Joe
Lynn Turner - The High Gear Tour
America Latina 2009
Abertura: King Bird
Sábado, dia 01 de agosto de 2009 no Blackmore Rock Bar em São
Paulo/SP |
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O grande
vocalista Joe Lynn Turner que conquistou uma legião de fãs em
função de sua voz firme e melodiosa esteve se apresentando pela
primeira vez em terras brasileiras, durante a turnê The High
Gear Tour que teve início em 23 de julho. Para essa turnê,
esteve acompanhado dos músicos Andy Robbins no baixo,
Garry King na bateria, Beto Peres e Andrés Montoya
nas guitarras e Marsal no teclado.
Joe Lynn Turner começou sua jornada em 1970, cantando
covers de Jimi Hendrix, Free e Deep Purple numa
banda chamada EZRA. Em 1976 montou a banda Fandango
que misturava R&B, pop, country, jazz e rock melódico, na qual
cantava e tocava guitarra. Passou por bandas famosas como Rainbow,
Deep Purple, Yngwie Malmsteen e sempre desenvolveu seu
trabalho solo ao longo desses mais de 30 anos de carreira. Aos 58
anos de idade, Joe continua com uma excelente voz e grande
presença de palco e isso eu pretendo confirmar contando como foi a
apresentação de primeiro de agosto no Blackmore Rock Bar
em Moema, São Paulo.
King Bird
A abertura da noite foi por conta da banda paulistana King
Bird que, assim como na noite de Graham Bonnet (
confira a cobertura
), fez uma excelente apresentação. É importante mencionar que a
banda que já lançou seu segundo álbum Sunshine, é uma
das mais respeitadas bandas de rock setentista brasileiras e que
sempre faz bonito quando sobre num palco. Com João Luiz no
vocal, Silvio Lopes na guitarra, Marcelo Ladwig na
bateria e Fabio César no Baixo, o King Bird arrebentou
mais uma vez e contagiou toda a platéia presente.
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A banda fez
aproximadamente uma hora de show e tendo entrado no palco por volta
da meia-noite, precisou sair cedo para que os últimos retoques
pudessem ser dados para a chegada de Joe Lynn Turner.
Diferente da apresentação anterior, dessa vez o King Bird
passou o som e o resultado foi fabuloso. Mais uma vez se faz
necessário parabenizar os meninos dessa excelente e promissora
banda.
Joe Lynn
Turner
Mas ninguém poderia imaginar que a chegada de Joe Lynn
Turner pudesse atrasar tanto. Um intervalo interminável de mais
de uma hora fez muitos dos presentes reclamarem. Ninguém conseguia
entender, porque Joe Lynn Turner estava demorando tanto para
chegar. Finalmente ele chega acompanhado de alguns dos organizadores
do evento e sobe correndo para o camarim. Poucos minutos depois ele
já estava no palco para começar, o que viria a ser, uma noite
inesquecível.
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E o show começou em alto estilo. Como que para amenizar a
longa espera, Joe abre a noite com Highway Star do
Deep Purple, fazendo toda a platéia delirar. Entre caras e
bocas, rebolados e trejeitos, Joe Lynn Turner provou já nos
primeiros minutos de show, que veio para mostrar que o tempo havia
sido generoso com ele. Vestindo calça de couro preta, usando
correntes, crucifixos, luvas de couro e óculos escuros, Joe
mostrou que continua super à vontade no palco, andando de um lado
para o outro e sorrindo o tempo todo.
I
Surrender do Rainbow é a segunda música que naturalmente
consegue manter o pique de encantamento da primeira e prova o quão
em forma ele está. Mais uma do Deep Purple, agora King Of
Dreams destaca a performance perfeita desse grande vocalista,
especialmente interpretando uma música da fase em que fazia parte
dessa grande banda. Nessa música, a platéia empolgada, canta junto
com ele cada linha da letra. Blood Red Sky é a próxima e aqui
ele faz uma pausa para cumprimentar as pessoas e agradecer a
presença de todos com um ‘obrigado’. Empolgado, ele comenta
ainda que adora nosso país, a comida, a bebida e as mulheres e
levantando um copo, brinda dizendo ‘saúde’.
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Joe
apresenta então a música seguinte, do novo álbum da banda Sunstorm,
Divided ( House of Dreams de 2009 ) que naturalmente mantém o clima de festa com seu ritmo
contagiante. Após a música, brincando, Joe comenta que certa
vez quando estava no Rainbow, Ritchie Blackmore pediu
a ele que fizesse uma música com urgência e brinca que o mesmo lhe
deu 10 minutos para isso. A música é Jealous Lover que saiu
num EP de mesmo nome em 1981 e ela provoca uma verdadeira reação em
cadeia, com todos cantando e pulando com ele.
Em seguida
um grande hit, Stone Cold e ele pede para todos os presentes
baterem palmas. Sempre dando um show de interpretação e conversando
muito com a galera, Joe comenta que a próxima música foi
composta numa época em que a banda vivia para farras, sem nenhuma
preocupação com o futuro e começa Devil’s Door. Pegando um
violão Joe diz que havia chegado a hora de diminuir um pouco
o ritmo do show e para o delírio dos presentes, começa a Love
Conquers All também do Deep Purple.
