Rush in Rio

 
    É amigos e chegou um dos discos mais esperados do ano e como não poderia deixar de ser, nós aqui do Rock On Stage não poderíamos deixar resenhar este grande lançamento.
 

    De cara, o álbum triplo ao vivo gravado no Rio de Janeiro no estádio do Maracanã no sábado dia 23 de novembro de 2002, no show que encerrou a Vapor Trails World Tour, abre com Tom Sawyer e ao desenrolar da música nota-se a perfeição do trio, quebrada somente pelos gritos extasiados dos fãs cariocas. Tem momentos que parece até um jogo de futebol com as torcidas gritando gol. Sem parar para respirar a segunda faixa deste petardo que somos brindados é Distant Early Warning e parece brincadeira mas se ouve-se o público cantando “ pan pan pan “ . É amigos o tempo passa, mas para bandas que nem o Rush não.


   Depois um grande hit do Rush em termos comerciais New World Man, e uma grande canção quando cantata ao vivo. Roll the Bones a canção seguinte com um punch super da hora; ouça. Após todo este tempo que Geddy Lee fala boa noite para o público presente e anuncia uma das canções mais recentes, Earthshine com forte peso na guitarra de Alex Lifeson.

  Em seguida a canção que deixa muitos boquiabertos por vê-la ao vivo YYZ onde o que muitos brasileiros queiram conhecer de perto vêem: o polvo da bateria Neil Peart, é legal que se ouve o público cantando ( tam taran tãn tan....) ao ritmo da música. Nem preciso dizer que foi um delírio total.

   
    Após algumas alguns instantes para que Geddy Lee respirasse a canção seguinte é The Pass, que é uma das faixas favoritas do baixista, tecladista e vocalista do Rush; e de muitos fãs também. Sem se perceber a música seguinte é Bravado com uma melodia linda e igual a original do disco.

    Em seguida The Big Money com seu ritmo animante e maravilhoso; um momento progressivo com The Trees com uma perfeição no violão espetacular, esta música nos remete aos tempos do rock progressivo e falando disto a faixa seguinte Freewill também deste período, que fica mais bela cantada ao vivo e o belo solo de baixo que não poderia deixar de comentar. É amigos Mr. Lee está muito bem ainda.

    Uma canção especialmente inclusa no set-list para os fãs brasileiros foi Closer to the Heart, além de ser uma das mais belas músicas do Rush, todos a cantam juntos. É estamos chegando ao final com Natural Science, calma o final do primeiro cd, que é uma grande canção da época do Permanent Waves, progressivaça.

   Para abrir o segundo cd deste fantástico Rush in Rio, temos One Little Victory que é uma bela pancada do último cd de estúdio Vapor Trails. Para não perder o peso, uma das músicas mais pesadas do Rush - Driven com alternações entre riffs fortes e parte mais melódicas. E mais uma de Vapor Trails Ghost Rider, que sintetiza com maestria a viagem que Neil Peart fez pelos Estados Unidos e Canadá após perder sua esposa e filha.



   Mais Vapor Trails com Secret Touch, que já considerava uma das melhores faixas deste álbum e ao vivo ela ficou ainda mais perfeita. Voltando no tempo de Roll The Bones, chega a vez de Dreamline outro grande momento do show. Outra bela música das antigas Red Sector A.

   Depois temos Leave This Thing Alone e The Rithym Method onde vemos todo o potencial do mestre Neil Peart, neste solo, muitos devem voltar a faixa e ouvir de novo para aprender como se toca bateria, é uma verdadeira aula de como se deve fazer. Afinal, temos apenas o maior baterista em atividade mostrando porque ele “é o cara”. E além de tudo isto, a música passa por nuances de jazz, é brincadeira!!!

  
   Enquanto o Mr. Polvo se recupera um pouco do espetacular solo, Geddy Lee e Alex Lifeson mandam Resist, numa linda versão acústica. Um dos momentos mais aguardados e mais pesados do show, com a execução de 2112, além de espetacular quando tocada ao vivo, esta música faz que todos rejam  os toques de bateria com os já falados ( tam taran tam tam ), é maravilhoso ouvir tudo isso. Apesar da intensa participação do público nesta faixa, no show de São Paulo ela foi um pouco maior.

  Já abrindo o terceiro cd do Rush in Rio, temos Limelight uma música muito linda da época do Moving Pictures. Um momento muito fantástico do cd é com La Villa Strangiato, além da parte instrumental perfeita e a participação do público temos também uma viagem promovida por Alex Lifeson, bem interessante mesmo ouça-a. A próxima é The Spirit of The Radio, que tem aquele riff inicial fantástico e todas as variações que fazem desta música uma das mais versáteis do Rush.

   Em seguida temos By Tor and The Snow Dog, que conta a história de dois cães que moravam num hotel que o Rush ficou hospedado na época da composição da mesma, e esses cães brigavam ; com isso nasce essa grande canção  e é super interessante a ligação que eles fizeram com Cygnus X-1 e Working Man que fecha a parte do Rio de Janeiro. Mas este final no show de São Paulo foi melhor, os cariocas que me desculpem.

   De bônus neste grande lançamento do Rush temos Between The Sun and Moon, numa versão em shows pela Europa que ficou mais pesada e que o disco e muito boa vale conferir. E para fechar este excelente lançamento triplo temos Vital Signs, que também ficou perfeita ao vivo. É mais um álbum que tem que entrar para a coleção dos Rushmaniácos.

Mais Rush  - clique aqui e www.rush.com

Por Fernando R. R. Júnior  

Voltar para Resenhas