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Sexta-Feira 22 de Novembro de 2002 - São Paulo - Estádio do Morumbi

   São Paulo. A terra da garoa. Lugar onde sempre tem a hora do Rush . . . 

Rush ! ! !

    Finalmente no Brasil um dos maiores shows que eu já vi. Geddy Lee, Alex Lifeson e Neil Peart, o maior power trio da história do rock : o Rush. O maior som!!! que peso na bateria!!! Que solo de guitarra, que baixo, teclados !!! Como é que somente só três pessoas podem fazer tudo isso ???

   É o Rush.

  Não foi apenas um show. Foi uma faculdade de música completa em apenas 3 horas. O show foi tão perfeito que não parecia ao vivo e sim um cd, mas era ao vivo, era o Rush, é espetacular, os três não erram, foi perfeito, sincronizado. Enfim só estando presente para ver como foi. 

   Neil Peart toca tão rápido que a sua sombra parece nem o acompanhá-lo na bateria. Alex Lifeson faz solos que você pensa: só tem uma cara na guitarra. E Geddy Lee agita, toca baixo com perfeição e teclados, e também canta. O tempo do show vai passando e você nem percebe !!! Como tudo isso é possível ???

 É o Rush.

O espetáculo é dividido em 3 partes...a primeira com 1:15 de duração um descanso de meia hora mais uma 1:15 e uma minipausa e mais 30 minutos de bis... coisa que lembra futebol em decisão, afinal estávamos num estádio: primeiro tempo quinze minutos de descanso, segundo tempo, parada para tomar água e prorrogação...!!!

     O palco é grande possui um grande telão e tem 3 geladeiras que ficaram funcionando durante todo o show e qual a finalidade dessas máquinas de lavar roupa ??? Não sei .. é coisa do Rush.  

    O espetáculo começa por volta das 10:00 horas com Tom Sawyer, talvez a música mais conhecida por aqui, num peso fantástico fazendo todo mundo cantar de pé, e depois brasileiro não sabe inglês. Em seguida uma bateria de clássicos "Distant Early Warning", "New World Man", "Roll The Bones". Não sabíamos se pulávamos ou se ficávamos de braços cruzados, mas com certeza, o êxtase era total, todos não acreditando no que estavam vendo. Depois chegou a hora de conhecer a primeira música de Vapor Trails, o novo álbum da banda, Earthshine com um peso e forte pegada. Depois chegou YYZ, onde o sincronismo é tanto que não dá para acreditar que só tem três. Em seguida Big Money e The Trees com um vídeo de árvores fantástico e que Neil Peart faz sons de pássaros na bateria!!! Para fechar a primeira parte Closer To The Heart com todo o estádio cantando e Natural Science. Se o show fosse só isso já valeria o ingresso, mas tinha mais, muito mais.
 

        Depois de meia hora de descanso no telão começa a ser mostrado um amanhecer maravilhoso e quase à meia-noite um dragão desperta acende um charuto e cospe fogo no palco e ´labaredaças' de fogo acedem mandando mais calor para a platéia era o começo da segunda parte, e mais pesada com One Little Victory. O dragão duela com a banda e acaba perdendo e volta para cuspir fogo de novo.. que é isso ??? É o Rush. Temos ainda Driven 'musicaça' de Test For Echo e mais três músicas ( sempre três ???) na sequencia de Vapor Trails: "Secret Touch", "Ceiling Unlimited" e Ghost Rider. Voltamos um pouco no tempo com Dreamline lindíssima, Red Sector A. Depois começa Leave That Thing Alone que pelo clip você entende que não deve mexer no que está quieto, e Neil Peart mostra no 'solaço' de bateria que inclui The Rhytm Method, que mostra como qualquer baterista deve reaprender a tocar bateria. Resist em versão acústica ... não tem como descrever é lindo demais.

    Mas o Rush é conhecido com uma banda de Heavyssivo e então fomos brindados com 2112  - Overture que era muito esperada pela galera, que fantástico. Foi incluído também Freewill música que o estádio cantou junto e com um solo de baixo impressionante. Teve também Limelight e La Villa Strangiato que contou com solos de guitarra e Alex Lifeson transformou num blues, Neil Peart colocou nuances de jazz e bossa nova onde se até ouviu "Garota de Ipanema"; para fechar a segunda parte The Spirit Of The Radio nem preciso dizer que todos adoraram.

    O bis ou terceira parte do show veio com Cygnus X - 1 num vídeo sensacional fazendo uma viagem no tempo e espaço com vários elementos sendo absorvidos por um "buraco negro" e um peso digno de bandas de metal, mas foi só a introdução da música. Aí tivemos By Tor & The Snow Dog também perfeita e com vídeo de dois cães duelando conforme a letra da música diz. Para fechar o show Working Man do primeiro disco simplesmente espetacular.  

É foi o Rush. E eu e muitos amigos vimos o maior
espetáculo do rock da atualidade.

    Agora é só aguardar pelo DVD duplo contendo o show do Rio de Janeiro no dia 23 de novembro com imagens de Porto Alegre e São Paulo. Também está sendo lançado um cd triplo ( vou ficar pobre ) ao vivo com a apresentação completa no Rio de Janeiro. Título - Rush in Rio ... 

Por Fernando Júnior
2002

Confira a turma que foi de Espírito Santo do Pinhal até o Morumbi em São Paulo para conferir o Rush ao vivo pela primeira vez no Brasil. Foram umas duas horas de viagem sensacionais.  Inclusive alguns de nós do Rock On Stage.

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