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Dirty
Alley Driver do Rainbow é a próxima e o pique de festa é
retomado. Nesse intervalo Joe comenta que era seu aniversário
e a galera canta parabéns em uníssono. A seguir Hush do
primeiro single do Deep Purple e Burn que levantou
todos os presentes mais uma vez. Estava terminado o show, mas
evidentemente todos esperavam por um bis e ninguém arredou pé de
onde estava.
Alguns
minutos depois Joe e banda voltam para apresentar Smoke On
The Water e Perfect Strangers, outras duas grandes
surpresas da noite, pois ele também não estava presente quando da
gravação e lançamento dessas músicas pelo Deep Purple. Em
linhas gerais, Joe Lynn Turner preferiu apresentar clássicos
do Deep Purple durante todo o show, independente de ter
participado deles na gravação ou não. Eu pessoalmente não ouvi
nenhuma reclamação dos presentes que estavam maravilhados com o
excelente show que haviam visto. Mas ainda não tinha acabado.
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Apesar do
intervalo um pouco maior, Joe volta ao palco e dessa vez
acompanhado de outros músicos. Paulo Zinner assume a bateria,
Fernando Piu ‘veste’ sua guitarra, Daniel La Torre
toma posição nos teclados, Beto Peres pega o baixo e
ainda João Luiz volta ao palco para cantar junto com JLT.
Muita gente já havia ido embora achando que não aconteceria mais
nada, mas parte dos presentes que se recusou a acordar daquele sonho
ainda estava na casa e pode acompanhar o maior bis de todos os
tempos. Foram aproximadamente 50 minutos de Jam Session!!!
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A
brincadeira começou com Black Night e o vocal estava sendo
dividido entre Joe e João Luiz. Podíamos perceber
nitidamente, que Joe Lynn Turner estava curtindo um monte a
brincadeira no palco e por diversas vezes pudemos notar os olhares
de admiração para alguns de nossos músicos. À Black Night
juntou-se um improviso com Hey Joe ( do Jimy Hendrix
) e Lazy e assim que Fernando Piu começou a
solar, Joe Lynn Turner não resistiu e foi buscar uma guitarra
para ele também. Aqui uma grande surpresa para todos: um verdadeiro
duelo de solos aconteceu a seguir entre ele e Fernando Piu.
Ao fundo, Paulo Zinner dava um show de repiques e
contratempos, enquanto que o baixo de Peres e o teclado de
La Torre seguravam a banda no chão. João Luiz brincava
com a voz e Joe gesticulava pedindo cada vez mais.
Long
Live Rock’n’Roll entrou na brincadeira e todos tiveram seus
minutos de solo durante a música que ficou simplesmente
interminável. Foi um show à parte! Esse foi sem dúvida um grande
presente de Joe Lynn Turner para o público que esteve
presente no Blackmore. Talvez por ser um lugar mais
intimista, Joe tenha se sentido à vontade para descontrair no
palco e fazer a alegria de todos, claro.
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Após esses 50
maravilhosos minutos, Joe se despede definitivamente e sai
do palco. Mas a festa continuou no camarim. Assim que consegui
chegar até ele, percebi que ele estava comentando que achou a
platéia de São Paulo um pouco fria e comedida. Comparou-nos ao
público de Nova York que é mais exigente e como ele mesmo disse, ‘nariz em pé’. Mas no fim ele acabou rindo do próprio comentário
e dizendo que havia curtido muito a noite. Pediu uma dose de Jack Daniels e continuou tagarelando com os músicos
brasileiros que haviam tocado com ele. Nessas horas percebe-se
nitidamente a origem italiana de Joe, sempre falando e
gesticulando muito.
Um bolo muito bonito foi levado até ele, pelo pessoal do fã
clube brasileiro e ele fez questão de receber os portadores do
mesmo, lá no camarim onde autografou zilhões de capas de álbuns e
tirou outro zilhão de fotos. Diferente dos demais artistas que se
apresentaram no Blackmore até o momento, Joe
não pôde receber um a um para autógrafos e fotos e precisou ir
embora rapidamente, em função de seus próximos compromissos. Quem
não esteve presente a esse show, certamente deve estar lamentando
profundamente agora, porque foi simplesmente mágico! Esperamos poder
recebê-lo novamente em breve e certamente estarei lá para conferir
cada detalhe.
Texto e Fotos: M. Lourdes M. Azevedo ( Lu Wolff )
Agosto/2009
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Set List:
Highway Star I Surrender King Of Dreams Blood Red sky Street Of Dreams Divided Jealous Lover Stone Cold Devil’s Door Love Conquers All Dirty Alley Driver Hush Burn
Bis 1: Smoke On The Water Perfect Strangers
Bis 2: Jam Session Black Night Lazy Hey Joe Long Live Rock’n’Roll
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