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Rage -
Seasons Of the Black
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Já a capa com a tradicional caveira Soundchaser ( mascote da banda ) desenhada por Karim König em um cenário como sempre apocalíptico. Além dos dois músicos citados, o line up atual e consistente do Rage é completado pelo baterista Vassilios "Lucky" Maniatopoulos. A partir de agora vamos começar a entender porque o Rage está em grande fase depois de mais de 35 anos de estrada.
Após uma breve sonoridade sombria, o Heavy Metal pesado e envolvente contido na faixa título, a Seasons Of The Black eclode espalhando seus eficazes solos de guitarras em um ritmo encorpado em que percebe-se como a música está harmonizada liberando Peter "Peavy" Wagner para nos cativar com seus vocais. Em seguida temos a acelerada Serpents In Disguise em uma crítica a onda populista que está aparecendo no mundo feita em um convincente Heavy Metal, que destaca os riffs do guitarrista Marcos Rodriguez e também o seu refrão, que facilmente ficará na memória. Apresentando um princípio pesadaço de baixo e de bateria, Blackned Karma é sobre o efeito borboleta e como tudo está conectado ao que acontece através de um andamento deliciosamente carregado em que Peter "Peavy" Wagner canta de forma mais suave produzindo um marcante Heavy Metal.
Com uma quantidade de velocidade considerável e vocalizações portando um tanto de agressividade, Time Will Tell aborda os efeitos da histeria causada pelo terrorismo em uma canção que contém um alto poder de capturar o ouvinte rapidamente, especialmente, por suas habilidosas linhas instrumentais calcadas no mais legítimo Heavy Metal. Na quinta composição de Seasons Of The Black, que é a cadenciada Sepitic Bite, o colecionador de ossos Peter "Peavy" Wagner explica que imagina que um T. Rex deveria ter uma bactéria em seus dentes e na sua boca que ajudariam a matar sua presa logo após a sua mordida, e isso é explanado em vocalizações exalando uma certa quantidade de cólera ao cantar seus versos, que estão amparados por solos bastante melodiosos, que terminam com um berro do citado dinossauro.
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E saiba que seu refrão será memorizado assim como seu final, que aparece aos dedilhados e servem para realizarem a ligação com a Part III - Bloodshed In Paradise, que responsabiliza com uma boa dose de cólera os grandes problemas vividos no resto do mundo, que foram originados pelas grandes nações europeias ao colonizaram o resto do mundo com seus hábitos arrogantes. Peter "Peavy" Wagner canta novamente com mais ira e os demais entregam uma música que alia peso e melodia de forma bastante sintomática. Para finalizar o cd e esta suíte metálica The Tragedy Of Man, o Rage nos coloca diante da Part IV - Farewell, que é a melódica e emocionante pelo formato escolhido por Peter "Peavy" Wagner ao cantar seus versos, pois, passa a nítida impressão de que ele procura se desculpar pela imbecilidade humana em um ótimo momento para uma reflexão interior, que termina bastante sugestiva.
Se acabasse aqui, Seasons Of The Black já seria um discão altamente recomendável de se ter em sua coleção, mas temos um segundo cd com mais seis faixas que foram originalmente gravadas no álbum Prayers Of Steel ( 1985 ) e EP Depraved To Black ( 1985 ), quando o Rage ainda era o Avenger e sobre este disco, o líder Peter "Peavy" Wagner se esclarece: "Este cd é um presente para nossos fãs e para nós mesmos. Essas músicas estão entre as primeiras que escrevi e foram lançadas sob o antigo nome da banda, mas são músicas do Rage, naturalmente, e nós as reescrevemos para trazê-las de volta a casa, por assim dizer. Essas músicas são atemporais e ainda funcionam perfeitamente. Foi muito divertido recriá-las com a formação atual".
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A cadenciada e devidamente fortificada a cada trecho Sword Made Of Steel produz aquele andamento épico de batalha que alçou nomes como o Manowar ao sucesso e que tanto gostamos, comprove sentindo seus solos de guitarra e tente não socar o ar em sua audição. A última deste Avenger Revisited é a 'pé embaixo' Down To The Bone, onde não foi economizado nem um pouco de potência, voltagem e garra, sendo que isso tornou esta canção um Heavy Metal simplesmente explosivo, que certamente quem ouviu na época exclamou: "que sonzeira... essa banda vai longe...". E para nossa alegria... como foi e continua firme até hoje.
Seasons Of The Black e este Avenger Revisited uniram o presente e a origem do Rage em um mesmo álbum, que fizeram este lançamento da Shinigami Records no Brasil superar o anterior The Devil Strikes Again tanto que já pode sim ser considerado como um dos melhores da longeva carreira dos alemães, que não dá sinais que pretendem parar tão cedo, pelo contrário, a tendência é que novos álbuns tão grandiosos quanto este cheguem rapidamente por aí.
Nota: 10,0.Por Fernando R. R. Júnior
Abril/2019
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