|
|
E o décimo primeiro disco de estúdio dos norte americanos e assunto desta resenha - cujo título é simplesmente XI - marca a volta do imponente Mike Howe nos vocais do quinteto. Isso começou a ser definido em julho de 2014 quando o vocalista estava trabalhando com o guitarrista e líder do Metal Church, Kurdt Vanderhoof em um projeto com Nigel Glockler do Saxon, e depois muitas conversas, Mike Howe acertou seu retorno com a intenção de retomar a mística dos álbuns clássicos que gravou com a banda, tais como Blessing In Disguise ( 1989 ), The Human Factor ( 1991 ) e Hanging In The Balance ( 1993 ). E neste objetivo, XI foi concebido pelos citados Kurdt Vanderhoof e Mike Howe, além de Steve Unger no baixo, Jeff Plate na bateria e Rick Van Zandt na outra guitarra. Inclusive, o fundador Kurdt Vanderhoof assina também a produção, a mixagem e a masterização ( essa última ao lado de Chris "Wizard" Collier ), além de ter feito também a bela e direta capa do cd ( cujo encarte é simples e merecia mais páginas ). Sabendo destas informações é hora de descobrir o porque da importância da volta Mike Howe ao Metal Church.
Aberto com os sempre eletrizantes riffs de guitarras da entrosada dupla Kurdt Vanderhoof e Rick Van Zandt, que trazem o 'Metalzão' de Reset, o Metal Church já deixa claro a sonzeira que seremos expostos neste cd e que a escolha de Mike Howe para o posto de vocalista foi correta, pois, temos uma canção muito contagiante de vocais com aquele estilo oitentista de vocais raivosos logo de cara. Depois, a garra e a vibração contidas nos solos 'cavalgantes' de guitarras nos levam para Killing Your Time, que é vocalizada com destreza por Mike Howe e no refrão somos convidados para gritar seus versos com ele. E já te antecipo caro leitor(a)... faz muito bem ouvir um álbum assim, que está repleto de solos de guitarras e também uma atuação marcante do baterista Jeff Plate.
|
|
Em Sky Falls In temos linhas mais Bluesadas, que se solidificam para um Hard´n´Heavy cadenciado e cantado com vigor por Mike Howe, que está sempre envolto por uma significativa e habilidosa base instrumental, a qual posso apontar como exemplo os toques do baixista Steve Unger e do baterista Jeff Plate ( que faz cada virada em contratempos, que recomendo ficar com os ouvidos atentos ) e isso, sem mencionar os reluzentes solos de guitarras. A acelerada e deveras envolvente Needle And Suture é a sexta de XI e através de um andamento mais encorpado - próximo ao Thrash - segue mantendo a voltagem do cd lá no alto, sendo que ficamos focados em seus riffs galopantes, nos toques de bateria e no vozeirão de Mike Howe, que torna-se um pouco agressivo nos momentos corretos.
Na próxima, que é a Shadow, o baixista Steve Unger traça junto aos guitarristas Kurdt Vanderhoof e Rick Van Zandt, os caminhos relativamente mais sombrios e totalmente Heavy Metal para que o vocalista passe muito 'feeling' em seus versos, que ora estão em um estilo mais cadenciado, ora em outro mais melodioso. De princípio mais obscuro e linhas instrumentais épicas, que ao tilintar dos solos de guitarras nos evidenciam um Heavy robusto, Blow Your Mind é a oitava cativante canção de XI, que percorre trilhas eficientes que apreciamos instantaneamente, pois, sua aura é puramente no estilo do Judas Priest.
|
|
Na maioria das músicas de XI, você sente que elas não terminam, o que abre o espaço para imaginar os improvisos que podem serem realizados em suas execuções ao vivo, ou seja, um considerável aumento dos solos de guitarras, baixo e bateria de forma que somente poucos nomes na história são capazes de fazer, e o Metal Church é seguramente um deles. Fãs de Accept, W.A.S.P. e Judas Priest fiquem atentos neste disco, que é um dos mais empolgantes do ano.
Nota: 10,0.Sites: http://metalchurchofficial.com/ e https://www.facebook.com/OfficialMetalChurch.
Por Fernando R. R. Júnior
Setembro/2016