|
Quiet Riot - Rehab
2006 - Hellion Records - 11 faixas
Com dois anos de atraso,
eis que sai no mercado nacional o último disco do grupo americano
Quiet Riot. E começa bem com Free, uma paulada na orelha
para dizer por que veio. Blind Faith e South Of Heaven
mostram que a banda não parou no tempo e evoluiu muito bem obrigado,
sem cair nas besteiras que muitos inventam quando querem se
modernizar. Ponto para banda de novo. Ao final do South Of Heaven
você acaba impressionado com o groove de Frankie Banali (
baterista e produtor ) e com a gaita que emenda a música à sua
sucessora, Black Reign, que também tem uma bateria solo e não
condutora como deveria ser.
|
Old Habits,
Die Hard é a balada do disco recheada com um climão gospel, talvez
devido à presença de ninguém mais ninguém menos que Glenn Hughes,
que co-escreveu essa e mais umas três no disco todo, sem falar na
penúltima na qual ele toca baixo e canta ao lado de Kevin.
Chega a hora de um grande destaque do disco, Strange Daze In Harms
Way, fudida, com guitarras rasgantes, bateria nunca antes ouvida
nesta banda, baixão marcante e um vocal de outro mundo. A guitarra é
cristalina e impressionante. Ponto para o guitarrista Neil Citron
e o baixista Tony Franklin ( ex-The Firm ).
|
|
|
Vale
ressaltar que nos últimos anos o Quiet Riot deixou de ser uma
banda para se tornar uma dupla, centralizada em Kevin Dubrow (
recém falecido,
leia especial
aqui ) e Frankie Banali e os dois dão um show de
excelência no álbum todo amparados pelo exímio Tony Franklin e
o já citado Neil Citron. Infelizmente após a morte de Kevin
( ocorrida no dia 25 de novembro de 2007 ) a banda não existirá
mais ao vivo. Talvez Frankie ainda tenha algo em arquivo para
ser lançado, mas seria só isso e mais nada sem a presença de Kevin
'alive and well' Dubrow.
|
It Sucks To Be
You levanta o astral como as bandas de hard conterrâneas do Quiet
Riot faziam em 89. O clímax do álbum se direciona para Evil Woman,
versão de uma música do Spooky Tooth que conta com 'The Voice Of
Rock' Glenn Hughes tocando baixo e dividindo os vocais com
Kevin. Mais de oito minutos de uma obra prima, uma bela e digna
despedida de Kevin DuBrow. No final dela, ao invés de uma salva de
fogos como seria feito em um show, temos Frankie solando sua
bateria como um polvo. De bônus temos Wired To The Moon que nada
mais é que uma digna AOR co-escrita por Hughes. Nota: 9.
Por Alexandre WildShark
Voltar para Resenhas |