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Este novo álbum de Tarja Turunen basicamente continua de onde o anterior parou e começa com Innocence em uma impactante e triste melodia no piano tocado por Anders Wollback, que dão lugar aos cativantes vocais de Tarja Turunen em um andamento mais pesado, que recomendo prestar atenção em sua letra, pois, aborda o tema da violência sofrida pelas mulheres e a tornou o primeiro clipe deste álbum. O pianista volta a ganhar os holofotes mais ao meio da música com sua brilhante atuação, que posteriormente caminha por uma atmosfera Progressiva conduzindo para um retorno dos belíssimos e encorpados vocais da finlandesa.
Contando com o convidado Chad Smith na bateria e com Kevin Schonn no baixo, Tarja Turunen nos mostra sua mais forte criação deste cd com Demon´s In You, que além dela temos a bela, mas, destruidora Alissa White-Gluz do Arch Enemy nos vocais guturais, que faz a contraposição aos vocais angelicais da morena de olhos azuis. Além dos exuberantes solos de guitarras, você deve reparar também no que os convidados fazem na bateria e no baixo com suas viradas e toques, que estão simplesmente impressionantes.
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Em Supremacy sentimos o lado Heavy Metal aflorar em uma faixa moderna e densa em sua introdução, que é quebrada pela voz de Tarja Turunen e pelos repiques quase militares de Fernando Scarcella na bateria até culminarem em um ritmo mais tenso, que concede o direito a um solo melodioso de guitarra feito por Julian Barrett e traz ares mais viajantes neste cover do Muse, que termina 'sentando' porrada e com a vocalista erguendo sua voz ao máximo nas últimas notas. Na seguinte, com os dedilhados mais calmos feitos por Jim Dooley ouvimos Tarja Turunen cantar com muito 'feeling' os versos de The Living End, música que possui um ambiente de hino e um estilo Folk, que gosta-se imediatamente por sua leveza e conta com Toni Turunen, irmão da cantora nos backing vocals, além dos emblemáticos solos de gaita de fole.
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Os dedilhados do baixista Kevin Schonn trazem a vocalista liberando a voz antes de seu ritmo vigoroso eclodir em Calling From The Wild, a décima canção de The Shadow Self, que só sofre uma leve diminuição de sua adrenalina quando ela canta seus garbosos versos, também quando Mike Terrana realiza seus precisos toques na bateria e o produtor Tim Palmer sola sua guitarra, que fazem a música ganhar uma cara do chamado Heavy Metal Moderno. No encerramento do cd, Tarja Turunen começa mais tranquila esta última faixa, um pouco intimista até eu diria, porém, deixa as partes cheias de melodia e potência romperem em Too Many, pois, tanto ela quanto seus convidados conduzem a canção com uma mescla correta de suavidade e peso, que vai crescendo solenemente em linhas mais orquestradas e termina repetindo seu refrão com a maciez de seus vocais. Curioso é que após alguns minutos após esta música acabar temos uma outra escondida, que foi nomeada como Hit Song e em seus breves minutos mostram um estilo mais frenético, rápido e intenso com uma orientação Heavy Metal e passagens eletrônicas em uma mistura totalmente inesperada.
The Shadow Self está conectado com o momento atual do Heavy Metal, mas, não esquece das origens mais clássicas e sinfônicas de Tarja Turunen, além de ser um envolvente álbum do começo ao fim e um dos melhores já lançados por ela. Enfim, é um item para coroar a excelente fase, bem como a carreira da cantora, que recomendo possuir e no Brasil teve sua versão lançada em 'digipack' pela Shinigami Records simples e uma outra em 'jewel case' com um DVD contando com os dois clipes e uma entrevista com a vocalista.
Nota: 9,5.
Sites: www.tarjaturunen.com, https://www.facebook.com/pages/tarjaofficial e
https://www.youtube.com/c/tarjaofficial.Por Fernando R. R. Júnior
Janeiro/2017