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Saxon -
Thunderbolt
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Este novo registro Thunderbolt foi gravado, produzido e mixado pelo mestre britânico Andy Sneap ( que já trabalhou com Arch Enemy, Kreator, Masterplan, Testament, Opeth, Nevermore, Megadeth, Trivium, Exodus e Judas Priest, aliás, banda que agora está integrando em substituição a Glenn Tripton, que afastou-se da em decorrência do Mal de Parkinson ) e foi realizada no Backstage Studios em Derbyshire na Inglaterra. Na capa temos um águia negra carregando uma espada envolta a um símbolo em meio a trovões, onde afirmo seguramente... mais emblemática impossível... neste desenho de Paul Raymond Gregory ( autor das capas dos discos Crusader de 1984, Dogs Of War de 1995 e Unleash The Beast de 1997 ).
Antes de mergulhar nas espetaculares faixas compostas para este álbum devo acrescentar que Biff Biford nos vocais, Paul Quinn e Doug Scarratt nas guitarras, Nibbs Carter no baixo e Nigel Glocker na bateria dedicaram Thunderbolt ao amigo Lemmy Kilmister do Motörhead, que nos deixou no dia 28 de dezembro 2015. A abertura é realizada de forma épica com a instrumental Olympicus Rising através de cativantes solos de guitarras, que nos conduzem para a pedrada certeira que intitula o álbum, a empolgante e devidamente Heavy Metal Thunderbolt em que a fusão dos solos de guitarras de Paul Quinn e Doug Scarratt com a inigualável voz de Biff Byford aconteceu novamente com perfeição, te convidando a cantar seus versos com ele e agitar em sua execução nesta imersão na Grécia mitológica, afinal, a música te infecta imediatamente e seu refrão vai para memória após uma audição.
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A rápida e intensa The Played Rock'n'Roll é a homenagem do Saxon ao Motörhead e seu andamento é quente e contagiante, assim como sua letra cativante, que sintetiza a história e a ideia dos shows do trio comandado pelo amigo Lemmy Kilmister ( inclusive, não é demais mencionar que a homenagem é estendida para o ex-baterista do Motörhead, o implacável Phil "Philthy Animal" Taylor, que também nos deixou em 11 de novembro de 2015 ).
E o melhor... esta música contém o 'DNA do Motörhead', sendo que nos solos, eles recebem o produtor Andy Sneap na guitarra, que eleva significativamente o potencial da composição, que tenho certeza que Lemmy aprovou lá do céu ( ou de onde ele estiver... ), sendo inclusive emocionante ouvir a voz dele ao fundo dizendo: "We are Motörhead and we played Rock'n'Roll". O vocalista Biff Byford nos contou mais sobre a energia contida em The Played Rock'n'Roll: "É, basicamente, sobre o Motörhead antigo, dos anos de 1979 e 1980, por volta de 'No Sleep Til Hammersmith', porque foi nessa turnê em que estivemos. É sobre a banda, de verdade, e sua música. Ela é similar, musicalmente, ao que faziam Lemmy e companhia."
Para a robusta Predator, Biff Byford divide os vocais com o grandalhão Johan Hegg do Amon Amarth, que enriquece mais a música com seus vocais guturais, além de criar um formato atual para o Saxon e em seu decorrer notamos trechos melodiosos embalados por uma grande atuação dos músicos, que destaco os solos de guitarras sempre cortantes e neste caso constantes, além da base que marcante no baixo e na bateria, em suma, outra canção perfeita dos ingleses.
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De solos e melodia bastante salientes, a cadenciada Roadie's Song é um Heavy Metal que relembra a importância em sua letra da figura do Roadie para a realização dos shows e ajudar a banda, sendo que a forma que o Saxon construiu esta música é simplesmente perfeita, pois, os solos de guitarras, os toques na bateria, os vocais e o baixo, estão todos em seus devidos lugares emanando muito equilíbrio a cada instante. A última é Nosferatu Raw Version, que está sem os teclados da sua contraparte, e portanto, mais Heavy Metal e até um tanto mais fortificada, como percebe-se nos toques feitos pelo baterista Nigel Glocker em seu kit e também nos vocais de Biff Byford.
Novamente, o Saxon conseguiu nos colocar diante de outro magnífico álbum com este Thunderbolt, que apresenta onze atordoantes faixas centradas no melhor e no mais puro Heavy Metal criado pela banda, que já é disparado para mim um dos melhores discos de 2018, cuja versão da Shinigami Records que me veio as mãos está embalada em um luxuoso digipack. Duro para eles será escolher o set list dos shows com mais e novas canções deste porte... afinal, conforme o vocalista disse em uma entrevista ao meu amigo Marcos César no site A Ilha do Metal ( confira aqui ) sobre o novo trabalho: "Eu acho ele um álbum fantástico!!! O fizemos por quase um ano, do meu modo de vista é um álbum especial, os fãs gostaram, novos fãs compraram ele, é o álbum mais vendido desde 1986 ( Rock The Nations ) e o melhor ficamos felizes de como nossos fãs reagiram a esse álbum".
Nota: 10,0.Por Fernando R. R. Júnior
Agosto/2018
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