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Após as férias, no dia 9 de outubro de 2013, o líder Tuomas Holopainen ( teclados ) anunciou que tanto ela, quanto o músico de apoio Troy Donockley ( gaita irlandesa, flauta, tin whistle ) seriam membros oficiais do Nightwish ao lado de Marco Hietala ( baixo e vocais ), Emppu Vuorinen ( guitarra e violão ), Jukka Nevalainen ( bateria - que devido à problemas de saúde foi temporariamente substituído por Kai Hahto do Wintersun ). E para 2014, a banda iria começar os trabalhos de seu oitavo álbum de estúdio, que foi lançado em março de 2015 com o título de Endless Forms Most Beatiful e o primeiro da banda com o formato de sexteto. Suas gravações aconteceram no Röskö Campsite em Kitee entre agosto e setembro de 2014 e no Petrax Studio em Hollola em outubro de 2014, com os cuidados de Tero "TeeCee" Kinnunen e o renomado Mikko Karmila. O processo de mixagem foi realizado Finnvox Studios em Helsinque na Finlândia também por Mikko Karmila entre outubro e dezembro de 2014 e sua masterização feita em janeiro de 2015 é do mestre Mika Jussila no Finnvox. As orquestrações foram todas conduzidas por Pip Willians ( que já trabalhou nas trilhas do filme Senhor dos Anéis ) e cravou aqui um reluzente trabalho.
Endless Forms Most Beatiful teve seu título extraído do livro A Origem das Espécies de Charles Darwin, seu conceito lírico e a maioria de suas letras são baseadas nos livros do professor Richard Dawkins, que abordam as ideias do biólogo e naturalista britânico Charles Darwin e do cientista, astrobiólogo, astrônomo, astrofísico, cosmólogo norte americano Carl Sagan em suas teorias evolucionistas. Inclusive o professor Richard Dawkins foi convidado a participar do cd com trechos falados que foram gravados no Hats Off Studios em Oxford por Michael Taylor nas faixas Shudder Before Beatiful e The Greatest Show On Earth. A capa e encartes de Endless Forms Most Beatiful são de autoria de Janne e Gina Pitkänen e já impactam pela sua formidável arte.
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O primeiro clipe e single do cd, a Élan continua Endless Forms Most Beatiful e seu ritmo é totalmente envolvente graças as suas harmonias mais suaves, cujo fio condutor torna a se elevar e difundir muita positividade a maneira que é vocalizada e produz aquela vontade de cantar junto com o Nightwish cada um de seus versos pela maneira encorpada que são cantados, especialmente no final.
Como um rompante em linhas orquestradas bastante cinematográficas, Emppu Vuorinen nos envia solos de guitarra mais vigorosos para Yours In An Empty Hope entrar com seu estilo mais sobrecarregado, ou seja, uma produtiva imersão dentro do Metal Sinfônico, porém, deveras imponente com Floor Jansen e Marco Hietala dividindo os vocais. Só até aí já seria uma marcante canção, mas ainda temos mais, pois, o Nightwish aplica também trechos mais progressivos com perfeição em uma atmosfera levemente sombria até regressar com seu andamento pesado.
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De volta as linhas mais tensas e pesadas chegamos na faixa título, a Endless Forms Most Beatiful, que exibe seus versos vocalizados de forma serena por Floor Jansen, que controla a intensidade de sua voz aumentando sua potência conforme o estilo sinfônico da canção solicita em uma atuação magnífica dos demais membros da banda, que mantém o fã ligado em sua harmonia a cada um de seus minutos.
De certa forma acalmando um pouco, Edema Ruh traz versos encantadores, que são cantados com formosura pela bela vocalista até que recebam suas dosagens de peso, onde o destaque fica para os solos de guitarra de Emppu Vuorinen e a fortificada base de teclados, baixo e bateria, de Tuomas Holopainen, Marco Hietala e Kai Hahto, respectivamente em admiráveis evoluções, que contam também com as intervenções de Troy Donockley e seus instrumentos exóticos em seus pontos certeiros. Alpenglow já começa angustiada em suas linhas instrumentais, mas assim que Floor Jansen canta somos surpreendidos por seus vocais ternos e comoventes, que alternam-se para momentos mais irados e outros que somam-se ao coro do The Metro Voices tornando esta nona música de Endless Forms Most Beatiful outro significativo momento do cd, graças as suas viradas de andamento que mergulham em linhas sinfônicas.
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Depois, o professor Richard Dawkins narra em meio a uma melodia belíssima progressiva alguns versos de Chapter II: Life, que apresenta alguns momentos mais coléricos de Endless Forms Most Beatiful com direito a Floor Jansen soltando alguns vocais mais agressivos, além da característica do Heavy Metal mais sinfônico densamente explorada pelo Nightwish ao longo dos anos e aqui versando de forma mais direta a evolução do planeta até a chegada dos humanos. Essa linhagem vai continuar em Chapter III: The Toolmaster, onde eles incluíram sons de diversos animais com um andamento mais sombrio e bastante pesado, onde destacam-se os ótimos riffs de guitarra de Emppu Vuorinen e também Marco Hietala dividindo os vocais com Floor Jansen, porém, expressando mais raiva ao cantar.
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O Nightwish lançou um dos seus melhores discos da carreira, que superou o ótimo Imaginearum e está de igual para igual aos primeiros e já clássicos álbuns como Century Child, Wishmaster e Once. Endless Forms Most Beatiful, que aqui saiu pela Dynamo Brasil é disparado um dos melhores de 2015, comprovou que a escolha de Floor Jansen nos vocais e a entrada de Troy Donockley foram devidamente acertadas para que o crescimento da banda fosse ainda maior e continuasse a surpreender sua imensa legião de fãs, que está levando aos shows serem decretados como "sold out" em praticamente todos os lugares onde se apresentam.
Nota: 10,0.Site: www.nightwish.com, http://www.facebook.com/nightwish
e http://www.youtube.com/Nightwishofficial.Por Fernando R. R. Júnior
Setembro/2015(*) "There is grandeur in this view of life, with its several powers, having originally Been Breathed into a few forms or into one; and que, whilst this planet has gone cycling on According to the fixed law of gravity, from so simple a beginning endless forms most beautiful and most wonderful Have Been, and are being, evolved. "
"Não há uma verdadeira grandeza nesta forma de considerar a vida, com os seus poderes diversos atribuídos primitivamente pelo Criador a um pequeno número de formas, ou mesmo a uma só? Ora, enquanto que o nosso planeta, obedecendo à lei fixa da gravitação, continua a girar na sua órbita, uma quantidade infinita de belas e admiráveis formas, saídas de um começo tão simples, não têm cessado de se desenvolver e desenvolvem-se ainda!".