
Meditations
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Após algumas breves e sombrias falas, a dilaceração começa com Guillotine expressando toda a fúria contida nos vocais de Maurizio Iacono com um Death Metal técnico e envolvente. A violência sonora segue firme com Outsider, que não é tão acelerada, mas suas linhas instrumentais te conectam à música e te convocam para banguear, além de fazer você querer acompanhar também seus vocais sempre raivosos e sentir o seu baixo exterminador tocado por Stephane Barbe. Sem tempo para respirar, pois, com o Kataklysm é porrada em cima de porrada, e agora, eles enviam a trituradora The Last Breath I'll Take Is Your, que instantes depois de um elaborado princípio, segue crua e devastadora com Maurizio Iacono vociferando seus versos com muita cólera mantendo isso em alta durante as criativas viradas realizadas pelos demais.
Na quarta, o quarteto nos mostra sua faixa mais sinistra até aqui com a cadenciada e assustadoramente agressiva Narcissist, cuja rispidez de seus vocais só não impacta mais que os seus toques de bateria e de baixo capitaneados por Oli Beaudoin e Stephane Barbe, respectivamente. Dotada de mais velocidade e solos esbanjando muita categoria Born To Kill and Destined To Die passa toda a raiva em seus vocais devidamente urrados e também um andamento muito cativante em que é impossível apontar quem se destaca mais, pois, a banda soou simplesmente perfeita nesta faixa. Em seguida é a vez da Intensa e frenética In Limbic Resonance, que começa avassaladora e prossegue com ritmos consideravelmente esmagadores, que contém momentos melodiosos antes de outra sessão de urros ferozes pronunciados com garra por Maurizio Iacono, que flertam com o Black Metal e exibem também alguns versos em que os vocais estão rasgados demonstrando a versatilidade do vocalista.
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Antes de comentar o DVD incluso aqui devo dizer que Meditations é possuidor de dez composições técnicas, verdadeiramente moedoras, marcantes e denotam porque o Kataklysm é respeitado e bastante atuante nestas quase três décadas de existência. A Moment In Time Shadows And Dust Serenty Of Fire é o nome do DVD que começa com um show em Munique na Alemanha no Backstage no sábado 21 de outubro de 2017.
Já no palco o quarteto inicia suas matadoras atividades com a execução na integra do álbum Shadows & Dust de 2002 com a música In Shadows & Dust em que vemos seu Death Metal com toda a sua fúria costumeira levando os fãs a socarem o ar imediatamente. O ataque continua em Beyond Salvation em que notamos a atuação poderosa da banda no palco. Why These 2 Albuns? é uma breve entrevista com a banda ( infelizmente, esta e todas as outras não tem legendas, então você poderá testar sua compreensão de inglês ), onde falam sobre os discos envolvidos no set do show.
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Em We Have a Different Drummer, eles comentam do então novato na banda, o baterista Oli Beaudoin e retornando ao show, vemos os alemães no show completamente empolgados pelo quarteto serem filmados a pedido do vocalista Maurizio Iacono, que anuncia a música densa e voraz Face The Face Of War. Em seguida, tocam a Years Of Enlightment/Decades In Darkness, que levam à uma insana roda na plateia finaliza a primeira parte do show.
Intermission é a entrevista entre o final da primeira parte do show e o início da segunda, que ocorre com a exibição de faixa por faixa do álbum do Serenity In Fire e que começa com The Ambassador Of Pain, uma bordoada simplesmente visceral exibida à plena velocidade pelo Kataklysm, que segue com The Ressurected e se mostrou outro Death Metal dos mais dizimadores possíveis. Falando sobre seus seguidores temos a intervenção The Fans e em instantes, As I Slither, que é precedida por uma fala do vocalista antes de colocar a casa abaixo com seu Death Metal com direito à um fã subir no palco e realizar um 'mosh', além de muitos 'stage divings' para desespero da equipe de segurança. A aniquiladora For All Our Sins chega como um rolo compressor em que fica evidente o grau do Death Metal praticado pelos canadenses.
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Se apenas com o cd Meditations já fiquei bastante impressionado com a categoria exteriorizada pelo Kataklysm ( bem não esperava menos, se considerar a pedrada que é o anterior, que citei no começo desta resenha ), após curtir este magnífico show com dois álbuns clássicos tocados na integra e na sequencia de suas músicas em estúdio, só posso concluir que estamos diante de um item de colecionador mesmo e imperdível aos seguidores da banda e do Death Metal.
Nota: 10,0.Por Fernando R. R. Júnior
Março/2021
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