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White Stones -
Kuarahy
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No princípio, ele mesmo faria os vocais do White Stones, todavia, após ter conhecido Eloi Boucherie, que é dono do Farm Of Sounds Studio nasceu uma importante parceria, segundo nos conta o baixista: "Ele também é vocalista da banda catalã de Death Metal Vidres a la Sang. Eu pedi para ele gravar os meus vocais, mas, quando percebi que não estava funcionando, perguntei se ele queria tentar. E ele foi ótimo! Gravamos seis músicas em apenas alguns dias".
Com as canções gravadas Martin Méndez as enviou para Jaime Gómez do Orgone Studios para que este cuidasse dos processos de mixagem e masterização do álbum do White Stones, que conta em sua formação o citado Martin Méndez no baixo e na guitarra, Eloi Boucherie nos vocais, Jord Farré na bateria e os guitarristas Fredrik Åkesson ( do Opeth ) e Per Eriksson ( do Katatonia e do Bloodbath ) como convidados para os solos. A capa é de Manuel Mok em um desenho impressionista e é inspirada nos ancestrais uruguaios de Martin Méndez.
Sobre a sonoridade Death Metal Old School presente em Kuarahy, que é diferente do caminho do Rock Progressivo escolhido pelo Opeth desde 2011 no álbum Heritage, ele comentou: "Eu estou 100% confortável com o que estamos fazendo com o Opeth, é a melhor coisa que poderíamos ter feito. Acho que não estaríamos ainda na ativa se tivéssemos feito outro disco de Death Metal. Adoro os desafios que o Opeth apresenta, experimentamos muito no estúdio. Eu apenas amo Morbid Angel desde criança. O White Stones não tem nada a ver com o Opeth, não vejo nenhuma relação entre os dois. Toquei Kuarahy para Mikael Åkerfeldt há alguns meses e ele realmente gostou e ficou feliz por mim. Todos na banda têm projetos paralelos, isso é muito importante. Nós excursionamos tanto que você pode ficar doido, foi muito bom fazer algo diferente. O White Stones renovou minha força e energia".
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Essa complexidade resultante do Death Metal técnico com o Progressivo é melhor percebida na seguinte, a colérica Ashes em que a banda não se intimidou em ousar no caos sonoro imposto em seus vocais guturais e nem até onde seu ritmo vai atingir tornando sua audição deveras interessante aos amantes desta fusão sonora, sendo que a música vai crescendo e ficando cada vez melhor. Novamente exalando um ar de tristeza, a oitava faixa de Kuarahy é nomeada como Infected Soul e suas linhas instrumentais são notavelmente admiráveis e criativas, além é claro de extremas, ampliando o poder de seu Death Metal assim que Eloi Boucherie solta seus guturais, e isso é somado com as quebradas feitas pelos demais no andamento e também com os longos solos que aparecem nas guitarras na cortesia de Fredrik Åkesson e Per Eriksson. Enfim, uma coletânea fatores que a colocam em um panteão mais elevado das canções deste álbum.
Sempre tocados precisão e interagindo de forma grandiosa para compor as taxas de agressividade para a banda, a trinca de baixo, bateria e guitarra dão a tônica da matadora Taste Of Blood em que você sofrerá uma viagem das mais esbanjadoras de ira imagináveis e isso foi apresentado de uma forma que seus rugidos apenas coroam esta insanidade. Finalizando Kuarahy temos a instrumental e totalmente cabalística Jasy, que concede ao cd um ambiente desolador em sua sorumbática e serena viagem, a qual, é executada com primor pelo White Stones em seus dedilhados.
Quem foi acostumado ao longo dos anos com sonoridades extremas e conseguiu também pesquisar outros nomes que não ficaram apenas no Death Metal mais áspero e também quem soube apreciar esta união com o Rock Progressivo sem perder sua ferocidade, certamente vão adorar Kuarahy logo na sua primeira audição. Já os demais deverão se acostumarem os seus ouvidos com os primeiros álbuns do Opeth e aí podem voltar para este petardo para uma absorção completa desta banda, que atende pelo nome de White Stones e cujo lançamento no Brasil é da Shinigami Records em parceria com a Nuclear Blast.
Nota: 9,5.Por Fernando R. R. Júnior
Maio/2021
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